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Há vida para além do coronavírus ?

por Jose Miguel Roque Martins, em 31.07.20

O coronavírus é uma doença grave. É letal, sobretudo para os mais velhos.

Dito isto, importa não esquecer que o combate ao coronavírus, de forma cada vez mais evidente é também  letal e provoca efeitos colaterais devastadores. Deixamos de perceber que a vida é um tecido complexo, cheio de doenças, problemas e alegrias. A pedra de toque passou a ser só uma: é positivo ou negativo para o combate ao coronavírus? Nada mais importa. Estamos tão concentrados numa árvore que perdemos a perspectiva da floresta

Ninguém pode afirmar o que é mais letal. Se o Coronavírus ou o seu combate: não há dados. E quando existirem, vão persistir interpretações diferentes.

Mas parece cada vez mais evidente que o combate ao coronavírus tem provocado uma hecatombe:

Mortes por falta de cuidados médicos ;

Mortes anunciadas na mais de centena de milhões de seres humanos que vão entrar em pobreza extrema;

Doenças e mortes por subnutrição;

Morte do sentido critico e da liberdade dos cidadãos;

A destruição da vida de centenas de milhões de pessoas, que perdem trabalho, negócios, rendimento, casa, alimentação e muito mais;

Aumento das desigualdades;

Depressões causadoras de sofrimento atroz e até mortes;

Atraso no desenvolvimento afectivo das crianças;

Retrocesso na educação geral de países desenvolvidos e sub desenvolvidos;

 

A saúde primeiro, o grande chavão,  não está a levar em conta essas realidades, bem mais abrangentes. A pandemia está longe de ser a nossa única doença e o nosso único problema.

Não combater a pandemia é loucura. Assumir medidas com custos sociais inferiores ao mal que provocam, parece um caminho evidente. Impor medidas que trazem, noutros tabuleiros, males maiores, também é loucura.

Viver no medo exorbitado, um peso que terá consequências. Qualquer letalidade é uma desgraça. Não proteger seriamente os mais vulneráveis e não aceitar a morte, uma tragédia maior.

Os justos equilíbrio são sempre difíceis. Parece-me, que a balança está irremediavelmente inclinada em favor da pandemia. O que levanta outra questão.

A vacina não vai fazer desaparecer as mortes e infecções. Vamos continuar com o mesmo registo no futuro?

São cada vez mais as  evidencias que poderemos estar a colocar  esta doença em primeiro lugar e a vida em ultimo.

 

 

PS: aproveito para me retratar: afinal as noticias que justificaram o meu post de ontem não eram corretas. A fuga á possibilidade de lay off , pelo Estado, não se concretizou. Afinal foi mais uma mão cheia de nada.


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