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Mas que grossa asneira

por henrique pereira dos santos, em 30.04.25

Ao que parece, com a ajuda do jornalismo dos gritinhos, a oposição está a tentar usar o apagão na campanha eleitoral.

Julgo que é uma asneira política de proporções bíblicas.

Tanto quanto consigo perceber, as pessoas não estão zangadas com o governo nem com os operadores do sistema eléctrico, nem com os serviços de emergência e outros serviços públicos.

Se assim for, não tenho maneira de saber se esta minha percepção corresponde à realidade, criticar o incumbente que tem de gerir uma crise, quando não existem fortes sentimentos de responsabilidade do incumbente nessa crise, é uma asneira da grossa.

Aparentemente, as críticas têm duas linhas de argumentação, qual delas a mais frágil.

Uma, a de que a comunicação do governo foi má.

É uma crítica sem pés nem cabeça, quer porque é a admissão implícita de que a gestão da crise não correu mal, favorecendo o incumbente, quer porque não é nada linear que as pessoas, em situações como a que existiu, tenham grande interesse em estar permanentemente a ouvir políticos num registo forçosamente panglossiano.

A segunda, é a que relaciona a crise com privatizações, quando quer a origem da crise, quer a gestão da crise, não demonstram qualquer ligação com uma gestão mais interessada em interesses particulares com implicações negativas no interesse colectivo.

O que a oposição, e o jornalismo que lhe dá importância nesta rezinguisse, está é fazer perder credibilidade e autoridade de tudo o que diz sobre o governo, mesmo quando tem razão, visto que está a demonstrar que, seja qual seja a circunstância, malhará no governo e em quem o apoia, quer tenha, quer não tenha razões para isso.

A mim já me parecia que a ADIL (AD+IL) está com fortes probabilidades de ter uma vitória relativamente confortável nas eleições, mas se as oposições quiserem cavalgar o apagão para efeitos de campanha eleitoral, ainda se arriscam a levar um arraso bem maior.

Em qualquer caso, acho que o apagão terá mais efeitos na venda de rádios a pilhas que nas próximas eleições.


17 comentários

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De cela.e.sela a 30.04.2025 às 10:59

o ps e a geringonça nunca estiveram em qualquer governo, nem são responsáveis por anomalias nos campos da energia e comunicações.
a oposição hoje vai divertir-se na A: espero que num futuro próximo pague a fatura.
devia receber a designação de ALEIJADINHOS o grupo de pessoas que falam e escrevem na CS.
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De Anonimo a 30.04.2025 às 11:58


A única crítica é de alguns responsáveis andarem a divulgar achismos e hipóteses, quando ninguém sabia ao certo o que havia acontecido, nem sequer sabendo prazos de reposição de serviço. A reacção correcta seria assumir a ignorância.
Mas sejamos honestos, na idade das redes (e o covid foi bom exemplo), quem alegue ignorância até conhecer todos os factos é considerado um burro, e nós os inteligentes desprezamos aqueles abaixo na escala intelectual.
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De cela.e.sela a 30.04.2025 às 14:32

a epidemia designada por Covid-19 terá sido guerra bacteriológica?
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De Anonimo a 30.04.2025 às 17:10

Não sei. Mas o que não faltam aí são péritos que têm absoluta certeza de que (..).
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De Anónimo a 30.04.2025 às 14:48

Amigo da onça   :  os SUCIAlistas, e demais canhotos sortidos , que ponham , e mantenham, no ar o galamba, a mortágua e o tavares a falarem sobre o assunto até ao dia 16 de Maio...Principalmente o galamba...
Juromenha
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De Anónimo a 30.04.2025 às 16:36

Quem está com esperanças na ADIL irá perdê-las rapidamente, logo no incio de tal eventual concretização. A AD a "governar" um país que não conhece e a IL a querer implementar um sector empresarial à custa do Estado, ou seja, privatizar os serviços basicos do Estado, com o Estado a pagar, "grandes empreendedores". Despois a desculpa é que o cidadão pode escolher. Areia para os olhos do cidadao, uma vez que ao custo de cada sistema publico acresce a óbvia e necessária fatia lucro do privado.
Pois mas os custos da gestão privada é menor, dizem, isso só acontece por duas situações: o serviço prestado não é igual ou as regras da gestão publica impedem que tal aconteça.
Não será melhor corrigir as regras da gestão publica? 




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De henrique pereira dos santos a 30.04.2025 às 18:31

Obrigado, se tiver tempo, farei um post a explicar como os incentivos condicionam a eficiência
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De Anónimo a 30.04.2025 às 19:28

Haja quem perceba da coisa. E tente explicar. O Anónimo não acredita num DOGE português, mas eu acredito que uma maioria AD seja ideal para a implementar. 
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De Anónimo a 01.05.2025 às 14:54

Estar a ter cá eficiência nos USA ... estrondosa, mas no sentido contrário.
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De Anónimo a 30.04.2025 às 22:55

O que quer que vá "explicar", só pode ser aplicado no sector privado? Porquê? 
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De aleit a 30.04.2025 às 23:05

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De Anónimo a 30.04.2025 às 19:51

Está equivocado. Todos os exemplos de gestão privada de serviços públicos (educação, saúde) custam menos ao contribuinte e têm melhor qualidade de serviço. 
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De Anónimo a 01.05.2025 às 15:05

Não afirmei o contrário, mas havendo mais uma parcela de custo, algo está mal, pelo que me parece que a correção é que é o caminho certo.
Que a correção não interessa a muita gente, também me parece óbvio, nada melhor que postos de trabalho com necessidade e eficiência duvidosa, assim como empresas que se substituem ao Estado praticamente em toda a sua atividade, quando deveriam concorrer.
Começa a ser tempo de termos verdadeiros empresários e não aprendizes de feiticeiro que empreendem à custa do Estado, assim verdadeiros gestores publicos que otimizem e rentabilizem o que gerem.
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De Francisco Almeida a 01.05.2025 às 09:37

Tenho muitas dúvidas de que o apagão nada tem a ver com a privatização. Pelo menos como foi executada. (abro um parêntesis para reconhecer que as circunstâncias em que ocorreu a privatização não davam azo a grandes estudos e discussões prévias).
A rede nacional de electricidade é um recurso estrutural que, por motivos de soberania, deveria estar na esfera pública mas, por outro lado, na actual circunstância (Saúde, Educação, Justiça, etc.) a gestão pública seria uma garantia de falta de eficiência. A solução de uma "golden share" também pouco ou nada alteraria. Mas a gestão privada visando o lucro, sem acautelar a segurança, foi efectivamente determinante quer no apagão quer no tempo de reposição da energia. Não sendo claro se o fecho prematuro da Central de Sines foi um factor importante, o que parece certo é que a opção de aquisição em Espanha por questão de preço e a falta de mais centrais de arranque foram determinantes. Ou seja, a privatização sem imposição de medidas preventivas de segurança ou, alternativamente, de medidas punitivas no caso de falha de serviço, não serviu o melhor interesse público.
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De M.Sousa a 01.05.2025 às 10:46

Meu caro, só lhe faltam mesmo as penas!
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De Francisco Almeida a 01.05.2025 às 11:47

Caro, não sei se sou. Seu, não sou de certeza. E, se alguma coisa me faltasse, seria uma juba, nunca penas.
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De Anónimo a 01.05.2025 às 14:56

Pois carissimo, a si só lhe falta a inteligência, o resto ... não sei.

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