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Felipe VI, a referência de Marcelo

por João-Afonso Machado, em 28.01.16

De Ramalho Eanes fica a memória de um homem probo, austero,  pródigo somente nas muitas e rebuscadas palavras em que se embrulhava para exprimir qualquer simples ideia. Profundamente ignorante, coitado, confiava.se ao núcleo mais politizado do Conselho de Revolução, sem dar um passo que não lhe perguntasse - À esquerda?, mais à direita, volver?

Soares & Sampaio foram vinte anos de jacobinismo puro e duro. De mandatos convergindo magneticamente para a hegemonia socialista, com bem, ou menos bem, conseguidas estratégias sempre disfarçadas no discurso da "ética republicana".

Depois chegou a falta de jeito de Cavaco. Muito aparolado, medroso, hesitante, pouco arguto. Presa fácil da bem orquestrada histeria da Esquerda. A História, agora usualmente escrita por maçons, se encarregará de o colocar na cauda do pelotão, muito atrás das sobreditas divindades.

Enfim, Marcelo. O professor, o analista/comentador, inveterado criador de factos políticos, e o cristão, homem de causas sociais menos televisivas, uma inteligência que ninguém questiona. Qual das suas facetas prevalecerá?

Convenci-me da sinceridade de Marcelo propondo-se manter equidistância dos partidos e contribuir, quanto possa, para a estabilização do nosso presente político. Acredito que cumpra a sua obrigação de não guerrear António Costa, isto é, não se transfigurar em Soares & Sampaio de sinal contrário. Agindo como Felipe VI numa Espanha tolhida por um complicadíssimo resultado eleitoral.

Simplesmente... a Esquerda não lhe consentirá tal. Num regime republicano, a dicotomia Esquerda/Direita chega sempre à Chefia de Estado. Razão porque esta nunca se traduz em representação nacional.  

 


1 comentário

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De ana a 28.01.2016 às 22:25

Piso de cima,miniteclado e leitura rapida. A beleza das ideias e palavras, como nos atingem e tocam,a escrivaninha aberta e penas guardadas. Obrigada.

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