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"Mas o pior crime que a República cometeu foi o de abalar pelo esquecimento a fidelidade monárquica. E a Coroa não pode nem deve ser um sinal de divisão, ou uma sigla de partidos. Mas sim o cristal em que todos os portugueses possam encontrar a sua imagem. O cristal é frágil. E não sei até que ponto, quando se quebra pode readquirir o seu brilho e a sua transparência. Não irei àquela cerimónia fúnebre que todos os anos se repete na Praça do Município. E se fosse, iria de gravata preta, porque acto tão triste, ali, só pode ser para que não esqueça a memória de um rei e de um príncipe vilmente assassinados."
(Francisco Sousa Tavares, Outubro de 1991, crónica reunida no livro "Uma Voz na Revolução, testemunhos e causas de Francisco Sousa Tavares").
Não é com frases literárias que o problema se resolve.
O pior e o mais difícil não é isso.
O pior e o mais difícil é convencer os cegos e facciosos pela ideologia da Democracia, de que o «critério do voto» acima do «critério da Soberania» é uma ditadura que destrói a Independência de Portugal (e de todas as Nações que sejam menos numerosas e menos poderosas).
Imaginem os 26 da dita ‘União Europeia’ decidirem por maioria de voto democrático (como estão a fazer à Hungria) que Portugal deixa de ser um País independente. E que a revolta de Portugal contra essa decisão democrática é sinal que Portugal é uma ditadura anti-democrática?
O problema da Monarquia é espiritual. É não ter a coragem nem a capacidade intelectual de construir uma narrativa de poder que ponha em causa esse critério da ideologia democrática.
Quando o conseguir fazer, conquistará outra vez o coração e a alma do Povo Português (de muitos outros Povos.
A Democracia é um regime feito à medida dos mais fortes e poderosos. O «critério quantitativo do voto» é colocado no topo. Isso faz com que os mais numerosos e fortes dominem as Nações e Povos menos numerosos. E que qualquer «critério qualitativo» que defina a singularidade e soberania das minorias seja derrotado antecipadamente. A Democracia é o regime que o Liberalismo e o Republicanismo inventaram para os mais poderosos colonizarem os mais fracos.
Ninguém que defende a Liberdade e a Soberania da sua Nação aceita perdê-la por uma votação de uma qualquer maioria. Isso é trair a Pátria.
A Monarquia devia refletir sobre este facto, e estudar o modo de fazer uma Proposta melhor.
O que a ‘União Europeia’ fez à Hungria (por essa interpretação do que é a ‘Democracia’ desses 26) devia servir-nos de alerta, para o perigo que corre a soberania e a independência de Portugal.
A fraqueza e ingovernabilidade dos Povos e Nações da Europa é apoiada por quem manda na ‘União Europeia’. Porque essa fraqueza e ingovernabilidade é a condição de reforço e de imposição do ‘Federalismo’ (aquela interpretação de Democracia apenas baseada no «critério quantitativo do voto», em que «vale a maioria, em vez da unanimidade»). Até querem fazer uma ‘Constituição Europeia’ que se sobreporá às ‘Constituições das Nações Europeias’. Logo, «os mais numerosos» passarão a determinar o destino dos países «menos numerosos».
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