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Por coincidência, o Observador tem duas peças sobre Lisboa, uma de jornalismo e outra de opinião.
Na que é jornalismo, diz-se que o PS diz que Moedas não cumpriu as promesas que fez, os compromissos que assumiu antes das eleições "não passavam de promessas de quem não contava ser presidente da maior câmara municipal do país".
O PS diz que Moedas, nestes três anos não conseguiu construir nada, vai deixar uma cidade sem obra e sem rumo, com lixo que se acumula, trânsito caótico e com preferência indisfarçável pelo alojamento local em detrimento de uma política de habitação acessível. Além disso, com degradação da situação financeira da Câmara.
Margarida Bentes Penedo, pelo contrário, num artigo de opinião fala de três anos de uma certa normalidade, fala das obras do Plano Geral de Drenagem, que estão em curso (não estavam antes), da comparação entre os zero centros de saúde feitos por Medina, dos 14 prometidos, contra os cinco já inaugurados por Moedas, três em construção e mais um adjudicado, da comparação entre a década de 2011 a 2021 em que se construíram 17 casas de habitação pública por ano, para comparar com as duas mil entregues por Moedas e 2800 famílias apoiadas com subsídio de renda, para além de umas cooperativas de habitação que estão a concurso, embora, até agora, sem candidatos porque as regras definidas pela oposição de esquerda, maioritária, dificultam muito o processo.
Que Margarida Bentes Penedo fale apenas do que acha que está melhor, é normal, é membro da coligação de Moedas.
O que me chateia, como leitor de jornais, é que a jornalista se limite a reproduzir o que diz o PS, sem avaliar criticamente a informação que recebe, perguntando se acham mesmo irrelevante que estejam a decorrer as obras do plano de drenagem, se acham que tudo o que Moedas tem feito, nomeadamente na entrega de casas, é apenas o resultado normal do que aconteceria com qualquer presidente de câmara, já que tinha sido tudo preparado por Medina, se a possibilidade de Medina inaugurar cinco centro de saúde, contra zero, resulta apenas de Moedas estar a apropriar-se do trabalho da vereação anterior (e, se assim é, não seria caso para dizer que o projecto recentemente apresentado para a Almirante Reis, por Moedas, não cabe no mesmo conceito de trabalho para a vereação seguinte, ou é irrelevante?), e por aí fora.
A mim, pobre homem da Póvoa, não me interessa muito que o jornalismo seja um mero retransmissor de coisas ditas por terceiros (é uma função relevante do jornalismo, claro, mas meramente instrumental e subsidiária), o que me interessa mesmo é que o jornalismo me tire o trabalho de verificar o que é dito por toda a gente.
E não entendo por que razão os senhores jornalistas se demitem de fazer perguntas, de ir aos sítios, de avaliar por si, apresentando as suas conclusões e os fundamentos para elas, não com o que cada um disse, mas com os fundamentos do que diz o jornalista, depois de verificar o que toda a gente disse com base em fontes independentes.
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