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Em louvor da repressão

por henrique pereira dos santos, em 10.05.23

"Hoje às 17:30 na Avenida de Berna, direcção Praça de Espanha. Um trânsito infernal, mesmo de mota é difícil "furar". Chegado a um cruzamento, paro no sinal vermelho e o cenário é este: duas motas usam a ciclovia (vazia, por sinal) para passarem à frente dos carros. Do lado oposto vem um trotineta que passou um vermelho e atravessa o cruzamento na minha direcção (em sentido contrário) e depois das motas passarem, entra para a ciclovia (também em sentido contrário) e daí salta para o passeio. Uma senhora de bicicleta que transporta uma criança de 2/3 anos na cadeirinha, aparece não sei de onde, mas coloca-se à frente de todos e atravessa o cruzamento ignorando o sinal vermelho. Vem um carro da rua à esquerda e o condutor trava para não acertar na ciclista, que por sua vez faz um ar aborrecido. Recua, deixa o carro passar, e segue o seu caminho por entre as obras que ocupam faixa e meia.
Mobilidade suave, pois sim."

Não era o Zaratrusta, era um amigo meu que assim falava.

"É a perversão das estratégias… podem ser incríveis, mas se aplicadas a “trogloditas” não têm como funcionar….
Não é por acaso que tudo funciona melhor nos países nórdicos, em que as pessoas estão habituadas a cumprir as regras…. Os sulistas dão-se mais ao improviso e depois queixam-se das trotinetes, não de quem as utiliza e/ou abandona"

Continuava a não ser o Zaratrusta, era uma amiga do meu amigo que assim falava, em resposta à fala anterior.

Passo a vida a dar este exemplo, e volta a ser útil.

A minha irmã, que teve polio e por isso tem um sentido agudo e prático destas questões, e para além disso teve na vida várias alturas de ligação estreita à Suécia, diz que os lugares de estacionamento para deficientes (se eu quisesse verdadeiramente levar a minha irmã aos arames era ter escrito agora uma das novas modas woke, chamando diversidade funcional à deficiência), nos IKEA da Suécia, estavam sistemática e indevidamente ocupados.

Na Suécia, esse paraíso de civilizados que a minoria não troglodita do Sul inveja?

Sim, na Suécia, e a explicação é simples: sendo os estacionamentos do IKEA espaços privados, a polícia não tem competência para actuar, logo os civilizadíssimos suecos estão-se nas tintas para as regras e fazem o que entendem.

Claro que não são os civilizadíssimos suecos, são os trogloditas suecos que não encontram barreiras repressivas eficientes à sua falta de civilidade.

Basta ver o que acontece em terras de gente civilizada que cumpre regras, quando a repressão é suspensa, como aconteceu em Nova Orleães logo depois do Katrina, ou como foi na cultíssima e civilizada Alemanha que um populista troglodita se impôs mais eficazmente, para perceber que a civilização é um verniz frágil que se quebra à mínima contrariedade.

E que aquilo a que chamamos falta de civismo é, frequentemente, falta de polícia e de repressão.

Não, não é falta de regras, isso é a parte fácil, mudar a legislação, proibir a actividade, seja o que for, essa é a parte fácil.

O que falta é mesmo repressão eficaz.

E isso é independente da preocupação de garantir mecanismos de defesa de cada pessoa contra o abuso da repressão e autoridade, uma questão que permanece, seja a repressão eficaz ou ineficaz.

Sem repressão, é muito difícil ter comunidades civilizadas, por mais que sejam aos pontapés os exemplos de coexistência entre repressão eficaz e falta de civilidade, o que não existe é coexistência de falta de repressão e civilização.

Ou, voltando à conversa inicial e ao que dizia o meu amigo, não existem comunidades eficientes quando se pergunta onde pára a polícia e ninguém sabe responder.


29 comentários

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De JPT a 10.05.2023 às 10:22

Creio que a "explicação simples" do HPS não leva um explicação muito mais óbvia, que é a fortíssima possibilidade de os lugares de estacionamentos para deficientes, num Ikea na Suécia, estarem ocupados por automobilistas vindos do "Sul troglodita", dado que a percentagem de imigrantes, por exemplo, ex-jugoslavos, albaneses, árabes, turcos, curdos, iranianos e africanos, nos grandes centros urbanos suecos é elevadíssima (certamente mais de um terço, entre os nascidos no estrangeiros e os de primeira geração).
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De henrique pereira dos santos a 10.05.2023 às 10:27

Por um lado, a ligação da minha irmã com a Suécia é muito anterior a esse fluxo migratório, por outro, esse fluxo migratório não tem nenhum efeito nos lugares de estacionamento cuja ocupação indevida é controlada pela repressão policial, logo, o argumento não colhe.
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De JPT a 10.05.2023 às 10:47

Existem sociedades em que não é necessário repressão policial para se ser cívico. Nós, como é evidente, não nos incluímos nesse grupo, mas elas existem. Vêem-se muito (mas mesmo muito) menos polícias na rua na Suíça, na Holanda ou na Alemanha do que em Portugal e não se vêem carros em cima do passeio ou parados em segunda fila, ou lixo depositado onde calha. Aliás, mesmo em Portugal, basta comparar uma localidade alentejana com uma das Beiras, e a diferença é gritante. O sentido de comunidade faz a diferença no modo como o espaço público é tratado e como as pessoas actuam à vista dos outros.
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De henrique pereira dos santos a 10.05.2023 às 16:14

Suponho que dar exemplos da Suíça, Países Baixos ou Alemanha como países menos repressivos que Portugal, seja piada: experimente puxar um autoclismo na Suíça às duas da manhã, num prédio.
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De JPT a 10.05.2023 às 17:00

Lá está, nenhum suíço "originário" faria isso. E não é pelo temor à polícia: é porque foram educados assim (e bem). Como estudo de sociologia, serve o "Astérix entre os Helvécios". Os emigrantes (que são legião) é que têm de ser avisados. E são-no. A minha irmã, quando foi viver para Zurique, recebeu um dossier volumoso com todas essas interdições. Do mesmo modo, não é preciso haver polícias (que não há) para os peões alemães não atravessarem a rua com o sinal vermelho, mesmo às 2 da manhã e sem se ver vivalma (e isto foi comigo, e em Colónia, não no Leste). A "repressão" foi dada na infância, e pelo exemplo, e é mantida pela reprovação social (daí que, quando estão em Portugal, longe da censura comunitária, às vezes se portem como os nativos). Esta rigidez, como tudo, tem vantagens e inconvenientes, claro.
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De henrique pereira dos santos a 10.05.2023 às 17:10

Obrigado por concordar comigo: é a repressão que os faz agir assim, e não assado (de outra forma, não se comportariam assado nas circunstâncias de não haver repressão).
As normas sociais, ao contrário dos corta-relvas, reforçam-se pelo seu uso e degradam-se pelo seu não uso.
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De Anonimo a 10.05.2023 às 17:53

Repressão ou educação?
Repressão institucional,  ou Repressão social? Quem foge à norma normalmente é vexado; se mandar lixo para o chão for aceitável, haja policiamento ou não,  faz-se. Quando é reprovável, as pessoas evitam. Mesmo sem sanção,  só o facto do seu comportamento ser vexante costuma chegar.
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De balio a 10.05.2023 às 17:29


não é pelo temor à polícia: é porque foram educados assim


Erro. Na Suíça (as coisas dependem do cantão, mas) é mesmo proibido, por lei, você fazer barulho depois das nove da noite, e por fazer barulho entende-se, em particular, tomar um duche. O vizinho de baixo denuncia-o à polícia se você fizer isso, e a polícia vem mesmo e frita-o. Os suíços não têm qualquer pejo em denunciá-lo à polícia se você se portar mal, e têm a lei do lado deles.


Não pense que é uma questão de educação, é mesmo uma questão de leis escritas, de uma polícia que as aplica e de cidadãos que as defendem.
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De JPT a 10.05.2023 às 19:31

Percebeu mal o meu comentário. A lei existe - tanto que vinha no tal dossier que deram à minha irmã. Mas não é a lei a razão pela qual os suíços não fazem barulho a horas mortas. É a educação. Aliás, a lei vem daí, do civismo (e do temor da censura social) dos suíços, não é como cá, quem vem da transposição de directivas comunitárias. Claro que, para o português médio, pôr-se a conversa à porta do restaurante à meia-noite, puxar o autoclismo à 1 da manhã, num prédio antigo, ou deixar um compressor de um camião a trabalhar a noite inteira, não tem problema nenhum - ia lá lembrar-se de fazer uma lei a proibi-lo... 
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De Anonimo a 10.05.2023 às 11:09


Não sei ao certo a cronologia, mas estive na Suécia há cerca de 20 anos, e já nessa altura mais de 10% da população já era imigrante (em cerca de 9M, 1M era estrangeiro).


Não falta apenas a "repressão", mas sim a confiança na repressão. Na Portugalãndia há policiamento, mas há a sensação de que o senhor guarda "deixa passar" (já vi pessoal fazer manobras ilegais nas barbas da polícia), e mesmo havendo multa, a mesma tende a prescrever. Ou seja, acima de tudo está a confiança em que as instituições *funcionam* e desempenham a função para  que foram criadas. E Portugal é o que é.



Mas também há a questão cultural, de momento vivo numa nação ciclista, e consigo ver a diferença de atitude dos automobilistas, nomeadamente na velocidade usada nos centros urbanos. A minha rua em Portugal, além de ser cheia de subidas e descidas, tem muitas passadeiras, mas isso não impede os carros de lá passarem como se estivessem na Falperra. Há muito mais agressividade ao volante, não só, mas também porque o carro é predador alfa no ecossistema.


Regressando à postura perante a polícia, posso dizer-lhe que aqui as infracções dos ciclistas (e não só... a questão da javardice na rua é um mito urbano, os europeus civilizados são tão ou mais porcos que os PIGS sulistas) são mais que muitas muitas (telemóveis, luzes, etc... e ADORAM passar carros pela direita), havendo uma diferença: gostam de infringir a lei, mas sabem que se forem apanhados, pagam e não bufam.
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De balio a 10.05.2023 às 14:23


os europeus civilizados são tão ou mais porcos que os PIGS sulistas


Pelo menos creio que não defecam na rua.


Em Lisboa farto-me de ver montes de caca pela rua. E, embora a maior parte seja de cães, creio que nem toda é.


Eu só me admira como tantos turistas visitam esta cidade. Não ficarão enojados com o que por cá se vê?
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De Anónimo a 10.05.2023 às 21:10

Ah ah ah, a 'doce' revelação de um quase especialista!
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De JPT a 10.05.2023 às 17:21

Só se consegue ultrapassar um carro pela direita se o sujeito ultrapassado for na faixa do meio ou da esquerda, com a faixa da direita disponível, o que, caso não saiba, é uma infracção muito grave ao Código da Estrada, vd. art.º 13.º - e que me parece muito menos justificável (pois resulta, ou de desatenção, ou de estupidez), do que a infracção cometida por um condutor que, seguindo na faixa determinada na lei, tem de ultrapassar o infractor pela direita.
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De Anónimo a 10.05.2023 às 23:50

Acho que não percebeu nada e pôs-se a ensinar-nos o Código da Estrada.
Ali o que está escrito são os CICLISTAS a ultrapassar os carros pela direita, entre o carro e o passeio ou outros carros estacionados, apanho disso todos os dias e a toda a hora por toda a parte.
Há dias fui ultrapassado entre o carro e o passeio por uma MOTO numa rua com pilaretes por ali abaixo no passeio e eu até ía mais que na minha mão, vinha de lá um eléctrico na minha direcção.
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De JPT a 11.05.2023 às 11:18

Percebi mal. Desculpe. Ciclistas e motas só não ultrapassam por cima, seja aqui, seja na Alemanha.
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De Zé raiano a 10.05.2023 às 10:33


livro de cabeceira sobre a condição ómana, onde já nem mudam as moscas mencionadas por M. Brito Camacho:
Jacques Rancière El maestro ignorante - Cinco lecciones sobre la emancipación intelectual 
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De Ricardo A a 10.05.2023 às 10:45

A "moda" woke, o politicamente "correcto" e a "onda" de cancelamentos em destaque no meu blog Novo mundo.  
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De balio a 10.05.2023 às 12:05


Este argumento da repressão parece-me muito limitado.
Há razões antropológicas muito mais profundas para o civismo ou falta dele, que não se esgotam no imediatismo de haver um polícia a olhar para nós ou não.
Quando vivi por dois meses num espaço semi-rural da Suíça, não me recordo de ver polícia nenhum. No entanto, eu passeava por campos com couves cultivadas e surpreendia-me, aquelas couves esavam ali todas à mão de colher e ninguém as roubava! E no centro da aldeia havia sacos de maçãs colocados  à venda num local, sem ninguém a vigiá-los: quem os quisesse comprar devia levá-los e deixar uma moeda de 5 francos em troca, porém ninguém ia lá roubar nem os sacos de maçãs nem as moedas que lá estavam!
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De JPT a 10.05.2023 às 17:03

Por alguma razão não ocorreu a ninguém instalar em Portugal aquelas máquinas que existiam na Alemanha (mas também nos EUA  e Reino Unido) em que se metia uma moeda para tirar um jornal - mas, claro, se podia tirar todos.
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De pitosga a 10.05.2023 às 12:53


"Isto" não vai lá com repressão nem com mais leis. Vai com porrada.
Quando uma besta não receber um chavo de uma seguradora ou de um governo, acabam-se logo as trotinetas e outros abusos na cidadania.
O que o tuga quer é pilim. Não lho deem... Acho que me expliquei.
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De Anónimo a 11.05.2023 às 14:51

Subscrevo! Disse tudo.
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De João Brandão a 10.05.2023 às 15:27

A norma legal, por melhor elaborada que seja, quando não é fiscalizada, na prática, é inexistente ...
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De mariam a 10.05.2023 às 19:25

Nas vésperas da Páscoa quase perdia o concerto na Gulbenkian porque levei UMA hora a atravessar a Avenida de Berna. Tive sorte pq na rua transversal estava um único lugar à minha espera.Em 2 minutos lá me safei.
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De Alexandre N. a 11.05.2023 às 00:03

Não julgem que os outros são mais civilizados por natureza, chama-se "educação", o respeito pelos outros.
Em Portugal o respeito é uma utopia, em Lisboa, enfim, um pardieiro muito mal frequentado.
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De Ricardo A a 12.05.2023 às 07:53

Uma utopia a caminho de uma distopia (para piorar ainda a situação).
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De Anónimo a 11.05.2023 às 09:22

Se cada um se disciplinasse e usasse o seu mecanismo de auto-controlo e de auto-censura (que todos temos) não seria necessária nenhuma forma de repressão externa. 
Quanto aos nórdicos, até eles se deixaram "abastardar". Não por acaso o declínio civilizacional do Ocidente... a "cultura" do chamado progressismo tem alastrado e feito o seu caminho a par e passo com o laxismo, a complacência e a permissividade (excessiva) diante de todo o tipo de trogloditismo a que se refere. 
Mas veja o contraste no caso dos japoneses em relação à forma como funcionam e se comportam. Que povo! Que inveja! Para mim eles são a epítome da civilidade e do civismo: diante das catástrofes naturais por que passaram recentemente, não houve um único registo de quaisquer assaltos a estabelecimentos comerciais e estes estavam mesmo "à mão de semear" totalmente escancaradas pela destruição! As imagens que nos chegavam eram de pessoas disciplinadas a tentar cumprir as regras de forma ordeira, dentro do possível num cenário de devastação. Impressionante.


Hoje, no mundo ocidental, a regra parece ser "não haver regra", na versão pós-moderna do "il est interdit d'interdire" (mas sem este sentido de humor). Logo, instalou-se a ideia de que os comportamentos devem ser "espontâneos" e "naturais"_ que é o mesmo que dizer: quanto menos observância de regras que impõem certos limites ("castradoras" portanto!) mais "à la page" com os novos tempos, i.e., com estes tempos "desatados" de qualquer sentido da moral. Eu, eu, eu,  em primeiro lugar, num egocentrismo doentio, que exclui e descarta os outros, sem respeito pelo seu espaço, pelos seus direitos e pelas suas liberdades (e contudo, as discursatas de chacha vão todas no sentido da "inclusão"!). Este individualismo patológico está a atingir tais foros de demência, que até a Verdade se dissolveu e tornou uma questão pessoal e subjectiva, cada um tem a "sua". Não se diz hoje "Cada um com a sua verdade"? Este estranho aforismo entranhou-se  e tornou-se tão "natural" como respirar. Já faz parte da lista dos novos preceitos..."morais"! (Veja o caso português: neste país cada vez mais  infrequentável a Mentira tem perna longa. É o novo "normal". Alguém se incomoda com isso?). 


O velho mundo está quase extinto. Caminhamos para um lugar sinistro, perigoso e orwelliano. Também as Suécias... e culpados há? Claro! a pós-Verdade, os novos totalitarismos distópicos sob disfarce de "progressismo", essa palavra pansemiótica onde cabem todos os significados que se "arranjem"... 
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De Anonimo a 11.05.2023 às 14:55


Javardos há em todo o lado. Basta meia dúzia para ocupar o estacionamento dos deficientes, podem não "representar" um povo.
Mas há muita coisa acerca de países europeus ditos mais civilizados e progressistas que não passam de mitos e esteriótipos falsos. Voltando aos suecos, espantei-me com a quantidade de sem-abrigo (em zonas ditas de lazer, não estavam escondidos em vielas) em Estocolmo. Não andava muito longe de Lisboa, não...

Para não falar no consumo de álcool. Os hombres escandalizam-se quando o mediterrânico bebe uma cerveja ao almoço, mas quando saem ao fim de semana é literalmente até cair.
Posso dizer que nos Países Lisos o conceito de "civilidade" varia muito... não têm problema em deitar lixo para o chão ou fazer barulho, gamar bicicletas é diário, mas pode deixar-se uma encomenda à porta, que não sai de lá. E no trabalho, pode tirar-se o dia por doença sem qualquer certidão médica, a palavra de honra é o que vale,
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De Anónimo a 11.05.2023 às 09:42

Ainda acrescento, a propósito dos japoneses: Todos soubemos e até vimos as imagens do seu comportamento exemplar no Qatar: após o jogo com a Alemanha, o balneário ficou completamente limpo e a brilhar, como se ninguém o tivesse usado. E ainda deixaram uns presentes em origami e um cartaz a dizer "Obrigado!".

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