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Há mesmo muitos anos que tento, sem conseguir, criar em Portugal um fundo de conservação da natureza que, anualmente, liberte os seus ganhos para o apoio à conservação da natureza.
A ideia é muito simples de explicar: mobilizar capital, preferencialmente privado, mas sem descurar as oportunidades de os contribuintes lá meterem dinheiro, que é aplicado livremente no mercado financeiro, para obter um rendimento anual que deve ser disponibilizado à sociedade, de forma aberta, para a execução de projectos de conservação da natureza, incluindo a compra de terrenos.
A principal dificuldade da ideia, não tendo eu dinheiro, é que para que o retorno financeiro ter algum significado, com base numa a gestão financeira prudente, teria de se basear num capital muito grande.
O que sempre tentei, para resolver esta dificuldade, foi encontrar um mecanismo para ir amealhando dinheiro sempre, até que um dia o capital amealhado fosse suficiente para gerar rendimentos relevantes, o que, evidentemente, demora muito tempo.
De maneira geral, quem tem recursos para aplicar em filantropia ou é uma pessoa que, naturalmente, prefere definir ela como os aplicar, ou é uma pessoa ou entidade que pretende reconhecimento, o que é incompatível com a alimentação de um fundo, anos a fio, antes que se torne relevante.
A única hipótese, parece-me, é ir juntando pequenas contribuições de muita gente.
Foi com esta ideia que, quando se discutiram na Montis as acções a realizar para comemorar os seus dez anos, eu, que não faço parte da direcção, propuz que se fizesse um crowdfunding que, na minha cabeça, não necessariamente na cabeça de outras pessoas, poderia ser a semente desse tal fundo de conservação da natureza.
Não sei, porque as decisões colectivas envolvem sempre muita gente, se este fundo para aquisição de terrenos que a Montis está agora a procurar lançar virá a ser a semente do que eu defendo, ou se virá a ser um fundo que a Montis usa para aproveitar melhor as oportunidades de compra de terrenos para a conservação, que é o compromiso que está na base da campanha.
O que sei é que, de uma maneira ou de outra, um euro investido neste fundo é um euro cuja utilidade para a conservação da natureza se mantém sempre, independentemente da sua evolução futura, porque é um euro em compra de terrenos, o mecanismo mais sólido que existe para garantir a conservação da natureza no longo prazo num determinado sítio.
Dir-se-á que mesmo que os terrenos que hoje tem a Montis, à volta de 15 hectares, aumentem para 30 hectares, é uma gota no oceano.
É verdade, mas se nos próximos dez anos da Montis se comprasse tanto como nos primeiros dez, chegando a esses 30 hectares, e se continuasse, daqui a cem anos seriam 150 hectares mas, sobretudo, é muito pouco provável que o crescimento do esforço de aquisição fosse linear à medida que crescesse a confiança no trabalho que vai sendo feito, com base na transparência de processos.
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