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Interessa-me pouco onde jantam Isabel Moreira e Raquel Varela e só espero que comam bem, seja em sítios caros ou baratos. Mais relevante, para mim, é que a segunda se permita rebater acusações idiotas acusando Passos Coelho de ser “morador suburbano” e de usar “fato de alfaiate de segunda”. Eu sabia que a esquerda achava que o fato faz a pessoa, que se babava por Sócrates ser considerado bem vestido (sem se incomodar de onde viriam os eypos para os fatos), que ficava com água na boca por um dia poder passar à frente dos restaurantes lisboetas preferidos por Soares (já nem falo dos parisienses preferidos pelo anterior): o que não sabia é que ninguém à esquerda se incomodava por pessoas de esquerda lançarem este tipo de acusações sobre outras pessoas (estilo “vive em Massamá”). Se alguém à direita resolvesse falar das roupagens de gente de esquerda, ou das suas tatuagens, ou dos bairros menos sonantes onde vivia, cairia o Carmo e a Trindade. Mas como é gente de esquerda a arrotar disparates, isso já é legítimo.
As pessoas de esquerda não são todas iguais, claro, mas este tipo de que Raquel Varela faz parte deve ser daquele que considera que a roupa não deve passar para os irmãos mais novos e que meter uns remendos nos joelhos das calças ou cotovelos das camisolas é sinal de remendado (a menos que venham já de fábrica em roupa de marca), é de gente ruim. Faz parte daquele tipo que também acha que só o bolo de bacalhau (pastel, para os lisboetas) em forma de paralelepípedo pode ser degustado. E apenas em cama de puré de não sei o quê e nunca abraçado a um arrozinho de tomate ou de bacalhau, ambos brilhantes de azeite (o de bacalhau com ovos estrelados, claro, com a gema a esvair-se). E que pescadinhas de rabo na boca é comida de pobre, qual açorda que não traga mariscos acoplados.
Eu nunca reparei e não sei se os fatos de Passos Coelho são de “alfaiate de segunda” nem sei onde Raquel Varela terá aprendido a estar à mesa, mas fiquei a saber muito sobre as origens de Raquel Varela. E sobre o que ela julga, naquela cabecinha de esquerda, que “é bem”. Este país é muito divertido.
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