LL, ai podem, podem. E certas profissões também têm essa prerrogativa, o direito de objecção de consciência, como é o caso dos médicos, por exemplo. Veja também o caso de algumas minorias étnicas: os pais exercem o poder parental _ e sem que ninguém os impeça_ retirando as filhas da escola para se casarem aos 13 anos (uma infracção face às leis vigentes, para além do abandono escolar). Neste caso, invocam a tradição, e as especificidades culturais. Honestamente, alguma vez viu o ME tomar medidas de força, vergando estes pais?
Deve perguntar-se porque o está a fazer agora. Os filhos não são pertença do Estado. Este tem o dever de assegurar a instrução, mas não pode imiscuir-se na esfera da educação que é da competência dos pais/ família/ e daqueles que eles, pais, entenderem.
Contudo, os pais que concordem com a disciplina de CD têm o direito de a escolher, e o mesmo deve acontecer àqueles que dela discordam_ o direito a excluí-la, se assim o entenderem, não delegando na escola certos temas que entendem dever ser abordados em casa, na esfera privada.
Acabava-se com esta polémica se as aulas fossem facultativas.
Há países, todos conhecemos, que ajustam os curriculos escolares de forma a não chocarem com as diferentes culturas, crenças e posturas dos diferentes alunos. Até no que diz respeito às ementas escolares são oferecidas várias opções. Ninguém é perseguido por ser e pensar diferente.
Assim, este país não vai lá...