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Em qualquer circunstância normal, olhando para este gráfico, qualquer especialista em números perguntaria o que se passou nos três picos evidentes: o mais pequeno na Primavera do ano passado, o médio no Verão do ano passado e o excepcional em Janeiro/ Fevereiro deste ano:
Qualquer especialista em números, sem a menor ideia dos processos que estão a ocorrer, diria imediatamente que nessas três situações (e na quarta, um planalto prolongado durante quase todo o ano de 2020, mais consistente a partir do Outono) haveria factores específicos que deveriam explicar este andamento do gráfico.
Nas actuais circunstâncias, não: os especialistas em números negam que haja factores excepcionais no pico de Janeiro/ Fevereiro deste ano, ou melhor, dizem que sim, que há um factor, um Natal em que os contactos se multiplicaram e deram origem ao pico posterior, argumentando que uma situação meteorológica excepcional não é o que distingue este período dos outros porque também há mortes excessivas noutras alturas com calor, e diminuições com frio.
Isto apesar de em muitas situações haver níveis de contactos maiores que os do Natal, sem o mesmo efeito, e não haver outra anomalia meteorológica como a que coincide com o pico absolutamente excepcional de Janeiro/ Fevereiro.
Não há pior cego que o que não quer ver.
E como são muito bons em números, encontram sempre maneira de os pôr a dizer o que querem que os números digam.
Não teria importância nenhuma, se não se desse o caso de, a partir das parvoíces que inventam, conseguirem influenciar constrangimentos que afectam a vida real e concreta de milhares de pessoas, pormenor que não negam, mas que dizem que não é com eles: alguém que saiba de economia que trate de resolver o problema de condicionar a actividade económica sem afectação social dos mais frágeis, que eles estão muito acima dessas minudências, estão na missão de salvar vidas, a mais nobre das missões (e que se lixem os mais frágeis e o aumento de riscos de vida que se manifestam a prazo, decorrentes quer do aumento da pobreza, quer da diminuição de cuidados de saúde provocados pela paranóia da redução de contactos).
Por mim, olhando para os gráficos de casos dos Países Baixos e do Reino Unido, variando sincronizadamente com medidas de controlo de contactos sociais exactamente inversas, só me apetece citar Juan Carlos "por qué no te callas?".
L'Art De Péter ; Essai Théori-Physique Et Méthodique À L'Usage Des Personnes Constipées, Des Personnes Graves Et Austères, Des Dames Mélancoliques Et De Tous Ceux Qui Restent Esclave Du Préjugé
de Pierre-Thomas-Nicolas Hurtaut
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