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Ontem à noite fui surpreendido no carro por uma alocução do Presidente da República em directo e até pensei que era por causa de alguma coisa de grave acontecida recentemente. Mas não, era ele a dizer que nos portámos muito bem, que somos os maiores e que por isso merecemos desconfinar.
Não percebo a relutância de Marcelo abordar aquilo que verdadeiramente aflige os portugueses por estes dias. A desculpa da não interferência entre órgãos de soberania soa-me a falso, tanto mais que todos estão envolvidos no edifício da nossa Justiça: Marcelo Rebelo de Sousa, preocupado com a sua inoperância, teve como bandeira até há pouco tempo o célebre “Pacto para a Justiça” para uma reforma do sistema, e na realidade são os partidos políticos que, no parlamento, aprovam com as leis que o aparelho judicial vai ter de lidar.
Como é previsível vai tudo ficar na mesma, o assunto esquecido, Sócrates a banhos na Ericeira e o povo conformado à cata das migalhas que lhe são destinadas e não são garantidas. Os principais actores políticos e as elites estão enterradas até ao pescoço no lodaçal em que sobrevive o nosso regime irreformável, tolerante para com a corrupção e o clientelismo.
Ontem à noite não ouvi a entrevista a José Sócrates porque tenho pudor e sinto uma enorme vergonha alheia - limitei-me a ouvir hoje os comentários na telefonia. Mas percebo a curiosidade mórbida daqueles que tiveram estômago para aquilo. É como o mirone que não resiste a espreitar os escombros de um desastre sangrento.
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