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Na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa alguns jovens médicos e médicas fizeram hoje o Juramento de Hipócrates. Como Marcelo estava presente, os jornalistas das televisões perguntaram-lhe umas coisas, Marcelo disse umas coisas, e sobre os novos médicos e o juramento, nada!
Não vem ao caso, mas só o cotejo entre o juramento e o aborto e a eutanásia dava todo um poema. O que vem ao caso é que, se os jornalistas fossem jornalistas, poderiam ter perguntado a algum dos jovens médicos e médicas o que tinha achado do exame a que fora submetido na 4ª feira, 23, abrangendo a matéria de todos os anos do curso, e que durou todo um dia. Um exame de que metade, toda a manhã, foi preenchida por perguntas, não de medicina, mas de matemática.
Se os jornalistas fossem jornalistas teriam, depois, questionado sobre tal exame o bastonário da Ordem dos Médicos, instituição que ficou de cabelos em pé quando teve conhecimento dos termos da prova.
O problema é que se os jornalistas fossem jornalistas depois teriam que perguntar ao primeiro-ministro e ao ministro da saúde se é assim que tencionam reter os jovens médicos no SNS e mal pagos, vedando-lhes com exames arbitrários o acesso à especialidade da sua escolha.
É evidente que jornalistas que fossem jornalistas estariam sempre a tempo de fazer estas perguntas sobre todo este processo lamentável ao Bastonário da Ordem. Ou, então, não. Ou, então terão na medula, apenas, a vontade de perguntar umas coisas da espuma dos dias ao presidente, para que este lhes devolva os dias em espuma.
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