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João Francisco Gomes é um jornalista do Observador que escreve sobre a igreja católica (ele diz que escreve sobre religião, mas não é isso que tenho visto, como leitor).
Hoje, está uma peça dele em destaque sobre o que têm feito os bispos com a tal lista de cem nomes.
A lista, ainda hoje, é descrita por João Francisco Gomes desta maneira: "lista com os nomes dos alegados abusadores sexuais que ainda se encontram no ativo".
Ora hoje já é perfeitamente seguro dizer que pelo menos um terço desses nomes são de pessoas mortas (é preciso uma grande fé para considerar como abusador no activo uma pessoa morta), outros não estão no activo, outros não se sabe quem são, etc..
Ou seja, a lista não é o que o jornalista diz que ela é.
Esta informação está perfeitamente fixada, portanto se o jornalista continua a chamar-lhe uma lista com nomes de alegados abusadores sexuais no activo é apenas porque isso serve os seus objectivos, não porque seja informação fiável, isto é, é porque é desonesto no seu trabalho (essencialmente, está na mesma situação do restaurante que serve gato por lebre).
Ana Sanlez e Ana Suspiro assinavam, há dois dias, uma peça com o título "Distribuição sob pressão máxima do Governo por causa de preço dos alimentos. Medidas de outros países estão a ser estudadas" em que, entre outras coisas, tratam informação do governo sobre ilegalidades nos supermercados como permitindo uma dúvida razoável de que há especulação nos preços dos bens alimentares.
Nada nessa informação, nem numa reportagem que o Observador também fez acompanhando uma fiscalização da ASAE, permite supor isso, tanto mais que o principal argumento usado para essa suspeita (suspeita criada pelo principal interessado em que a suspeita exista, o governo) é simplesmente estúpido: uma comparação entre preços de compra e venda de produtos, feita num relatório que não é público e sem qualquer consideração sobre os custos associados a essa venda, o que as jornalistas sabem perfeitamente.
Puro populismo (igual ao que se passa na conversa sobre rendas de casa, igual ao que se verifica nas reportagens sobre lares de terceira idade, igual à conversa que foi usada durante a epidemia, igual à conversa sobre o governo que geriu o memorando de entendimento que o PS negociou para evitar a bancarrota, igual à conversa sobre a TAP, etc., etc., etc..).
Que assenta na pura desonestidade na escolha de informação, como é típico de populistas e do populismo dominante nas redacções dos jornais.
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