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Lucros excessivos e outras fantasias

por henrique pereira dos santos, em 14.03.23

Este post responde a um extenso comentário ao meu post sobre a melancólica degradação institucional em que vamos deslizando sem esperança.

"- Os lucros das empresas nunca são excessivos, são apenas o merecido retorno do seu árduo trabalho..."

Neste primeiro comentário, que pretende resumir o que digo no tal post, há duas ideias sem qualquer relação uma com a outra e que passo a tentar esclarecer.

É verdade de que não faço a menor ideia do que sejam lucros excessivos e penso que ninguém sabe, o que me parece natural visto que não existem. Pode haver lucros legítimos ou ilegítimos, legais ou ilegais, e outras coisas que tais, mas excessivos não sei o que sejam e penso que não existem.

Só que isso não tem qualquer relação com merecidos retornos de árduo trabalho, que é uma coisa muito diferente. Os lucros podem resultar de sorte ou azar, sem qualquer relação com o mérito de gestão de uma empresa (por exemplo, posso ser o melhor fabricante de luvas, se as pessoas deixarem de usar luvas por razões sobre as quais não tenho a menor responsabilidade, os meus lucros potenciais quase desaparecem, o inverso sucedendo se de repente toda a gente começar a usar luvas outra vez), podem resultar de condições de mercado pontuais, por exemplo, se eu vender ouro posso fazer uma fortuna se de repente começar uma guerra ou falir um banco, desde que tenha um stock relevante, etc..

Portanto, primeiro ponto, não embarco em visões moralistas de lucro, limito-me a dizer que em mercados razoavelmente abertos, com muitos concorrentes, é muito difícil que os lucros se possam aguentar muito tempo só em função de preços que não reflectem essas condições de mercado.

"Porque não se fala dos mais variados expedientes, lícitos e ilícitos, encontrados por essas empresas para "fugir" ao pagamento de impostos e defraudar o erário público"

Porque não sou especialista em fiscalidade, mas expedientes lícitos não são fugas aos impostos. Já quanto aos ilícitos, a administração pública que demonstre a sua existência e actue. Partir do pressuposto de que as empresas, em especial as grandes empresas, fogem aos impostos e que isso é a base relevante em que assentam os seus lucros, é um processo de intenções que não faço e não faço porque acho inútil e, na verdade, bastante pouco razoável.

Em qualquer caso, fugir aos impostos não é defraudar o erário público, defraudar o erário público é meter três mil milhões de euros na TAP, de dinheiro dos contribuintes, sem qualquer contrapartida de valor social, ou acabar com as PPP da saúde, pagando mais para ter serviços piores e outras coisas que tais. 

"forma escandalosa e absolutamente injusta para todos os cidadãos a quem são cobrados impostos, sem qualquer possibilidade de "fuga" ou de encobrimento de lucros?"

Mais uma vez, uma afirmação sem qualquer base factual: a lista dos dez maiores pagadores de impostos em Portugal inclui, regularmente, as maiores empresas de distribuição, como a Jerónimo Martins e a SONAE.

"- Os Serviços Públicos, onde trabalham uns putativos "malandros", que pouco fazem, deveriam ter um horário de trabalho semanal para além do estipulado legalmente e deveriam abdicar de ter vida própria, em prol dos restantes cidadãos... E, já agora, esses putativos "malandros" costumam pagar todos os impostos devidos e não têm a possibilidade de "fugir" ao Fisco, mas isso, como alguém diria, "também não interessa nada"...".

Não me lembro de ter discutido qual o horário ideal para a função pública, mas seguramente nunca defendi horários de trabalho para lá do estipulado legalmente. De resto, lembro-me de há muitos anos ter escrito sobre os meus próprios horários de trabalho.

"Recomenda-se uma análise séria e honesta, por exemplo, aos Sectores da Saúde e da Educação, onde praticamente todos são mal pagos e trabalham, muitas vezes, abnegadamente, em prol de um verdadeiro serviço público...".

É o que tenho procurado fazer, demonstrando que é inaceitável que se defenda o que está a acontecer nos serviços públicos em Portugal, em que crescentemente há uma educação para quem pode pagar e outra, pior, para quem não pode pagar, uma saúde para quem pode pagar, e outra para quem não pode pagar, sendo os trabalhadores do sector público, em especial os mais diferenciados, uma das principais vítimas do desvario e degradação a que se assiste todos os dias.

E, francamente, não consigo entender como raio é que há quem defenda que a defesa de melhores condições de vida para os trabalhadores da função pública se conseguem obter através da perseguição das melhores, mais eficientes e mais lucrativas empresas portuguesas, perseguição essa que tem que se justifica estritamente com a obtenção de ganhos políticos de curto prazo por parte de quem usa o poder do Estado para as determinar.

Não entendo mesmo.



28 comentários

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De Anónimo a 14.03.2023 às 12:26

Não fazes a menor ideia do que são lucros excessivos, nem fazes ideia de coisa alguma, porque és uma cavalgadura acéfala. Entendes agora?
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De henrique pereira dos santos a 14.03.2023 às 12:52

Sendo acéfalo, é natural que não entenda.
O que já não é natural é comentar coisas de gente acéfala, não lhe parece?
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De Isa Nascimento a 15.03.2023 às 08:08

Acéfalas são as pessoas mal educadas que se escondem no anonimato e têm como atividade recreativa criticar tudo e todos...
Tenha um bom dia.
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De JPT a 15.03.2023 às 10:15

A definição de "lucro excessivo" do Sr. anónimo é certinha: são os lucros dos outros. Tal como é certo que, para o Sr. anónimo, "cavalgaduras acéfalas" são os que discordam dele, por inferência lógica, e dado que (pese a secura da sua argumentação) ele é o Einstein lá do prédio.
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De Rodrigo Raposo a 15.03.2023 às 20:25

O Sr Anónimo, confirma a uma constatação que tenho feito ao longo da vida em todos os comunistas, socialistas e católicos em geral: contra o capital, no bolso dos outros!
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De Anónimo a 14.03.2023 às 13:18

Boa tarde Henrique Pereira dos Santos

Apreciei o seu texto. 
Todas as opiniões devem ser respeitadas. Eu respeito-as, sempre.
Todas as opiniões são de respeitar, concordando-se com umas discordando-se de outras.
Alguma opiniões exemplificam claramente porque estamos como estamos no meu cada vez mais maltratado país.
António cabral
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De Anónimo a 14.03.2023 às 20:11

Errado. As pessoas devem ser respeitadas. As opiniões nem por isso. E neste caso o texto é uma opinião parva.
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De Terry Malloy a 14.03.2023 às 13:51


Não li o comentário que aborda (nem faço tenções), mas é verdade que ali se lamenta, por duas vezes, "não [se ter] a possibilidade de "fugir" ao Fisco"?


Terá qualquer coisa que ver com o The end daquele filme clássico, os Lusíadas?
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De Paula Dias a 14.03.2023 às 20:56


Não diga disparates, baseados em suposições absurdas. Fica-lhe mal e não abona nada a favor da honestidade intelectual...
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De Paula Dias a 14.03.2023 às 16:14

Obrigada, Caro Henrique, pela sua resposta.


Aqui fica a minha, para que não restem dúvidas:


- Não tenho qualquer preconceito em relação ao lucro das empresas.
Obviamente que uma empresa, para ser viável, terá que obter lucros e será bom que os tenha, supostamente a bem de muitos... Uma empresa tem que ter lucros, sobre isso não tenho qualquer reserva.


No sentido anterior, também não tenho qualquer visão "moralista" sobre esse assunto, nem "persigo" empresas pelos lucros apresentados.


O que me indigna não é o lucro per se, mas antes a eventual obtenção de lucros à custa do "ludíbrio" dos consumidores, nomeadamente pelos efeitos das possíveis especulação e cartelização. E, sim, quer o Henrique queira ou não, existem efectivamente lucros excessivos, obtidos de forma absolutamente legítima, mas também, plausivelmente, através dos expedientes anteriores ou de outros, também eles de carácter muito duvidoso.


- Considerar que só se defrauda o erário público quando as quantias envolvidas forem de muitos milhões, parece-me altamente discutível. E,sim, tudo o que se tem passado com a TAP é absolutamente vergonhoso, tanto do ponto de vista político como económico, mas isso não pode servir para desculpabilizar "fugas aos impostos", por parte de outras pessoas ou entidades.


Defraudar o erário público será sempre condenável e censurável, independentemente dos valores em causa. Um roubo, será sempre um roubo. 


Por último, apresentar a lista dos dez maiores pagadores de impostos como um grande feito dessas entidades, não parece que faça grande sentido, justamente porque os lucros obtidos por essas empresas justificam esse pagamento ao Fisco. Se tivessem os lucros astronómicos que se conhecem e não pagassem os devidos impostos, aí estaríamos, por certo, numa verdadeira "República das Bananas"...


Estamos quase lá, mas ainda não estamos...






 
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De Anónimo a 14.03.2023 às 18:00

Esta sra. tem paleio de quem anda a ser instruída pelo Tik-tok. Ou será industriada? 
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De Anónimo a 15.03.2023 às 07:00


- " lucros excessivos (...) plausivelmente, através dos expedientes (...) também eles de carácter muito duvidoso"
-  "Considerar que só se defrauda o erário público quando as quantias envolvidas forem de muitos milhões, parece-me altamente discutível.
- "fugas aos impostos"

- "Defraudar o erário público será sempre condenável e censurável, independentemente dos valores em causa".

- " os lucros obtidos por essas empresas justificam esse pagamento ao Fisco"
 "Se tivessem os lucros astronómicos que se conhecem e não pagassem os devidos impostos..."


Parece-me que noto aqui uma obsessão com a fuga / pagamento de impostos. Vejo também um padrão: Dá voltas e mais voltas, num discurso sempre circular que acaba sempre nessa fixação.  (Desculpe, é cobradora de impostos? Trabalha para o Fisco?)
A pergunta é meramente retórica, como deve calcular! Obviamente não pretendo nenhuma resposta sua, até porque não tenho qualquer interesse genuíno.
Às vezes não basta dizer trivialidades é preciso mais. Por isso faço um reparo, se me permite: a propósito de impostos, estranhei que nada tenha comentado sobre este assunto, que não será uma novidade para si:


"De acordo com o relatório anual "Taxing Wages" da OCDE, no ano passado a carga fiscal sobre o conjunto dos custos do trabalho atingiu os 41,8%, subindo 0,3 pontos percentuais, com o país a escalar mais um patamar no ranking das economias onde impostos e contribuições sociais pagas por empregadores e trabalhadores mais pesam na folha salarial. A percentagem apurada para Portugal compara com uma média de 34,6% na OCDE

Portugal tem a 10ª maior carga fiscal da OCDE sobre o trabalho."


É obra!, não lhe parece? Sobretudo se atendermos â nossa pobreza relativa aos outros países e aos nossos baixos salários, ainda estrangulados pelo garrote do fisco.
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De Paula Dias a 15.03.2023 às 12:27

Caro Anónimo:


A carga fiscal em Portugal "é obra" ? É, eu que o diga...


E sente-se um "garrote fiscal"? Sim, sente-se, eu que o diga...


Mas o problema aqui, além da carga fiscal ser brutal, é que só o é para aqueles que DECLARAM os EFECTIVOS rendimentos...(não estou a gritar, é mesmo só para acentuar)..


Não tenho qualquer obsessão com  "a fuga / pagamento de impostos", mas chateia-me (muito) que haja por aí muito boa gente que, por não declarar os efectivos rendimentos, acabe por não contribuir, como deveria, para o erário público, que é aquele sítio de onde vem o dinheiro para fazer face a todas as despesas do Estado... 


Pior do que isso, é que até há por aí muito boa gente, com evidentes sinais exteriores de riqueza, que consegue, por via de várias manigâncias, "fugir ao Fisco" (lá está a minha teimosia com o tema) e que, com um bocadinho de sorte, ainda se candidata e recebe apoios sociais do Estado...


(Não estou a afirmar que sinais exteriores de riqueza sejam, sempre, sinónimo de "fuga" ao Fisco.)


Isso chateia-me mesmo, acredite. Não gosto de me sentir enganada, nem ludibriada e pessoas sem escrúpulos, sem ética e sem moral, para mim, são absolutamente dispensáveis e desprezíveis..


E se isso, para si, são "trivialidades", lamento, nada haverá a fazer...
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De anónimo a 16.03.2023 às 12:21



"Portugal tem a 10ª maior carga fiscal da OCDE sobre o trabalho."
Comparar "carga fiscal" em sistemas fiscais completamente diversos, em diferentes (38) Países, é um exercício discutível, embora com reconhecidos méritos.
Comparar "carga fiscal" no mesmo País em anos sucessivos poderá ser enganador se não se introduzir as alterações de legislação fiscal, e outras factores com reflexos no sistema fiscal, entretanto introduzidos.
Para analizar, e comparar, resultados de uma administração/governo nestes 38 Países há outros sistemas com mais significado.
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De Anónimo a 16.03.2023 às 20:00


"Portugal tem a 10ª maior carga fiscal da OCDE sobre o trabalho."
Patrocinado por Passos Coelho e Paulo Portas.
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De henrique pereira dos santos a 15.03.2023 às 09:00

Não é por ser mais ou menos dinheiro que um é defraudar o erário público e outro não: gastar mal o dinheiro dos contribuintes que o Estado gere, é defraudar o erário público.
Evitar que o Estado se aproprie desse dinheiro, pode ser ilegal em algumas circunstâncias, mas não é defraudar o erário público porque esse dinheiro não é erário público.
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De Anónimo a 15.03.2023 às 09:19

Exactamente, Henrique Pereira dos Santos!
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De mariam a 14.03.2023 às 19:14

Temos um país cheio de pessoas com dor de cotovelo.
O meu Pai já com mais de 100 anos e trabalhou no duro até aos 90 para ter duas pensões (portuguesa e francesa) que somavam 530€, um dia disse-me; quem te impede de ser rico, és livre!
Todos têm essa possibilidade.
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De Anónimo a 14.03.2023 às 20:11


"E, francamente, não consigo entender como raio é que há quem defenda que a defesa de melhores condições de vida para os trabalhadores da função pública se conseguem obter através da perseguição das melhores, mais eficientes e mais lucrativas empresas portuguesas, perseguição essa que tem que se justifica estritamente com a obtenção de ganhos políticos de curto prazo por parte de quem usa o poder do Estado para as determinar."

Quem assalta um banco também é "lucrativo". Vamos mesmo por aí?
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De henrique pereira dos santos a 15.03.2023 às 08:58

A questão é que assaltar bancos é uma actividade ilegal e as que estamos a discutir são actividades legais.
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De Anónimo a 15.03.2023 às 10:55

"E, francamente, não consigo entender como (...) a defesa de melhores condições para os trabalhadores da função pública  se conseguem obter através de perseguição dos melhores" 

É a ideologia, Henrique Pereira dos Santos! É daí que vem esse «modus operandi»!. 
Certamente está recordado do modo torpe e desleal que foi usado para ocultar as deficiências e a impreparação da Escola Pública vs Escola Privada durante a pandemia. Procurou-se (a todo o custo) evitar as comparações entre os dois sistemas de ensino,  a fim de se esconderem as enormes lacunas e diferenças entre o ensino público e o privado!!! Como a Escola Pública não se podia "medir" com a "performance" dos Colégios, recorreu-se a uma forma intelectualmente desonesta, e de duvidosa legalidade: proibiu-se, à época, que os Colégios Privados mantivessem o seu bom desempenho e o seu normal funcionamento para o qual estavam preparadíssimos!!! Como todos nos lembramos, nada era feito  a pensar no benefício dos alunos;  tudo era feito  com cálculo nas perdas e  "ganhos políticos de curto prazo por parte de quem usa o Estado", conforme diz.  
 
E (como é "lixada" a comparação!) continuaram a sanha contra esses Colégios privados e na perseguição (até à sua extinção) de algumas Escolas com parcerias público-privadas que prestavam uma excelente educação e um inestimável serviço à comunidade, facultando o seu acesso a alunos  carenciados e, além do mais, geravam poupanças incríveis ao Estado.


Alguém saberá dizer em que é que isto contribuiu  para defender e «melhorar as condições de vida dos funcionários públicos» e da Escola pública?  


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De Anónimo a 15.03.2023 às 22:19

Então usemos outro exemplo: a indemnização de Alexandra Reis. Essa senhora obteve-a legalmente, não apontou uma arma a ninguém. Segundo essa lógica, estava apenas a ser "lucrativa".
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De henrique pereira dos santos a 16.03.2023 às 06:52

Quem estabeleceu o contrato e quem pagou a indeminização foi o Estado, logo, se tem objecções a fazer a essa indemnização, fale com o Estado, a senhora limitou-se a tirar partido da fragilidade do Estado na forma como gere os dinheiros dos contribuintes.
De resto, não é devolvendo a indemnização que a TAP fica com os seus problemas resolvidos, o que significa que perseguir a senhora em vez de pedir responsabilidades a quem toma estas decisões, não é lá muito útil e menos ainda inteligente.
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De Anónimo a 16.03.2023 às 09:12

Chego à conclusão de que a Alexandra Reis parece ser a única pessoa honesta no meio desta bandalheira. 
Procedeu com lisura, logo no início, soube-se agora que através dum comunicando pôs logo no início o seu lugar à disposição se assim o entendessem os órgãos superiores da tap.assim como se prontificou a devolver as quantias da indeminização. E também revelou uma certa dignidade quando recusou o direito de regresso à Tap _ se assim o quisesse. 
Sabe-se que as suas divergências com a Ceo se deviam ao facto de se ter oposto aos gastos excessivos com a renovação da frota automóvel e com a transferência dos serviços da Tap para outro edifício; etc. Fica-se com a impressão de que a eng. Alexandra Reis mantinha uma certa integridade e era uma pecinha incómoda que convinha  remover. E por causa disso, fica-se com a vaga impressão de que a Tap foi nacionalizada como estratagema, para se tornar um "veículo" de alegadas transferências ... alegadamente encapotadas! E se o não foi, parece. (já não seria a primeira vez que assistíamos a esquemas semelhantes). E provavelmente a Alexandra Reis viu o que não devia ter visto e daí a sua "remoção" e o "prémio" chorudo por má consciência. Tudo alegadamente. 
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De Anónimo a 16.03.2023 às 20:05

Então não se opõe à falta de ética desde que seja no cumprimento da lei. Nem é preciso adivinhar o que pensaria se vivesse em ditadura.
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De oficialdejustica a 16.03.2023 às 00:33

E outra e outra e todas as que forem necessárias e que as pessoas ainda aguentem, porque todos sentem - e percebem - que é necessário haver Justiça. Todas estas greves sucedem, já agora, entre outros aspetos porque o Governo da área da Justiça não passa cavaco a ninguém, nem sequer para os mandar dar uma volta; nada. Ao contrário dos professores que se vê alguma negociação, com os Oficiais de Justiça não existe nenhuma negociação há anos e anos, tantos que, pasmem-se, há uma greve que está em vigor desde 1999 às horas de trabalho fora do horário normal de trabalho, desde 1999 que os sucessivos governos garantem que vão resolver o problema, mesmo o próprio atual primeiro-ministro, quando foi ministro da Justiça o garantiu e, resultado: zero. É vergonhoso. Mais ainda quando a própria Assembleia da República aprovou duas leis (duas) em que obrigava o Governo a resolver o problema, especificando os assuntos e até com datas limites para o fazer, leis essas que obrigam todos, mas que o Governo ignorou, e nada cumpriu, ultrapassando os prazos como se nada. É muito vergonhoso, por isso o transbordo do copo cheio que já devia ter acontecido há muito.
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De Ricardo Miguel Sebastião a 15.03.2023 às 10:46

Ainda por cima atiram aos alvos errados, a evasão fiscal nas grandes empresas onde há revisores de contas etc. tende para zero (é óbvio que há exceções que apenas confirmam a regra).


O grosso da evasão fiscal está nas PMEs, empresários em nome individual, biscateiros etc. E quando dizem que os FPs não podem fugir aos impostos, deixo apenas o exemplo de um vizinho meu a quem comprava castanhas e cerejas que era um PSP que até me trazia a mercadoria (vendida por fora paga a dinheiro) no carro oficial!


Os FPs deveriam perceber que com o PS a sua vida vai ficando progressivamente pior ao longo dos anos/décadas como o sapo que vai sendo cozinhado em água que vai aquecendo até ferver. Deveriam perceber que um governo de direita liberal poderia abanar o status quo ao início mas a médio/longo prazo traria muito melhores condições para os FPs.


Mas a literacia financeira em PT é o que é pelo que temos o que merecemos como país.

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