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Há factos, afirmações, dados que desencadeiam nos jornalistas a vontade de investigar. Essa vontade não tem como baias a oportunidade, a conveniência, os eventuais incómodos que a informação possa suscitar. O jornalista quer apenas informar, deixar que as pessoas saibam de factos confirmados, e que ajam como entenderem com base na informação. O jornalista não é um apóstolo do governo; não é a guarda de defesa avançada de círculos a quem os factos possam prejudicar; o jornalista não é um sabujo nem um caõzinho amestrado. Mas alguns, que se dizem jornalistas, são.
Por exemplo: perante a notícia de que x pessoas foram «detidas por desobediência», qualquer jornalista minimamente honrado e brioso quereria saber pormenores dessa tal detenção, seriam os mínimos do jornalismo: quem é detido, onde, porquê, em que condições, sujeito a que processo, com que consequências, o que acontece depois, há multa, quanto?, etc.
Acontece que as redacções das nossas televisões têm a curiosidade muito embotada, ou por servilismo ou por estupidez. Não há qualquer esclarecimento sobre as detenções. Mas há, como na Tvi, peças sobre a clausura que terminam com sentenças do género: «É para o bem do próprio e da sociedade». E há, como na mesma estação, quem, depois de ouvir acusações de incúria sobre as mortes num lar de idosos em Aveiro, encerre a notícia buscando afanosamente um secretário de Estado que diga que «vai ficar tudo bem», sem datas, nem pormenores, nem quantificação. E depois, para maior educação das massas, temos umas patetices quaisquer mal investigadas e pior confirmadas sobre Boris Johnson, ou Trump ou Bolsonaro, como se fossem realidades iguais, acompanhadas de gente a cantar à varanda (os cânticos de que os sabujos gostam -- bom cá, se for a favor do governo; bom lá, se for contra).
O senhor presidente da República, e muitos socialistas, nos jornais e fora deles, querem que este tipo de informação seja protegido com subsídios dos contribuintes. Como defenderia a preservação de sabujos quem deseja e defende informação limpa e honesta?
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De que ri Luís Montenegro?Montenegro tinha uma est...
Se a generalização racista que tinha sido feita – ...
A cor da peleVotar Chega seria “a realização concr...
O Norte do distrito de Aveiro é área metropolitana...
Pedro, já se subiu outro patamar. ao que consta ta...