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Manifestações não são bem o meu ambiente natural, tenho uma costela marxista (versão Groucho) que me faz desconfiar de todos os grupos que me aceitam como membro.
No caso da epidemia, não tenho grande simpatia pelos vários grupos "pela verdade", muito menos por algumas das pessoas que acabaram por ter uma visibilidade excessiva nesses grupos.
É pública a minha gratidão a André Dias, por ter dado o corpo às balas quando era difícil, por ter tido razão cedo de mais em relação a muitos aspectos da gestão da epidemia e, não menos importante, por ter sido tratado de forma absolutamente indigna por delito de opinião.
Parece-me também evidente que o André e eu fazemos abordagens diferentes da epidemia, divergimos em muita coisa, etc., mas a questão de fundo é que isso não nos impede de estar de acordo na oposição à gestão absurda da epidemia que se tornou rapidamente dominante e sufocante.
Nesta altura, em que continua a ser proibido vender bebidas alcoólicas depois das oito, continua a ser proibido beber um copo de três no passeio, que se pretende que seja obrigatório entrar de máscara na praia e muitas outras coisas que são pura insanidade e abuso de autoridade (como impedir alunos de assistir às aulas porque foram às comemorações do Sporting, sem que isso gere a imediata demissão da direcção da escola por evidente abuso de poder), acho que há razões mais que suficientes para estar nesta manifestação a dizer uma coisa simples: a liberdade não é um pormenor, é uma questão central que deve ser ponderada ao mesmo nível que os outros factores, no momento da tomada de decisão.
Sei que estarão na manifestação pessoas a dizer coisas muito diferentes, muitas delas a dizer coisas de que discordo profundamente, mas uma manifestação que defendesse exactamente o que penso seria uma manifestação de uma pessoa só (admitindo que eu não discordaria de algumas coisas que penso, o que não é garantido).
E é isto, ao fim de um ano de paranoia, à entrada da estação de baixa incidência de doenças pulmonares, com a mortalidade geral abaixo ou na média do que seria de esperar nesta altura do ano, mas mantendo-se uma data de regras e regrinhas sem qualquer interesse sanitário, apenas porque nós permitimos que o Estado decida por nós, num momento em que continuam a ser ouvidos os obscurantistas que defendem que é possível esmagar o vírus e patetices semelhantes, acho que faz sentido juntar-me à manifestação pela liberdade.
Lá estarei, desta vez.
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