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Limpezas étnicas

por henrique pereira dos santos, em 23.12.23

O primarismo da discussão sobre o que se passa na Palestina, inevitavelmente, alimenta-se também da falta de cultura histórica.

A facilidade com que pessoas social e politicamente responsáveis tratam a questão da Palestina como se fosse uma ocupação colonial é assombrosa, face ao que é cristalino na factualidade histórica.

Antes da criação do Estado de Israel, e em paralelo com o crescimento da ideia  sionista - o retorno do povo judeu à terra prometida, para simplificar - há um movimento migratório constante de judeus, de muitas proveniências, para a região da Palestina.

Insisto na ideia de que esse movimento migratório é anterior à criação do Estado de Israel, Telavive é fundada em 1909, à ilharga de Jafa (que mais tarde vai absorver) e, desde a sua fundação, pretendeu ser uma cidade de maioria judaica, num território envolvente de maioria árabe e muçulmana.

Não há, nesta fundação, qualquer acção militar: judeus compram terra e fundam uma cidade, em 1909, no contexto de um processo de imigração judaica para a Palestina, inicialmente pacífico, mas aumentando progressivamente de conflitualidade com as comunidades árabes (muçulmanas e crisãs) ali existentes.

No entanto, vale a pena realçar que esta imigração judaica para a Palestina, mesmo a anterior à criação do Estado de Israel, provém também, embora de forma relativamente ténue, de muitas comunidades judaicas do médio-oriente que estavam, há séculos, em países árabes (de maneira geral, com um estatuto de cidadania diminuído, embora com grande autonomia no auto-governo da comunidade e razoável liberdade religiosa, sempre contingente).

O crescimento progressivo das comunidades judaicas, incluindo através da criação dos kibutz, comunidades agrárias voluntárias e colectivizadas que eram instaladas em terra comprada por judeus, em grande parte a partir das perseguições aos judeus na Rússia czarista e, posteriormente, de quase toda a Europa de Leste, aumentou os conflitos com as comunidades instaladas, entre outras razões, porque umas pretendiam ser comunidades agrárias e outras comunidades de beduínos semi-nómadas, consequentemente, com noções de propriedade e direito de uso da terra substancialmente diferentes.

No entanto, este era apenas um dos aspectos das diferenças culturais entre comunidades em que se baseava a crescente hostilidade mútua.

O Estado de Israel é a resposta da comunidade internacional à autêntica guerra civil que grassava na Palestina, com massacres de parte a parte, e é uma resposta apoiada por todas as Nações Unidas (incluindo o bloco socialista, a União Soviética votou favoravelmente a resolução que permite a criação do Estado de Israel e é com apoio de equipamento militar checoslovaco que Israel se defende das primeiras agressões dos estados árabes vizinhos, que começaram literalmente no dia seguinte à proclamação do Estado de Israel) com a importante excepção de todos os Estados Árabes e da liga Árabe.

O resultado concreto da criação do Estado de Israel foi muito diferente do que pretendiam os seus promotores - a criação de uma terra segura para duas comunidades em guerra civil, através da criação de dois Estados independentes, para cada uma delas -, os estados Árabes invadem o Estado de Israel, perdem essa guerra, e Israel redesenha as suas fronteiras a cada nova invasão árabe, da qual resultaram sempre guerras começadas pelos países árabes, mas que Israel sempre ganhou.

A partir do momento da criação do Estado de Israel, as razões de Estado actuam sobre as dinâmicas sociais anteriores, com o Estado, como é característico dos estados, ao serviço das classes dominantes.

Da primeira invasão árabe resultam 600 mil refugiados palestinianos, que os países árabes se recusam a integrar nos seus países (Israel aceitou receber de volta 150 mil desses refugiados, mas a recusa do reconhecimento de Israel pelos estados árabes levou ao fracasso dessas negociações), sempre apoiados, até hoje, pela comunidade internacional, sendo os palestinianos os maiores recebedores de ajuda internacional per capita do mundo (o dobro do segundo lugar), financiada directamente pelos Estados e pelas Nações Unidas.

O que é igualmente relevante, e raramente mencionado, é que deste contexto resulta a expulsão das comunidades judaicas dos países de maioria árabe e islâmica (o Líbano, de maioria cristã, é uma excepção para onde, aliás, migram parte destes refugiados judeus), o que deu origem à expulsão ou fuga de cerca de 800 mil a um milhão de judeus desses países entre 1948 e 1970.

Muitos desses judeus foram para outras regiões do mundo, com destaque para os Estados Unidos, mas muitos outros foram para Israel (mesmo os que inicialmente tinham ido para o Líbano voltarem a migrar quando a situação se agravou nesse país), de tal forma que em 2002 os judeus provenientes (ou descendentes) dos países de maioria árabe islâmica seriam cerca de metade da população de Israel (sendo a população de origem árabe, cerca de 20% da população actual do Estado de Israel, percebe-se bem como as tentativas de equivaler a criação do Estado de Israel a um processo colonial são ridículas, do ponto de vista histórico).

Os países árabes restringiram fortemente os direitos dos refugiados palestinianos, não apenas do ponto de vista da concessão de nacionalidade, mas com proibições claras e xenófobas do exercício de uma extensa lista de profissões, dificultando ou mesmo impedindo a sua integração social, ao contrário do que aconteceu aos judeus expulsos dos países árabes que foram rapidamente integrados na sociedade israelita (com tensões, com certeza, como acontece em todos os processos migratórios de alguma amplitude).

O que hoje se passa na Palestina tem muitas razões, e uma delas são estes movimentos migratórios e a forma como os estados, e a comunidade internacional, lidam com eles.

O que é inegável é que se houve limpeza étnica eficaz, foi a dos países árabes, a de Israel parece não ter dado assim tanto resultado: hoje os judeus em países árabes de maioria muçulmana são residuais, enquanto 20% da população israelita é árabe e os seiscentos mil refugiados palestinianos iniciais são hoje cinco milhões.


30 comentários

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De urinator a 23.12.2023 às 11:34

 que aconteceu às comunidades Cristãs no mundo Muçulmano?
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De O apartidário a 23.12.2023 às 13:34

Parece que não foram convidados a tomar chá.
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De balio a 23.12.2023 às 13:41

Tudo aquilo que o Henrique conta neste post é verdadeiro. Também é verdadeiro que aquilo que nos relata é, precisamente, um projeto colonial. Tão colonial como, sei lá, o dos "peregrinos" que começaram a colonizar a Nova Inglaterra.
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De lucklucky a 23.12.2023 às 14:28

Para isso tudo é colonial. Se o balio compra um terreno no Alentejo constroí uma casa e vai para lá viver é um colono...
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De Anonimo a 23.12.2023 às 15:52

Existia alguém a quem pertencesse o terreno?
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De balio a 24.12.2023 às 11:01

Uma colonização não é uma migração individual, nem sequer um conjunto de migrações individuais. Por exemplo, quando muitos portugueses emigraram para a Suíça, isso não significou a colonização da Suíça por Portugal ou por portugueses.
Uma colonização é um projeto sistemático de ocupação de  uma terra que pertence a um povo menos civilizado por outro povo mais civilizado (isto é, mais rico e com maiores recursos tecnológicos).
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De balio a 24.12.2023 às 13:57

Esqueci-me de acrescentar que uma colonização é também um projeto político de tomar conta e governar uma terra. A colonização tem um aspeto demográfico (enviar pessoas da terra mais desenvolvida para a terra a colonizar, que é mais pobre) e um aspeto político (formar um Estado dominado pelo povo colonizador).
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De henrique pereira dos santos a 24.12.2023 às 06:52

Não acho que o Islão esteja a colonizar a Europa, como se depreende que é a tua opinião, a partir dessa definição de colonialismo (que não é o mesmo que colonização).
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De balio a 24.12.2023 às 10:23

O Islão não está a colonizar a Europa, por dois motivos. Primeiro, porque uma colonização é feita por um povo tecnologicamente mais avançado, e com maiores recursos financeiros, sobre outro povo mais fraco. Segundo, porque uma colonização é sistemática, ela é um projeto assumido, não é simplesmente um conjunto de migrações individuais. É por esse facto que a migração dos judeus para a Palestina corresponde a um projeto colonial - que até foi financiado por outros judeus, mostrando  a sua sistematicidade.
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De Figueiredo a 23.12.2023 às 14:11

Os Judeus não são Israelitas nem descendentes das Doze Tribos de Israel.


«...Apareceu na Galileia um jovem que pregava, com humilde unção, uma nova Lei em nome do Deus que o tinha enviado. A princípio, fiquei apreensivo com o facto do Seu desígnio ser incitar o Povo contra os Romanos, mas os meus receios foram logo dissipados. 
Jesus de Nazaré falava mais como amigo dos Romanos do que dos Judeus. Um dia, observei no meio de um grupo de pessoas um jovem que estava encostado a uma árvore, dirigindo-se calmamente à multidão. Disseram-me que o seu nome era Jesus. Podia facilmente ter suspeitado disso, tão grande era a diferença entre Ele e os que O ouviam. Os seus cabelos dourados e a sua barba davam-lhe um aspecto celestial. Parecia ter cerca de trinta anos de idade. Nunca vi um semblante mais doce e sereno. 
Que contraste entre Ele e os Seus ouvintes, com as suas barbas negras e tez morena. 
Não querendo interrompê-lo com a minha presença, continuei a minha caminhada, mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e ouvir. Mais tarde, o meu secretário contou-me que nunca tinha lido, nas palavras de todos os Filósofos, nada que se comparasse aos ensinamentos de Jesus. Disse-me que Jesus não era sedicioso nem rebelde e que, por isso, lhe dávamos a nossa protecção. 
Ele tinha liberdade para agir, falar, reunir-se e dirigir-se ao Povo. Esta liberdade ilimitada provocou os Judeus - não os pobres, mas os ricos e poderosos...» 


Fonte: Carta de Pôncio Pilatos ao Imperador Tibério César
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De Cá não há bar a 23.12.2023 às 17:18

E quem entregou a carta? Aposto que não foi os CTT. 
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De Figueiredo a 23.12.2023 às 18:05

Está a ver como você não tem argumentos; vocês não têm hipótese, a verdade vai triunfar, por mais tentativas revisionistas que possam tentar para reescrever a História. 
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De Cá não há bar a 24.12.2023 às 07:42

Nem sequer estou a tentar argumentar alguma coisa, deixo isso em aberto(cada um terá as razões para acreditar no que entender e liberdade de expressão para "evangelizar")até porque tenho que ir entregar uns coscorões a Benavente e os gansos(que estão a fazer de renas)já estão nervosos.
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De Figueiredo a 24.12.2023 às 11:47

Está a ver como você se troca todo, a verdade incomoda, já nem a lenga-lenga do culto ao qual você serve e depende consegue dizer; felizmente não tenho religião.
Um Feliz Natal para si e toda a família, e deixe de escrever palermices, caso contrário o Pai Natal não lhe trará presentes este Ano.
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De Cá não há bar a 24.12.2023 às 13:11

Eu também não tenho religiião, graças a Deus! Agora vamos ver quem é que se troca todo.
Bom natal e cuidado com as rabanadas mais oleosas e com os brandi-mels.
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De lucklucky a 23.12.2023 às 14:36

As expulsões de Judeus no mundo Árabe começaram antes de 1948. No Iraque foi em 1941, também foram atacados na Líbia quando pensavam que a aliança da Itália Fascista com os Nazis dava carta branca aos muçulmanos. Na Pérsia foi em 1943.


A limpeza étnica que os muçulmanos fizeram no Médio Oriente não se restringe só aos Judeus, Zoroastras origináruios do Irão viram os seus templos destruídos e são perseguidos,  os Baha'i também originários do Irão só têm templos em Israel, os  Druzos também.


Mas como não fazem parte da luta politica no ocidente - porque é sempre disso que se trata - não são notícia. 
Aliás sem Israel nem existiram Palestinianos, seriam Jordanos, Egipcios e ninguém se interessaria. 
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De anónimo a 23.12.2023 às 19:53


Exacto, "palestiniano" não é uma identidade política/sócial/cultural, é apenas geografia. É apenas um traço de origem geográfica, como alentejanos ou transmontanos...

Aos "gazeanos", os "palestinianos" residentes nessa geografia, são politicamente autónomos, na 100% sua Faixa de Gaza.
Israel (a troco de paz!?) concedeu aos gazeanos autonomia política/governativa e responsabiliaded cívica via eleições. Resultado?.

Os radicias líderes, assim escolhidos, levaram a população por maus caminhos é verdade, mas isso até acontece em todo o mundo, não é só em Gaza. Militarmente uma armadilha, forma enganados pelos persas. Abandonados?. Culpas?. 
Curiosamente tiveram, e têm,,um esbanjado, acrítico, incomparável (o dobro dos apoiados em 2º lugar) apoio da ONU. E de vários outros países inclusivé Israel. Porquê?. 
O instalado e reconhecido, flagrante anti-semitismo naquele areopago. Uma "maioria" específica nada salúbre.. 
Além disso "o que nasce torto...."
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De marina a 23.12.2023 às 19:34

o reino do pineal...
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De Cá não há bar a 24.12.2023 às 08:14

Qual reino do Pineal qual carapuça!  A freguesia de Arroios é que vai ser um reino independente,incluindo a Almirante  Reis. E depois faz-se uma união com o reino da Mouraria. Entretanto tenham cuidado com as rabanadas e com os licores não sei quê de mel. Boas festas enquanto as houver.
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De IMPRONUNCIÁVEL a 23.12.2023 às 20:31

E vergonha? Dizer mentiras não é uma ignominia?

 

Foi por causa destas mentiras, e de outras ignominias iguais cometidas pelos Judeus que o seu próprio Deus os expulsou da Palestina, e os fez vaguear pelos quatro cantos do mundo. Até conseguirem cumprir a Palavra do seu Deus e os mandamentos do seu Profeta.

 

Os Judeus foram sempre colonialistas da Palestina. Antes e agora.

 

Ora leiam: «A PALESTINA foi habitada por outros Povos, que Deus de lá expulsou para a dar aos judeus-israelitas, como sendo a Terra Prometida. Eram eles: filisteus, amorreus, heteus, perezeus, cananeus e heveus» (Êxodo, 23,28).

 

NINGUÉM ENTENDE, a decisão colonialista do Deus da facção judia-israelita. De, segundo o próprio, ter expulso esses Povos Palestinos do território que era deles ininterruptamente há mais de 3000 anos, para pôr lá os Judeus.

No mínimo, esse Deus é tão terrorista e conquistador dos Povos Palestinos como a facção judia-israelita que professa esse Deus. O que mostra bem a mistificação entre história e religião, como se fossem a mesma coisa no interesse e em causa própria.
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De Andre Santos a 23.12.2023 às 23:14

Um processo de colonização não acontece apenas por invasão ou opressão militares (como, alias, a questão do Sahara Ocidental bem demonstra, ou numa primeira fase da América do Norte). No caso da ocupação de territórios na Palestina por Judeus é evidentemente um processo deliberado e progressivo de colonização de um território que era maioritariamente (por larguíssima margem) habitado por outras comunidades.

Se a questão são os factos cristalinos e cultura histórica então convém elucidar também que esta colonização foi iniciada ainda antes da criação de Israel, como bem afirma, e que na verdade ainda hoje continua com colunatos a ser construídos em território considerado palestiniano (no West Bank) à data de hoje! Portanto, o que os factos demonstram é que sempre foi e ainda é essa a motivação dos agora Israelitas. Sim, de início parte dos territórios foi comprada, mas parte significativa não foi. Alias houve muita imigração clandestina judaica, já que nem o Império Otomano, nem depois a administração Britânica, desejavam e autorizavam esses influxos de Judeus para a Palestina. O julgamento moral dos motivos - se era porque foram expulsos, ou discriminados, ou perseguidos - é isso mesmo: um julgamento moral da sua legitimidade para o fazer. O mesmo se aplica ao resultado dos vários conflitos militares. Os territórios ocupados no desenlace dos vários conflitos com os vários países árabes, foram “ganhos” e ocupados em guerra. Se isso são ocupações legitimadas pelos motivações dos beligerantes e o brilhantismo e bravura dos Israelitas, é isso mesmo: um julgamento moral. Existem aliás regras e convenções, e até resoluções das Nações Unidas que não estão a ser cumpridas. Isto é o factual, que o Henrique diz se preocupar neste post. Isto foi e é um processo colonizador que continua até hoje.
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De henrique pereira dos santos a 24.12.2023 às 06:47

Eu não acho que o Islão esteja a colonizar a Europa, como se depreende que é a sua opinião, partindo do que define como uma colonização.
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De Cá não há bar a 24.12.2023 às 07:50

Eu também acho que não. Mais logo vou comer umas chamuças e jogar cricket no Martim Moniz para provar a quem quiser que orações de grandes grupos de rabo para o ar virados para Oriente são uma fantasia de conspiranóicos. E pronto. Por falar nisso, tenham cuidado com as rabanadas.
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De Andre Santos a 23.12.2023 às 23:15

[Continuando o comentário anterior] Não é factual afirmar que existia uma guerra civil antes da criação de Israel, pois a maioria dos judeus não eram sequer nacionais, eram imigrantes (e muitos ilegais). Portanto, chacinas e conflitos sim, mas não guerra civil, e muito menos só entre judeus e palestinianos. Nesse período terroristas Judeus cometeram aquele que ainda hoje tem o record do atentado terrorista (em atentado singular) com mais vítimas deste conflito: o atentado à bomba do Hotel King David, sede das autoridades britânicas contra quem eles lutavam!


Já agora, relativo a isso continuando nos factos, o tal Estado de Israel referido pelo Henrique que foi criado pelas Nações Unidas (que entre outras coisas definia Jerusalém como zona internacional) também não era o que os próprios Judeus pretendiam e como tal nunca tal foi respeitado por eles. Se o problema eram os Árabes, então depois destes dramaticamente derrotados, pelo menos a parte de Jerusalém devia ter sido respeitada... nunca o foi. Nunca o seria.


Enfim. É evidente qual o seu julgamento moral, e que favorece um dos lados. Infelizmente, os factos e cultura histórica demonstram que a moralidade é algo que não abunda por aquelas terras…

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De Anonimo a 23.12.2023 às 23:53

Gaza é uma espécie de retiro utópico. Para os wokes da diversidade que acham aquilo um oásis de inclusão, e para os wokes pró israel que pensam que é tipo bairro da Lapa, mas em grande e melhor
O Algarve que se cuide, 2024 vai ser o ano da Palestina como destino turístico. 
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De Ricardo a 24.12.2023 às 07:55

Mas primeiro agora é preciso que apareçam os wokes da construção civil para reconstruir a Faixa de Gaza né?
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De Anonimo a 24.12.2023 às 13:51

Reconstruir? Só há ataques cirúrgicos a albos militares bem identificados,  aquilo está como novo. Parece a herdade da comporta. Este ano vai ser charters de pessoal.
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De IMPRONUNCIÁVEL a 24.12.2023 às 17:43

Os Judeus-Israelitas ainda não perceberam qual foi a “Terra Prometida” a que se referiam o seu deus e profetas.

Ainda não perceberam porque o seu deus e profetas os expulsaram da Palestina.

 

A “Terra Prometida” é aquele sítio onde a convivência com os Outros será possível.

A “Terra Prometida” só acontecerá quando conseguirem coexistir com os Outros sem os quererem conquistar, evangelizar ou dominar.

 

Enquanto Israel estava no ‘modo de defesa’ concitava o apoio maioritário do mundo. Quando passou ao ‘modo de ataque’ perdeu o apoio mundial, e ficou isolado.

 

O mesmo se passou na região dita “Ucrânia”. Enquanto estiveram no modo de defesa e de aceitação da miscigenação, a Rússia não os atacou. Quando o «regime Zelensky» passou em 2014 (após o «Golpe Americano do Maidan») ao «modo de ataque» (aos civis do Donbass, à proibição da língua russa, e à destruição da miscigenação) a Rússia foi em defesa dos seus cidadãos.

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