De Costa a 28.06.2015 às 14:27
"Como se sentiram os heterossexuais", escreve. Suponho que por lapso lhe falte o ponto de interrogação (chamava-se assim, nos meus tempos de escola, agora não faço ideia; mas fica o símbolo: "?") e que tenha querido escrever "sentiriam", e não "sentiram". Acontece.
O resto que escreve é bem capaz de vir a ser verdade. Já não falta tudo para que o que permite a simples preservação da espécie de forma não laboratorialmente conseguida - uma inovação de (bem poucas) décadas, em milénios de evolução, paulatinamente conseguida sem tais recursos - seja visto como um arcaicismo, uma bizarria. Se não é assim, admitirá que parece.
O extraordinário disto tudo é que quem proclama a absoluta naturalidade da orientação homossexual, colocando-a no mesmo patamar da heterossexual, se felicite com estas fantochadas do "orgulho gay". Se é assim, tão natural e legítimo, que diabo, deixem-se desses exibicionismos (por sinal, parece, uma forma de patologia...): vivam a vossa vida e deixem-nos viver a nossa.
É que entre dois adultos, com o devido recato, ninguém tem nada a ver com o que se passe (como regra geral, entenda-se, sujeita a limites; mas é assim e assim está muito bem); e uma relação querida, séria, empenhada para a vida merece sempre todo o respeito. Seja entre quem for. Mas então que se abstenham os "homo" de pretender derramar uma superioridade - que manifestamente não têm (nem que seja pela simples realidade biológica) - sobre os "hetero".
Afinal somos então todos iguais, não é? Muito bem. Deixemo-nos pois dessas fantochadas fetichistas e vácuas. Se não querem parecer uma minoria esquisita, não se comportem como tal. Mais não seja porque aos heterossexuais, quando pretendem denotar a posse da razão, ou apenas afirmar sem culpa essa sua condição, logo sobre eles(as) cai o opróbio de marialvismo. Ou pior...
Costa