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Não fiquei de todo surpreendido com a ultima enormidade de Francisco Louçã, o caso da galhofa contra a morte pela fome de milhões de Ucranianos nos tempos de Estaline. Mas fiquei radiante por comentadores reconhecidos o estarem (finalmente) a fustigar em jornais de referencia.
Por incrível que pareça, há ainda quem tenha a distinta lata de tentar branquear este triste episódio. Pedro Tadeu, um jornalista do DN, escreve um artigo que me irritou francamente e que poderá consultar aqui. Em síntese, começa por dizer que não viu os comentários de Louçã (?) preferindo centrar a sua discussão no facto histórico em si. A coberto de uma intenção de moderação e contra a "Histeria ideológica", lança-se numa pouco brilhante diminuição da importância do Holodomor. Tudo somado, a cartilha Leninista completa: Discutir uma questão lateral para desviar as atenções (não as declarações de Louçã mas o tema), descredibilizar os críticos (são histéricos antissoviéticos), diminuir o problema (não são 7 milhões de vitimas, mas apenas 3 Milhões), lançar dúvidas sobre o que se passou (a intencionalidade é fundamental e não se pode provar) e desvalorizar a questão (genocídios há muitos, por todo o tipo de regimes) .
Os Leninistas são cada vez mais pequenos, mas pertencem todos à mesma Matrioska, que não parece ( infelizmente) esgotar-se.
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