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Já em segunda transmissão e a uma hora complicada (com início às 00.30h), a RTP1 exibe quanto a mim a melhor série portuguesa de sempre. Chama-se Depois do Adeus e é a saga de Álvaro Mendonça e da sua Família, regressados à Metrópole depois da exemplar descolonização de Angola.
Vejam. É notável o rigor histórico, aliás confirmado com a reposição de alguns inesquecíveis episódios (- Olhe que não, olhe que não... - ironizava Cunhal no célebre debate com Soares, uma pequena enxertia no guião; - O povo é sereno, é só fumaça, o povo é sereno... - aplacava Pinheiro de Azevedo em outra tira da grande manif do Terreiro do Paço, nas vésperas do 25 de Novembro).
O enredo desenvolve-se entre 1974 e 1976. E Álvaro Mendonça, recém-chegado aos trambolhões e sem ter como se sustentar, e aos seus, arranja enfim emprego. Numa fábrica onde, pelo empenho e competência, rapidamente ganha a confiança do patrão, o qual viria a ser mais um saneado do PREC, expulso da sua própria empresa doravante em auto-gestão.
Atarantado com os desmandos dos revolucionários, Álvaro tenta chamá-los à razão. Está prestes o colapso financeiro, a falência. Também ele é saneado.
Do pouco que se produzia, o destino eram as UCP's alentejanas, como demonstração de solidariedade com a Reforma Agrária. E dois sindicalistas barbudos, de cravo vermelho ao peito, comandam e coagem a casa toda, desde o guarda-livros ao aprendiz de operário. O resultado: entregue àquela acefalia, a breve trecho não havia tesouraria para os ordenados do fim do mês.
Como é suposto estas histórias terem um happy end, lá chegou a vez dos sindicalistas morrerem com o ferro que mataram. Não se sabe para que outra freguesia foram pregar - mas foram. O Álvaro (Mendonça) foi readmitido, o patrão retomou o que era seu e todos foram muito felizes para a vida inteira.
A alusão ao Depois do Adeus deve-se somente à extraordinária parecença do narrado com a vadiação da TAP. Onde uns tantos - poucos - transtornam o país, - a sua economia, as suas gentes - os seus colegas (todos auferindo remunerações inferiores) e comprometem criminosamente o futuro da Empresa que já não se afigurava brilhante. Sendo que os ditos grevistas - os pilotos - obviamente são quem menos se aflige com o espectro do desemprego...
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