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“Sou contra o neoliberalismo repressivo”. E quanto às políticas do Estado Novo? Porque reabriu, à época, o Campo do Tarrafal? Neste ano em que comemoramos os 40 anos do 25 de Abril recordo-me sempre de um comentário do meu pai que sempre fazia, nos tempos do PREC, quando discutia política com os amigos: “Tanto anti-fascista e eu nunca tinha dado conta!” O Prof. Adriano Moreira dá hoje uma entrevista no Jornal i que é de leitura obrigatória pois partilha uma visão muito lúcida e estimulante da política internacional e do posicionamento estratégico histórico e atual de Portugal. Mas, confesso, surpreende-me sempre que responsáveis do Estado Novo (sim, governantes de Salazar e Marcelo) se assumem, pela via da repressão / limites à liberdade, contestatários dos atuais modelos de governação. Reconheço, também, dois aspetos positivos nestas intervenções: i) mudanças de perspetiva com o caminhar e a leitura dos tempos (como diria alguém, “só os burros não mudam”); ii) tolerância e integração política da sociedade portuguesa para quem teve, no passado, outras responsabilidades políticas que hoje seriam objeto de crítica.
Este texto (http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/ex-ministro-do-ultramar-confessa-que-5787705) de Vasco Mina é o exemplo acabado do efeito da segunda lei da termodinâmica, ou princípio da entropia (http://sofos.wikidot.com/entropia), aplicado às ideias. Bergson escreveu o seguinte:
O tempo separa a ideia e o real, que originalmente pareciam muitíssimo unidos. O tempo separa a ideia do seu sentido original, e sem que a ideia dê por isso… separa, e depois opõe a ideia e a acção que reclama a ideia… a acção, depois de instalada a entropia (http://sofos.wikidot.com/entropia), introduz ruído no diálogo entre a ideia e o real até que o diálogo se transforme em um monólogo de um ventríloquo.
Foi o que passou com Marcello Caetano, e agora passa-se com Passos Coelho.
Ambos acabaram em monólogos de ventríloquos — o primeiro com as “conversas em família” na televisão, entropicamente já muito afastadas das ideias de Salazar; e o segundo em um monólogo de ventriloquia acerca da ideia de “liberdade” que se afastou da ideia original de “liberdade” que surgiu depois do 25 de Novembro de 1975, com Sá Carneiro, Amaro da Costa, Ramalho Eanes, e outros.
E o Vasco Mina — o autor do texto (http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/ex-ministro-do-ultramar-confessa-que-5787705) — só vê a putativa (e discutível) entropia das ideias de Adriano Moreira; não consegue ver a sua (dele, do Vasco Mina) própria entropia, porque ele continua a considerar a “liberdade” aquilo que já não é.
O neoliberalismo é de facto repressivo; Adriano Moreira tem toda a razão.
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Este texto tem uma frase que mexe comigo e muito… ...
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