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Mãos à obra?

por João Távora, em 12.03.24

eleicoes1.png

Mais que ripostar ou atender à verborreia chantagista de André Ventura, o que compete ao futuro Governo é responder de forma peremptória, pragmática e perceptível, às expectativas do eleitorado descontente que emergiu em grande medida da abstenção e das periferias sociológicas e geográficas do nosso país – os desistentes. Ao contrário do que nos querem fazer crer as elites urbanas, não se tratam de reivindicações ideológicas aquelas que nos trazem os descamisados que hoje eleitoralmente transitam de um extremo para o outro do protesto, ou que simplesmente se sentiram atraídos pela mensagem zangada do Chega: uma justiça operante e imparcial não é de direita ou de esquerda, a ordem e segurança pública não são assuntos de direita ou de esquerda; medidas de regulação da imigração e políticas profiláticas contra guetos de estrangeiros não são de direita nem de esquerda; um SNS de saúde eficiente para todos não é de direita nem de esquerda, como o não é um sistema de ensino livre, democrático e competente.

Os resultados eleitorais e as primeiras declarações dos seus belicosos actores indicam-nos um cenário de aparente caos e ingovernabilidade, que é o terreno ideal para o crescimento da discórdia e das propostas populistas. Por outro lado, a arte da política numa democracia madura e civilizada consiste na descoberta de pontes e de saídas para imbróglios aparentemente insanáveis. O governo que sair deste parlamento tem de ter como objectivo primordial surpreender-nos a todos com a implementação de soluções perceptíveis.

Mãos à obra, que os cães ladram e a caravana passa.


22 comentários

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De maria a 12.03.2024 às 18:03

Julgava-o com mais senso!
Na sua casa dita e os outros amocham.
Montenegro está a naufragar e  recorre ao Ventura,salva-me!
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De balio a 12.03.2024 às 18:15


políticas profiláticas contra guetos de estrangeiros


Quais guetos?


Guetos de estrangeiros existem desde há dezenas de anos. A Cova da Moura (por exemplo) é um gueto de negros. É agora que se vai adotar medidas profiláticas contra isso? Porque é que agora é que acordamos para um problema - os guetos de imigrantes - que existe desde há dezenas de anos?


E como se vai impedir tais guetos? Os estrangeiros são livres, tal como quaisquer outras pessoas, de ir morar para onde muito bem entendem. Se resolvem todos eles morar numa mesma zona, que direito temos de os proibir?
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De balio a 12.03.2024 às 18:17


a ordem e segurança pública não são assuntos de direita ou de esquerda


Voltamos ao Paulinho das Feiras e ao seu enorme problema do car-jacking.


Desde que toda a gente passou a andar com cartão Multibanco e deixou de andar com dinheiro vivo, a segurança pública aumentou imenso. Porquê agora tal alarme com um problema que é muitíssimo marginal?
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De Acarmona Carmona a 12.03.2024 às 19:47

Caro João.
Há duas maneiras de resolver o problema, devagar, devagarinho.
Ou a toda a força.
Vomecê vai pela primeira
Mas a 2a pode ser melhor soluçao.
Abraço
Saudações Monarquicas. 
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De Anónimo a 12.03.2024 às 20:19

« ... à verborreia chantagista de André Ventura».



Caro João Távora, não me diga que também vive na bolha do Sistema.
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De Anónimo a 13.03.2024 às 13:22


Acho preocupante quando vemos textos e mais textos que dizem nada. Outros brincam aos comentários.
Também é preocupante vários comentários nas TVs a especular o futuro e não só. Para sabermos o futuro, devemos aguardar. Por vezes não há nada para comentar.


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De rui castro a 12.03.2024 às 20:48

a AR lembra:
vizcaino casas em niñas al salón!
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De César a 12.03.2024 às 22:33

Mais um escriba que não percebeu o que se passou no dia 10 nem o que significa 1,1 milhões de votos no que ele chama depreciativamente de "descamisados", navegando naquela elite alheada da realidade que acha que denuncia mas da qual faz parte.
Ainda não percebeu que o povo rejeitou o descalabro socialista mas quer uma solução à direita no global e não de pose  elitista de que " os outros são uma cambada de brutos, racistas e xenófobos, vou fingir que não existem e seguir pateticamente linhas vermelhas que só existem na minha cabeça tonta".
Boa sorte. Daqui a 6 meses voltamos a falar. Nas urnas.
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De Anónimo a 13.03.2024 às 19:15


O Chega só vai perder votos nas europeias se os comunas forem espertos e jogarem bem a cartada da guerra na Ucrânia.
São a unica força politica que declarou oposição ao envolvimento português e posterior envio dos filhos dos portugueses carne para canhão da NATO.
É tema tabu, ninguém quer falar porque estão todos comprometidos e teem medo do bicho do MIC.
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De lucklucky a 12.03.2024 às 23:31

Quem me parece que está a defender o direito de pernada é o autor. 


Então existir um acordo agora é chantagem, os 2 lados não têm de ganhar algo ?
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De joão B a 13.03.2024 às 10:32

Mas não existe acordo nenhum. Por isso existe a tal chantagem por parte do chega. E os dois lados não têm de ganhar nada. só têm de ser homenzinhos e exercerem a sua função, ou num governo ou na oposição. o chega como voz de protesto não presta para governar, tal como a cdu no lado oposto.
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De lucklucky a 13.03.2024 às 16:12

Quê?! 

O Chega ou outro qualquer partido tem todo o direito a pedir ao PSD retorno pelo seu apoio.
Se isto é chantagem então alguns votantes do PSD não percebem sequer o significado da palavra chantagem e do voto democrático.


Se me disser que o Chega quer ter o lugar de primeiro ministro com 18%  menos que os 28%  PSD isso seria chantagem. Mas não é isso que está ocorrer.
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De Anónimo a 13.03.2024 às 01:23

Eu não sou descamisada e votei Chega. Intolerante e pouca democrática é a posição da AD ao recusar dialogar com o 3º partido…
Com tanta soberba são capazes de não irem longe.
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De balio a 13.03.2024 às 09:30


Eu, que não votei Chega (livra!), concordo totalmente com estas frases:


Intolerante e pouca democrática é a posição da AD ao recusar dialogar com o 3º partido…
Com tanta soberba são capazes de não irem longe.
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De Anónimo a 13.03.2024 às 09:55

Mas o que é que há para dialogar com o Chega?
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De joão B a 13.03.2024 às 10:29

de não "ir" longe. Está tudo dito...
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De Anonimo a 13.03.2024 às 08:37


Vamos ver quem é estadista. Não tenho grande confiança, pois não acredito na capacidade intelectual e moral da maioria dos actores em palco.
Por outro lado, não sei até que ponto o Chega terá interesse em ajudar a mandar um governo borda fora. O povão tende a castigar quem não é a favor da estabilidade. E mal ou bem, ao contrário do Bloco, o Chega assumiu querer governar, ao invés de apenas protestar. Por isso, é fazer como o Tomé ou o Stevie W.

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