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Não seria normal, num país normal, com uma imprensa normal, que de cinco em cinco minutos alguém perguntasse a António Costa, ou pelo menos a Ana Catarina Mendes, se o PS mantém a confiança política em Hortense Martins?
É que a velha escapatória "à política o que é da política e à justiça o que é da justiça", aplicada a este caso, leva a uma questão muito simples: está mais que demonstrada uma actuação persistente, consistente e consciente de Hortense Martins no sentido de obter vantagens privadas dos cargos políticos que ocupa - ela e a sua família directa - incluindo por meios ilícitos como a falsificação de documentos.
Independentemente da inacreditável opção do Ministério Público arquivar o caso com base em tretas, a questão política subsiste: o PS mantém a confiança política em quem reiteradamente usou os cargos políticos a que acedeu através do PS para defraudar o Estado por meios ilícitos?
Hortense faça o que quiser, claro, não é essa a questão - ou melhor, é uma questão, mas é menor - mas o PS quer mesmo não fazer nada, por opção?
E a imprensa acha isto tão tranquilo que não acha necessário pedir esclarecimentos ao PS?
E nós, sobretudo nós, encaramos isto tão serenamente que nada se passa, para além de umas piadas sobre o facto do marido não ter reparado que a contraparte do contrato que assinou era o pai?
Adenda: nem de propósito, um artigo sobre nós e a nossa passividade, aqui, por Luis Rosa
"(...) Mas a serventia do Gabinete de Crime não se esgota no escrutínio das companhias do Primeiro-Ministro. Pode estender a actividade a todo o Governo e mesmo ao PS em geral. Quando o país se prepara para a enxurrada de dinheiro da União Europeia, não fazia mal investigar os suspeitos do costume, aqueles autarcas e dirigentes partidários que arranjam sempre maneira de pôr amigos e família a beneficiarem de fundos europeus. Por exemplo, não era má ideia ficar já de olho na deputada Hortense Martins e no marido, o ex-Presidente da CM de Castelo Branco, Luís Correia. A Bonnie e o Clyde da Beira Baixa já devem estar a engendrar as ONG por onde vão canalizar os subsídios que aí vêm. Fica a dica." - Diogo Quintela
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O post não é sobre essa escolha, mas sobre o drama...
Concordo. No entanto, diria que, na mesma semana e...
Da dor-de-corno e das suas insondáveis ramificaçõe...
Acho que também já fiz isso
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