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"Há um malfeitor chamado Nethanyau que considera que matar dezenas de milhares de mulheres e crianças é um mal menor para exterminar quem assassinou israelitas. Justiça? Nada disso!Na mortandade não quer jornalistas, nem poupa escolas ou hospitais ou sequer ajuda humanitária. É a lei da tábua rasa. E basta ser palestiniano para ser criminoso.
Agora, milhares de prédios destruídos , mais de 50.000 mortos, crianças traumatizadas para a vida, não é que Gaza é inviável? Ups, que surpresa! A culpa, claro, só pode ser do Hamas, eleito pelos palestinianos de Gaza. Hamas é uma força política, não me refiro às forças armadas, nem defendo o que fizeram e ainda estou para perceber como foi possível.
Levar Nethanyau ao Tribunal Internacional e os raptores dos israelitas? Que nada! O melhor mesmo é acabar com os palestinianos. Leva-los de vez para fora da sua terra e fazer negócio imobiliário. Viva Grande Israel que de anexação em anexação atinge a vitória final. E enquanto prepara o resort para a Trump Tower em Gaza vai infernizando a Cisjordânia…
Resoluções da ONU? Acordo de Camp David? Tudo deitado para o lixo por Israel. Como pode a Palestina e os árabes em geral ter esperança?".
Depois de muita insistência minha, lá apareceu a argumentação, seguindo a cartilha habitual descrita por Jorge de Sena: "este heroísmo, este horror, foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha há mais de um século e que por violenta e injusta ofendeu o coração de um pintor chamado Goya, que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor".
O que me interessa assinalar sobre este assunto, pleno de gente de coração muito grande, cheio de fúria e de amor, que se ofende com qualquer coisa entre mil acontecida em Gaza, por violenta e injusta, é que o quotidiano dos dois milhões de reféns que o Hamas mantém em Gaza, não entram nessa argumentação.
A vida concreta destes dois milhões de reféns que o Hamas mantém e tenciona manter em Gaza não diz nada a estes corações muito grandes, cheios de fúria e amor.
A ideia que às mães de Gaza não se aplica o que Sting escreveu sobre as mães russas, no tempo da guerra fria, é uma ideia largamente expandida, por mais estúpida que seja, como é: "There is no monopoly on common sense/ On either side of the political fence/ We share the same biology, regardless of ideology/ Believe me when I say to you/ I hope the Russians love their children too".
O erro histórico das potências coloniais e da comunidade internacional confundindo os grupos detentores de armas com o seu povo levando, por isso, à entrega do poder absoluto a esses grupos, pensando que o devolviam aos povos colonizados, é um erro que temos dificuldade em corrigir, e continuamos a insistir nele, por exemplo, no Médio Oriente, onde a ONU tem mais resoluções contra o único país em que o poder muda sem ser pela força das armas que contra todos os outros em que o poder assenta no poder das armas, isto é, não é removível sem ser pela força.
E as vítimas, como sempre, são os mais pobres e frágeis, no caso, os dois milhões de reféns que o Hamas mantém em Gaza, a quem não reconhecemos a dignidade mínima para exigir que, os que quiserem, devem ter o direito de ir tratar da sua vida e dos seus filhos noutro lado qualquer.
Dois milhões esses que estão totalmente ausentes das preocupações de grande parte desses grandes corações cheios de fúria e amor, como se demonstra pela citação inicial.
Só me custa a perceber como querem "transformar" aquele "campo de futebol" num país "independente". Afinal vivem de dádivas, sobretudo da ONU(!?), não há notícia de que tenham qualquer atividade económica capaz de satisfazer as suas necessidades. Querem continuar, como "independentes", a viver das esmolas internacionais?
Sendo que o "Club Israelita" já é constituído por mais de 20% de Palestinianos e mais uns quantos Árabes... espertos; porque esta malta não decide associar-se ao Club?
Teriam muitas mais oportunidades do que aquelas que os políticos do Hamas lhes darão!
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É exactamente isso que tenho vindo a dizer: da mes...
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É claro que responder a quem não faz ideia de que ...
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