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Imigrantes

por João Távora, em 08.08.24

UK.jpg

A esquerda precisa da permanente reposição de níveis de miséria e insegurança na cidade para acalentar o sonho da revolução. Já a direita não dispensa os migrantes pois não têm melhor bode expiatório para justificar a sua impotência perante o deslaçar da comunidade pelo extremo individualismo. O centro, empurra os problemas, na verdade irresolúveis, com a barriga. Certo é que o caminho da decadência no Ocidente parece inexorável.


23 comentários

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De Silva a 09.08.2024 às 11:49

Na Alemanha esteve Merkel, uma alemã nascida em Hamburgo mas que viveu quase toda a sua vida na antiga RDA; Merkel era uma comunista; Não só aumentou o défice na Alemanha como implementou a política do salário mínimo em 2015 o que vem minando a economia e a sociedade alemãs.
Os habituais défices orçamentais são habituais, ou seja, a pressão financeira irá continuar a aumentar, seja aqui ou onde essa política continue.
Os défices orçamentais sempre implicarão em mais impostos e com o recente rearmamento do Ocidente a pressão financeira irá aumentar substancialmente mais rápido.
Caso não haja vontade/coragem política para implementar as reformas estruturais (pega de caras), seguir-se-ão os ajustes (pega de cernelha) à medida que a pressão financeira for aumentando.
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De Elvimonte a 09.08.2024 às 23:26

Há aqui, desde logo, uma "diferençazita": eu mostro gráficos e números que provam que as suas afirmações não têm correspondência com a realidade; do seu lado persiste em atirar-me com "reformas estruturais", algo que ninguém, honestamente, sabe o que é, não passando de chavão para consumo das manadas de votos.


Mas abstraindo disso (e da ex-Chanceler alemã Merkel ser comunista ...). Depois da revogação em 1999 do Glass-Steagall Act que vinha de 1933, no rescaldo da Grande Depressão, era óbvio para algumas pessoas que uma crise semelhante haveria de surgir.


Banking Act of 1933 (Glass-Steagall)
https://www.federalreservehistory.org › essays › glass-ste...
by J Maues · Cited by 35 — The bill was designed “to provide for the safer and more effective use of the assets of banks, to regulate interbank control, to prevent the undue diversion of ... 


Nove anos depois aí estava ela, tendo-se iniciado precisamente com a falência de um banco, o Lehman Brothers, ao qual três das maiores agências de rating tinham dado notações de investimento imediatamente antes da  insolvência.  


Para a crise muito contribuíram as políticas de crédito expansionistas  da Reserva Federal dos EUA e do BCE, que alguns afirmam terem sido propositadas para a desencadear. Depois da austeridade, fruto da interpretação errada (e propositada, como alguns também afirmam) dos trabalhos de Rogoff, Reinhart e Alesina, seguiu-se o Quantitative Easing, cujo "pai" é Richard Werner e cuja leitura recomendo. Sem QE os PIGS teriam entrado em incumprimento há muito e duvido que ainda existisse Euro. O resto é paisagem, propaganda para consumo das manadas de votos e chicane político-ideológica.


Como as crises (também as pandemias e as guerras) são sempre excelentes oportunidades de negócio, alguns enriqueceram - e outros ainda mais - a transacionar credit default swaps (CDS), um produto financeiro derivado que pode ser usado de várias formas, entre elas a especulação (vd. "The European Sovereign Debt Crisis and the Role of Credit Swaps", https://www.worldscientific.com/doi/10.1142/9789814566926_0020). 


"CDS were one of the financial instruments at the centre of the 2008 financial crisis. Bear Stearns and Lehman Brothers were among the many banks that issued CDS to investors on mortgage-backed securities (MBS) - mortgages bundled together into one package - among other types of derivative."


Quando o Banco de Inglaterra foi "colocado de joelhos" por um único "investidor" (George Soros) em 1992, tornou-se óbvio que para além dos poderes legislativo, executivo e judicial existe um poder económico-financeiro, não escrutinável, que actua na sombra e de que ninguém fala, com potencial para colocar no lixo qualquer dívida soberana, obter dos governos e instituições decisões favoráveis aos seus interesses e promover "revoluções coloridas" e mudanças de regime. O velho "War Is a Racket" e o mais recente "Confessions of an Economic Hit Man" são deveras ilustrativos.


Mas não tenha ilusões. Desde o advento da globalização o chamado mundo ocidental tem estado a empobrecer. E vai continuar até os fluxos líquidos de capitais deixarem de ser favoráveis ao mundo oriental. O mundo ocidental está desindustrializado, cada vez mais, e falido. Não será a crescente financeirização da economia que o vai salvar.

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