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É frequente, sobretudo por parte dos comentadores mais sonsos, como Pedro Adão e Silva (e, infelizmente, embora de forma menos ostensiva, em resultado do oportunismo político da IL), a afirmação de que Montenegro poderia ter matado o assunto da Spinumviva quando quisesse e escolheu nunca aproveitar as várias oportunidades que teve para o fazer.
Independentemente da falta de consistência do argumento (qual seria o interesse de Montenegro em não matar o assunto?), e deixando de lado o argumento de que as eleições resultam da apresentação da moção de confiança, não havendo qualquer responsabilidade dos partidos pela forma como a votaram (nem se apercebem de que estão a usar o argumento de que a senhora que insiste em usar roupa provocante é responsável pela sua própria violação porque toda a gente sabe que roupas provocantes provocam violadores), há um outro aspecto que acho verdadeiramente espantoso neste argumento.
Montenegro não tem qualquer hipótese de matar o assunto spinumviva pela simples razão de que o assunto é artificialmente alimentado por uma imprensa que passa o tempo a inventar peças jornalísticas sem qualquer utilidade pública (como saber se os donos de uma empresa contribuem com 30 mil euros, no acumulado de vários anos, para o PSD, como se isso tivesse alguma relevância num partido que recebe seis milhões de subvenção estatal por ano) e por políticos demagogos que acham que têm ganhos políticos cavalgando essas notícias.
Uns políticos, como Ventura, escolhem falar da construção de palácios em Espinho, como se alguma vez se tivessem levantados suspeitas relevantes sobre a discrepância dos rendimentos de Montenegro e o seu estilo de vida (e Montenegro não tivesse apresentado as suas declarações de rendimentos dos últimos quinze anos que, evidentemente, Ventura ignora porque jamais deixará que os factos influenciem as suas ideias), outros políticos, como Pedro Nuno Santos, escolhem ir fazendo umas insinuações falando da gravidade das notícias publicadas, sem que ninguém que lhe pergunte qual é a gravidade de meia dúzia de pessoas da mesma família doarem, ao longo de vários anos, 30 mil euros a um partido que recebe, do Estado, seis milhões anualmente.
Montenegro pode dizer ou fazer o que quiser, que nunca conseguirá encerrar este assunto pela simples razão de que não há machado que corte a raíz ao pensamento: enquanto a imprensa quiser inventar delírios e os agentes políticos quiserem elaborar sobre esses delírios como se tivessem alguma relevância real, não há maneira de encerrar nenhum assunto (como sabem Santana Lopes ou Passos Coelho, só para falar de duas vítimas habituais destes esquemas de flagelação intelectual que predominam na imprensa).
A imprensa que existe é a imprensa que me manda um mail, hoje, em que o Pedro (que não sei quem é, mas assina o texto que o Expresso me manda) me informa de que "Movido por ideologia, ganância e também vingança, Trump foi frenético e implacável, e o Expresso contou como foi:", achando que está a ser um jornalista objectivo.
Com este jornalismo ninguém encerra assunto nenhum que a imprensa não queira encerrar (já sei que dizem que Montenegro devia ter fechado a empresa há muito tempo, mas isso não mataria o assunto, hoje estaria a imprensa toda a perguntar o que quereria Montenegro esconder para encerrar uma empresa cuja actividade queria tanto esconder que não se importou de a encerrar, apesar do prejuízo que isso representou para a família).
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