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Com ruas desertas e por isso perfeitamente acessíveis para que se leve a cabo massiva operação de pinturas de zebras pedonais e outra sinalética de prevenção rodoviária numa cidade como Lisboa, que tanto carece de intervenções deste tipo — até em zonas de maior incidência humana, como a Baixa ou Belém —, o que se vê é um presidente do município fazendo entrega domiciliária de botijas de gaz, arrastando consigo imprudentemente, desrespeitando o distanciamento social que a própria autarquia recomenda, matilha de fotógrafos e «jornalistas» que não têm outro remédio senão obedecer-lhe.
A gestão autárquica duma cidade condenada ao cálculo eleitoralista, demagógico e populista — sim, claramente populista!, ou haverá outro nome para isso? — duns quantos aprendizes de feiticeiro, ávidos de ambição de poder, que a Política é outra coisa.
Enquanto não fazem disparates destes, Fernando Medina e os seus devem passar horas a fazer contas — e a desesperar — ao grosso dinheiro que o Covid-19 lhes veio tirar em receitas e taxas turísticas, deixando-os paralisados para encarar essa janela de oportunidade para trabalho efectivo em prol da cidade. Não dá para mais, como diz o outro.
E quem sabe até, a baixa dos índices de poluição que a drástica suspensão da circulação automóvel e aeronáutica veio trazer a Lisboa Capital Verde da Europa vá ainda ser esgrimada como resultado das boas práticas incentivadas pelo município, esse mesmo que tem aparado árvores a torto e a direito, sem ciência, apelo ou agravo. Tudo é possível no quadro actual...
E vamos ver se, após a lúcida liberalização do transporte público — mas quando já estava garantido o pagamento dos passes de Março —, uma vez chegado Abril e caso a população entenda (mal, mas pode acontecer, de facto) que não precisa de carregá-los, não saltarão de trás dos postes, de repente, brigadas e mais brigadas de fiscais (neste período em boa reserva domiciliária, pressume-se) a vigiar e multar quem ainda tenha de sair de casa para trabalhar ou algo irredutivelmente necessário. É que efeito político de agradar sim, mas só até certo ponto...
Vasco Rosa
Na foto, Fernando Medina com amigo doutros tempos, também ele vítima do coronavírus e de si mesmo.
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