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Ao que parece Lisboa vai ter um museu judaico. Nada contra, antes pelo contrário, os judeus têm um papel importante na História do nosso país e o édito da sua expulsão, assinado por D. Manuel, é uma mancha no nosso percurso. Embora já haja um museu judaico em Belmonte, a existência de um em Lisboa faz sentido. Não vejo tanto sentido para um museu do Holocausto no Porto, já que foi uma barbárie à qual Portugal não teve ligação directa mas, mais uma vez, nada contra atendendo que o museu pode servir para enquadrar pedagogicamente o assunto.
O museu vai ocupar um lugar especialmente nobre da cidade, ficando perto da Torre de Belém. Até acho piada a ironia de o colocarem junto de um monumento mandado edificar por quem os expulsou. A antiga localização prevista, no Largo de São Miguel, quanto a mim estragava a harmonia da praça e a imensa atractividade que esta tem para os turistas.
Dispersei-me um pouco, a ver se chego ao ponto onde queria chegar. Museus judaicos há muitos por essa Europa fora, museus, ou memoriais, do Holocausto também há, fundamentalmente nos locais ligados ao hediondo massacre. Um museu judaico, ainda que desejável, não fará, de nenhum modo, parte da oferta distintiva de Lisboa nem da sua “uniqueness”. Aquilo que, em termos da História Mundial, marca Lisboa são os Descobrimentos. É por causa destes que é impossível escrever uma História da Humanidade sem que Portugal tenha um papel de destaque.
Ninguém, ou muito pouca gente, virá a Lisboa tendo como principal foco o judaísmo. Os Descobrimentos, o mar e os desafios náuticos podem, ao contrário de outras temáticas, ser uma marca distintiva de Lisboa. Uma marca com imenso potencial cultural, turístico e económico.
Não negando a oportunidade da criação de outros museus, a grande prioridade nacional na museologia deveria ser a criação de um grande museu dos Descobrimentos. Esse sim, poderia ser um grande marco emblemático e identitário para Lisboa.
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