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O primeiro-ministro decidiu hoje que do rio de dinheiro que poderia vir da UE só utilizará o que vier a fundo perdido; o que serviria para investir na economia e recuperar, ele não quer porque teria que pagar depois. Diz ele.
Ora, nós já sabíamos que António Costa não é um estadista, e, aliás, nem é bem um primeiro-ministro. É apenas um oportunista que cozinhou alianças para estar onde está; e que gasta o que for preciso do dinheiro dos outros para lá ficar, ainda que isso signifique zero-retorno e pesadas hipotecas futuras.
Nós sabíamos -- Costa e Silva talvez não -- que o «plano de recuperação» Costa e Silva, feito sobre o joelho em dois dias, não valia mais do que uma rábula teatral.
Temos agora a certeza, confirmada pelo próprio António Costa, de que António Costa não tem uma ideia na cabeça, e o seu ministro da economia também. E o amigo autor do grandioso plano decerto não se ofenderá do pouco caso que fazem dos seus projetos e alucinações, pois decerto sabe os amigos que tem.
Eles, que viveram de secção socialista em federação socialista, de federação socialista em comissão socialista, de comissão socialista em conselho socialista ou câmara socialista ou geringonça socialista, não sabem investir, porque ignoram o que seja investir -- uma ignorância que começa no desprezo d`«o privado» (para citar um grunho), que investe e arrisca para criar riqueza, com a qual paga os juros do capital e o saque fiscal.
De maneira que ficamos assim: nesta crise esmagadora e brutal, Costa traz de Bruxelas apenas o que puder gastar nas suas conveniências, e de que não lhe peçam demasiadas contas - que são, evidentemente, umas prebendas para clientes, uns tostões para o funcionalismo paralítico, umas «apostas» para amigos e consócios. Vai dar-se bem. Já tem a tonta da presidente da Comissão a dizer que o plano dele serve de print para todos; já tem os jornais entusiásticos que comprou cheios de jornalistas comprados com amor [eles aplaudem até quando morrem 18 velhos num lar, aplaudem sempre por sobre falências e cadáveres]; e tem uma oposição inexistente e um presidente a quem, em vésperas eleitorais, não convém nada acordar (excepto para dizer que van der Leyen é fantástica e gosta de Portugal -- são os afectos, compreendem?). E o povo ? O povo, como diria um parisiense, bééééé´...
Portugal iria perder esta oportunidade?, perguntavam alguns. A oportunidade é António Costa. Já perdeu!
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