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A voz dos mestres fala-nos das profundezas da história, os seus ensinamentos são eternos, a sua conduta inspiradora, a sua moral inquebrável. Passou mais um aniversário da partida do mestre do pensamento português, Hipólito Raposo (falecido a 26 de Agosto de 1953), do qual nem mesmo os rivais podiam acusar desvios de conduta. Indómito, até ao fim permaneceu íntegro e coerente. Moldado na honradez e no sentido do dever jamais se vendeu ao reviralho.
O Hipólito Raposo que agora lembro não será outro que não o doutrinador dos anos de guerra politica na velha Coimbra, em vésperas da revolta republicana. O mesmo impermeável às influências modernistas e aos desvairos da juventude empedernida no pecado do século: a revolução. Aquele Hipólito que, rejeitando o caminho dos católicos designados "democrata-cristãos", para os quais a forma do regime já não era importante, aceitando mesmo a República, reunidos em torno do CADC, efervesce monárquico e católico.
Era então o "Beirão robusto e enorme" (Júlio Dantas dixit) jovem estudante e depois doutrinador de singular talento. Com ele a monarquia foi arrancada ao serôdio tempo do constitucionalismo liberal. Que regime podia propor? Jamais o da partidocracia, do parlamentarismo burguês oitocentista, desligado de qualquer concepção natural, metafísica, histórica.
Pois que monárquicos há que enganados procuram modelos estrangeiros, pusilânimes, reivindicam a "monarquia" à inglesa, esquecendo as tradições pátrias e o exemplo dos nossos maiores. O doutrinador do Integralismo demonstrou como a monarquia orgânica e tradicional (i.e. a monarquia católica) podia formar-se, constituindo-se em torno da autoridade forte, embora reconhecendo os seus limites. Determinou como o regime social em que a boa autoridade governa e domina os baixos instintos tem na realeza o seu expoente. Pela Realeza hereditária se alcança a estabilidade, enquadrada dentro dos princípios cristãos.
A Monarquia portuguesa pensada nas suas antigas instituições e inspirada pelas velhas constituições do reino é a base fundamental, se para alguns não passa de passadismo ali ressurge a fonte de todo o pensamento político português.
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