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Enquanto se alastrava de forma descontrolada pelo mundo, a covid-19 foi ganhando espaço nos meios de comunicação. Em Portugal o cenário não foi diferente e os média assumiram um papel crucial na contenção da propagação do vírus na primeira vaga. Esta foi a conclusão de uma investigação que analisou cerca de três mil notícias durante as vagas pandémicas que assolaram o país.
"Na primeira vaga, a situação epidemiológica não era tão grave quanto pensávamos, mas a cobertura noticiosa foi muita intensa e antecipou-se ao agravamento do quadro sanitário, contribuindo para orientar o comportamento dos cidadãos no sentido de se protegerem", explica Felisbela Lopes, investigadora da Universidade do Minho e coordenadora do trabalho.
No entanto, esta intensidade noticiosa não se verificou nos meses seguintes. Os dados do estudo mostram que o número de notícias sobre a covid-19 publicadas ao longo da primeira vaga foi três vezes superior às da terceira. "Estas oscilações podem ter consequências. Importa reconhecer o papel do Jornalismo e fazer dele parceiro em situações de crise sanitária", defende Rita Araújo, investigadora do Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. (in JN 10 de Março)
Já sabíamos que ele há "estudos" para todos os gostos e com objectivos mais ou menos obscuros. Este de que transcrevo um trecho acima pretende provar a importância que os media tiveram na contenção da pandemia, e como um certo alívio ”do alerta noticioso” pode explicar uma menor adesão da população na terceira vaga. Na minha opinião o massacre dos media, principalmente os telejornais com a tabloidização da pandemia no último ano, vem resolvendo com sucesso o problema da preguiça ou falta de recursos das redacções que deste modo disponibilizam a baixo custo conteúdos emocionais para atrair o voyeurismo das audiências. Como qualquer jornalista saberá, não há muitas notícias mais vendáveis do que aquelas que mexem com a saúde pública e os medos associados a qualquer fenómeno que a ameace. Uma coisa é certa: complexidade não é amiga do jornalismo em geral e do preguiçoso em particular, e sei de muita gente que ultimamente vem evitando ver telejornais que a sanidade mental é um bem a preservar. Também porque na medida em que a pandemia se vem revelando amplificadora das audiências a procura da verdade tornou-se uma mera inconveniência.
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