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Informação, há, quem lhe dê uso é que é mais difícil

por henrique pereira dos santos, em 23.08.25

"O Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia analisou os grandes tipos de ocupação do solo afetados pelos cinco incêndios que tinham área superior a 10.000ha em 21 de Agosto, usando mapas obtidos do European Forest Fire Information System (EFFIS).

Estes cinco incêndios totalizavam uma área de 199.411ha, correspondendo a 73% da área queimada total reportada pelo EFFIS à data.

À data da análise, o incêndio do Piódão continuava ativo.

...

O Pinhal Bravo e o Eucalipto representavam, respetivamente, 24.3% e 4.2% dos 199.411ha queimados nos cinco grandes incêndios analisados, enquanto que o somatório das Outras Folhosas (sobretudo espécies ripícolas) e Outros Carvalhos (Quercus que não o Sobreiro e a Azinheira) correspondia a 6.0% dessa mesma área".

Convém acrescentar duas informações, a de que os matos representavam 42,7% da área ardida, a floresta 36,4% (decomposta como está dito acima) e a agricultura mais pastagens 19,4%.

E a informação de que análise é feita apenas para os incêndios com mais de dez mil hectares, o que deixa de fora o incêndio de Arouca, com mais seis mil hectares eucalipto.

Os dados acima não são nenhuma novidade, no sentido em que arde o que está disponível no sítio em que está a arder, mas é claro que ter outras folhosas e outros carvalhos com mais percentagem que o eucalipto é uma boa demonstração de que, mesmo que fosse possível ter carvalhais por todo o lado (e ninguém  explica como se faz a transição e se gere o fogo entre a situação actual e os carvalhais maduros), não havia nenhuma garantia de que não houvesse Verões como o deste ano.

Resumindo, se os senhores jornalistas e os senhores especialistas em alhos que falam de bugalhos (como eu, e boa parte dos académicos que aparecem nestas alturas) se deixassem de continuar a insistir na necessidade de transformar a paisagem, talvez se conseguisse expandir a gestão que existe, com a economia que existe e com as pessoas que existem, em vez de se andar a gastar recursos em fantasias e soluções perfeitas, mas inúteis.


5 comentários

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De henrique pereira dos santos a 23.08.2025 às 16:44

Não está publicada e é informação mais que preliminar, mas pode contactar o centro de investigação que é referido

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