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Engano

por henrique pereira dos santos, em 24.08.20

Recentemente têm aparecido referências sugerindo, ou mesmo afirmando, que a história falará desta epidemia como um monumental engano que nos levou a adoptar uma cura bem mais prejudicial que a doença.

É muito cedo para ter certezas sobre isso.

Em qualquer caso, uma coisa é clara: há um conjunto de pessoas, muito minoritário, que desde o princípio defendeu que a epidemiologia clássica deveria ser a base da gestão da epidemia e que acrescentar à incerteza associada a qualquer epidemia de uma doença nova a incerteza de aplicação de medidas novas, nunca testadas, era uma opção ultra-arriscada.

Esta posição, perfeitamente legítima, foi completamente cilindrada, pela coligação em que se misturavam os que defendiam medidas inovadoras, uma comunicação social em pânico e que desistiu de cumprir a sua função de informar e políticos com medo de serem acusados de não terem feito tudo o que seria possível para salvar vidas.

Não é grave que aquela posição tenha sido contestada, o que é grave é que, acreditando piamente na necessidade de medidas radicais e tão rápidas quanto possível, a coligação maioritária tenha optado por não discutir diferentes pontos de vista, contendando-se em esmagar eventuais divergências.

Agora estamos todos a pensar como sair da armadilha em que nos metemos, com o grupo maioritário a propôr actuações que, no essencial, são aquilo que a epidemiologia clássica desde o início, sugeria.

Que se pretenda passar a ideia de que não é nada disto, a questão é que ninguém sabia nada de início e agora é que sabemos o que fazer, o que nos permite evitar novas medidas radicais e generalizadas, eu compreendo, mas que não é bonito, lá isso não é.

Se com isto aprendermos que na próxima epidemia (e haverá sempre epidemias) talvez não seja boa ideia irmos atrás de quem pretenda potenciar a incerteza da epidema com inovação de políticas nunca testadas, já não seria mau.


20 comentários

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De Samuel B. ilva a 25.08.2020 às 16:01

"há um conjunto de pessoas, muito minoritário, que desde o princípio defendeu que a epidemiologia clássica deveria ser a base da gestão da epidemia".  Henrique, pode dizer nomes sff ?  
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De Samuel B. ilva a 25.08.2020 às 20:28

Esclareça-me quem sff
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De Samuel B. ilva a 26.08.2020 às 19:10

ninguem ?
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De Samuel B. ilva a 27.08.2020 às 12:17

Henrique, 


Desculpe a insistencia.  Isso é falta de tempo ou falta de nomes ?


Obg
Samuel
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De henrique pereira dos santos a 27.08.2020 às 15:29

Não é nem falta de tempo, nem falta de nomes, perguntou-me se lhe podia dar nomes, eu respondi que posso.
O que não quer dizer que o vá fazer por facilmente os encontra e a sua pergunta não pretende ter uma resposta, não passa de conversa de treta de quem não tem argumentos de substância sobre o post.
Em qualquer caso, no caso português, só para não dizer que não tenho nomes, pode começar pelo Jorge Torgal, mas há mais, muitos mais, internacionalmente.
De resto, isso é completamente marginal para a substância do post.
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De Samuel B. ilva a 27.08.2020 às 19:44

Ah ja percebi.  Manda-se um bitaite e fecha-se a porta. Quer um blog com comentários só para lhe baterem palmas ?   Muito bem disse um nome.  Jorge Torgal !!   Concordamos nesse nome . Não é que o Torgal seja uma referencia no tema, mas sim em Portugal é uma voz algo dissonante. Mas quem mais tem na manga ?  Era sobre esses que eu tinha curiosidade.  Nao curiosidade nos nomes, mas curiosidade sobre se o HPS tinha coragem de os nomear. Ficámos a saber que nao.   Esperava que nomeasse os seus amigos : O informático andre, o romancista pedro almeida vieira, e aquela  equipa de especialistas ... Margarida Abreu, Maria de Oliveira, Gabriel Branco, Lourdes Bandeira, Pedro Lameira, Pedro Girão, o Nobre que passou pelos partidos todos  e ... o proprio HPS. 
Mas Henrique.... por favor.... não estamos a jogar os distritais.  Aqui joga-se a primeira divisão. Meteu o Torgal na baliza, mas faltam-lhe mais 10 !! 
PS:  Falou de quem nao tem argumentos.  Sabe Henrique, neste tema dou-lhe 10 a zero, tivesse o HPS a hombridade de aceitar as criticas  

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