Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Dos mais destacados diplomatas que honraram Portugal, Franco Nogueira encima o Panteão dos Grandes. Com ele encerra-se o ciclo histórico que demarcou aquela elite conscienciosa do conceito de soberania e de independência nacional.
Educado no patriotismo republicano, onde efervescia a defesa das colónias como conditio sine qua non da manutenção da soberania portuguesa, não deixou de ser um filho do seu tempo. Não era desfasado o entendimento, quando o próprio Afonso Costa, da esquerda democrática, proferia nos anos 30 que "Portugal não é um país pequeno", máxima que se repercutiria em sentido contrário ao desejado pelo autor, mas que caracteriza a política nacional no período de entre as duas Repúblicas.
A evolução do seu pensamento é determinante e coerente e não perde as premissas fundamentais. Onde alguns apresentam "paradoxos" ou "dúvidas" no percurso do Embaixador, pois diga-se que não existem, isso seria não compreender o pensamento mais amplo e profundo de um patriota português. Independentemente da forma de regime e das paixões ideológicas, Franco Nogueira posiciona-se acima das abstracções, interessado na realpolitik e na geopolítica atlântica com Portugal à cabeça, mesmo que isso signifique desafiar as grandes potências. É um patriota realista e um estratega da soberania nacional.
Nele não deixo de encontrar reflectida a silhueta de um homólogo, o 2.º Visconde de Santarém, também Ministro dos Negócios Estrangeiros, mas este ao serviço de D. Miguel. Há um mesmo percurso na dedicação justa à causa nacional e ao serviço do Estado. Também uma mesma sina fatal de viver do lado dos vencidos, percorrendo um tempo de dúvidas e revoluções. Ambos exilados e ambos dedicados ao estudo em defesa da pátria, sempre levantando o bom nome de Portugal, ainda que a pátria os não merecesse (assim trata os filhos mais ilustres).
Franco Nogueira pertenceu à última grande geração dos diplomatas que lutaram pela independência e soberania desta terra.
Interessante a comparação com o visconde de Santarém – Manuel Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa – pouco conhecido por alguns historiadores e praticamente ignorado pelo povo português.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
O Rato Mickey responde directamente ao camarada Xi...
(não, os bombeiros não têm nenhuma obrigação de d...
E não é apenas existirem individualmente esses sup...
«Gouveia e Melo foi um dos gajos que mandou os por...
Subscrevo!