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Joaquim Sarmento é absolutamente claro e o que diz neste artigo pode ser verificado, linha por linha, em fontes independentes, levando-o a escrever:
"Refira-se que não é sério achar que a subida de notação se deve apenas ao que ocorreu nos últimos dois anos. Recorde-se que em 2007 Portugal tinha “AA-” de notação. Depois, a notação foi sendo revista em baixa, e antes das eleições de 2011 era já de BBB (ainda “investment grade”, mas tinha descido seis notações). Logo após as eleições, desceu mais três notações (numa única revisão), passando para lixo. Só muito dificilmente se poderá entender que essa descida, ocorrida em julho de 2011, se deveu a um governo que nem um mês de funções tinha. Pelo contrário, essa descida, que nos colocou como “non investment grade” (“lixo”) foi o corolário do desastre económico, financeiro e orçamental desde 2008.
Assim, entre 2011 e 2016, o défice nominal (sem “one-offs”) desceu de um valor de 11% (em 2010) para um valor de 2.5%. O défice estrutural desceu de um valor em torno de 8% para um valor próximo dos 2%. Entre 2011 e 2015 desceu dos 8% para 2.5%, ou seja, uma descida de 5.5 pontos percentuais (p.p.). Entre 2016 e 2017, desceu menos de 0.5 p.p. Ou seja, quase 90% do esforço orçamental dos últimos anos ocorreu antes deste governo tomar posse".
António Costa é absolutamente confuso e o que neste artigo dizem que diz é completamente desmentido pelos factos reconhecidos por qualquer fonte independente:
"Nós não tivemos só resultados diferentes, nós seguimos um caminho diferente para atingir estes resultados ".
"António Costa lembrou que se dizia que, para poder controlar as finanças públicas, “era necessário encerrar os serviços públicos, desinvestir na educação, desinvestir na saúde e, sobretudo, cortar salários, aumentar impostos e cortar nas pensões”.
“O que nós fizemos foi precisamente o contrário. Repusemos os vencimentos que tinham sido cortados e que as pessoas tinham direito a receber, aumentámos as prestações sociais, devolvemos aos pensionistas as pensões a que tinham direito e não fizemos o corte de mais 600 milhões de euros que a direita se preparava para fazer se hoje estivesse no governo”".
Ora a minha pergunta é esta: como é possível que mentiras evidentes como estas sejam ditas publicamente e repetidas sem qualquer censura social, quer por parte de muitas pessoas comuns (o que ainda entendo, todos nós gostamos mais de acreditar no que nos faz feliz que nos que nos obriga a uma vida mais dura) quer, sobretudo, pelos intermediários cujo trabalho é introduzir factualidade e racionalidade no debate público.
Com tanto jornalista a acompanhar a campanha, não há um único que pergunte, por exemplo, se António Costa pode explicar melhor em que medida é que o aumento de impostos anterior foi errado, por desnecessário ao equilíbrio das contas, mas a carga fiscal global se mantém ao fim de dois anos do seu governo?
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