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Indignações bacocas

por Maria Teixeira Alves, em 01.11.14

Os jornalistas de economia estiveram em numerosas acções de bancos e empresas nos mais variados sítios do mundo, nas mais variadas ocasiões, nos mais exóticos lugares. Eram acções de aproximação entre os jornalistas e os administradores das empresas. O que é útil para o jornalismo de investigação, pois o acesso fácil aos responsáveis torna a investigação mais fácil e as confirmações ou não das notícias mais rápidas. Mas se isso fosse impedimento para depois se escrever imparcialmente sobre essas empresas, ou esses bancos, então seria outra coisa, Então estaríamos mal. Vem isto a propósito de muitos julgamentos fáceis que por aí se fazem a propósito do BES. Se os jornalistas que estiveram nessas conferências de imprensa do banco, quem diz do banco, diz da Galp, da EDP, do BCP, e muitas outras, não pudessem depois escrever livremente sobre essas empresas e sobre os acontecimentos mais do que óbvios em que essas empresas estão envolvidas é que seria de estranhar, não acham? Mas as pessoas parecem ficar indignadas que os jornalistas de economia que iam em viagens escrevam sobre o colapso do Grupo. Por acaso acharão essas pessoas que é ingratidão? 

Posso dizer que os jornalistas que estiveram nas acções dos bancos eram os melhores jornalistas de banca, no geral, e sempre escreveram livremente sobre essas empresas, quer sobre as coisas boas, quer sobre as coisas más, e assim é que deve ser. Não há uma relação de causalidade entre uma viagem e um notícia boa. Posso mesmo dizer que os favores e as viagens não têm relação nenhuma, porque há mais favores sem viagens, do que o contrário.  

As relações de amizade e pessoais não se alteraram com nenhuma derrocada do GES, isso também é preciso dizer.As que existiam continuarão a existir. 


1 comentário

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De manuel branco a 01.11.2014 às 13:31


talvez...agora que há desconfiança relativamente à idoneidade da classe, lá isso há. É pena mas é a realidade. Quando leio um artigo não me esqueço de quem é o proprietário do jornal nem das agendas políticas seguidas. Quando surge uma notícia que me chama muito a atenção faço triagem na net pela data e com palavras de identificação. No geral vou aos blogs. Se vejo que a notícia é reproduzida nos mesmos termos, já sei que há tentativa de passar a mensagem. Outra fonte interessante são os comentários. Noventa e nove por cento não vale um chavo; mas depois lá vem o anónimo ou coisa que o valha que dá com a língua nos dentes.

Sim, há um problema sério com o jornalismo económico. Não vou tocar em nomes, são vários, uns para um lado, outros para outro, que todos sabemos que rezam pelo breviário. Mais engraçado ainda é vê-los a reciclarem-se em consultores, administradores e coisa que tal.

Todavia também lhe digo: não é só o jornalismo económico. O jornalismo político é só intriga. Quer dois exemplos? a edição de hoje do Expresso, jornal que há muito não compro et pour cause. Guterres candidato a SG das Nações Unidas: Isto é notícia das boas. Como sou desconfiado, resolvi esperar pela análsie de imprensa daquela Professora da Universidade do Minho, que procuro ouvir antes de escolher o jornal que vou comprar. E que ouvi? que foi o Expresso que pôs a questão e que o homem respondeu com uma evasiva. Ela não disse que a notícia era falsa mas sim que há muita coisa a mexer. Para mim no entanto a notícia é falsa, ponto final; isto sem que eu saiba o que vai na cabeça de Guterres. Mais ainda, na mesma edição é dada uma notícia sobre José Dias Ferreira. Sei eu lá da vida do homem mas fiquei com a impressão de que a visada era outra, a Nelinha.

Como é que quer que eu compre jornais se estou sempre de pé atrás?

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