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Várias sondagens mostram a subida de popularidade e credibilidade de António Costa, e mostra uma sondagem do Correio da Manhã (realizada pela muito crível Aximage) que mais de 70% dos inquiridos concordam com a política do governo para a educação, especificamente a quebra dos contratos de associação.
Poder-se-ia dizer que esse é o retrato de um povo ignorante, aparentemente renitente e mal disposto, mas afinal muito predisposto a venerar qualquer poder; aparentemente desafiador e alerta, mas afinal susceptível de ser expeditamente metido na ordem; aparentemente inquieto e agressivo, mas afinal bastante passivo e conformado com o condicionamento da sua liberdade política e económica, bastante confortável com a cêpa torta, com as coisas que são assim porque «é a vida»; aparentemente irredutível, mas afinal aliciável com quaisquer papas e bolos; revoltado ao ponto da má criação, mas afinável docemente arrebanhável com qualquer cantiga sobre «estratégia» ou «bens públicos» ou «distensão»; aparentemente espertalhão, mas incapaz de aprender que as mesmas experiências conduzem aos mesmos resultados. Poder-se-ia dizer que a farpela pode ser mais moderna e os «ténes» já não rotos, mas que o Zé Povinho ainda se mantém espiritualmente fiel ao retrato de Bordalo.
O problema, porém, é que o povo é o mesmo para todos. E, então, talvez a bovinidade resulte afinal, não da mediocridade do povo, mas da ausência de trabalho ideológico e divulgador da direita, da timidez e mesmo medo de afirmar os seus valores e as boas provas que deram, da hesitação em captivar e entusiasmar para políticas que arranquem o país do pântano corporativo e medíocre do socialismo, da passividade com que a direita tolerou e tolera que a esquerda arregimente, compre, alicie, se apodere e faça a gestão minudente e permanente de todos os orgãos de comunicação.
A direita descurou o trabalho político e treme de medo que a divulgação e o esclarecimento se pareçam com propaganda. A esquerda não. A equerda não teme nem tem vergonha -- é só nas políticas públicas que não aprende. E a geringonça aí está ufana para premiar os seus e tourear os manguitos.
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