De manuel branco a 05.11.2014 às 18:36
<br />João Távora,<br /><br />Há de tudo. Eu tive a felicidade de nascer numa família sólida. A impressão que tenho dos tempos que correm é que andam à procura de uma quimera e acabam na secura. Enfim, é lá com eles.<br /><br />Sim, concordo com o comentário segundo o qual não percebo nada de casamentos - e não lamento. Agora cosmopolita/gazprom (que será?) vou-lhe contar uma história aldeã: era uma vez uma moçoila muito prendada que estava casada com um bom rapaz. Já mãe de filhos apaixonou-se por outro rapaz. Viveram estes uma paixão fogosa. O marido não gostava mas a casa era dos dois. Continuaram a viver juntos. Dormiam na mesma cama mas ela tinha à mesa de cabeceira o retrato do amado. Não sei se o marido dormia virado para a parede ou se já se habituara ao focinho do concorrente. Um dia o amado bateu a asa. No enterro ela chorou como uma viuva perdida para indignação da família do defunto que a queria fora do pranto. E continuou casada com o primeiro. Até que este também caiu para o lado. Assim nasceu uma viuva de dois maridos, um oficial e outro oficioso. História de aldeia esta, do nosso Portugal, das festas religiosas apimentadas pela música pimba.