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Dúvida existencial

por henrique pereira dos santos, em 19.01.17

Em 2015 houve eleições.

De um lado, uma coligação exaurida, que tinha gerido o país sem dinheiro, não só aplicado um duro programa de austeridade, como tinha ido voluntariamente além da troica, aplicado medidas desnecessárias e que prejudicavam os trabalhadores e pensionistas, por puro preconceito ideológico, provocado uma devastação social absurda e cruel, feito recuar o país décadas ao mesmo tempo que aumentava o endividamento e falhava todos os objectivos a que se propunha, fossem no défice, no crescimento económico ou na dívida, só para citar o que lhe eram mais queridos e em nome dos quais foram tomadas medidas austeritárias contraproducentes e irracionais. E não contente com este registo, esse governo mais não tinha feito que ser um seguidor canino da chanceler alemã, aceitando com gosto todas as humilhações que a Alemanha impôs aos países do Sul para se vingar da derrota na segunda guerra mundial.

Do outro lado, estava uma proposta responsável e moderna, com uma estratégia para a década, um programa solidamente centrado num grupo de economistas reputados, demonstrando que havia uma alternativa que passava por devolver mais rapidamente rendimentos, criando um impulso económico que desencadearia um processo virtuoso de crescimento económico que permitiria baixar o défice e pagar a dívida sem sobrecarregar os trabalhadores e pensionistas, e sem estrangular as empresas e a economia com os impostos absurdamente altos que o governo anterior tinha criado no seu desespero para respeitar o défice, como se não houvesse vida para além do orçamento.

A dúvida existencial que me tem atormentado prende-se com o critério usado para classificar o chefe do segundo grupo, que se apresentava nas condições mais favoráveis para captar votos, como um génio político e o chefe do primeiro grupo, que se apresentava nas piores condições, como um evidente inepto político, se quando se confrontaram nas melhores condições para o segundo e na piores para o primeiro, o primeiro teve mais votos que o segundo.

Haverá uma alma caridosa que seja capaz de me explicar que critério de avaliação é usado para se chegar a estas conclusões, aparentemente consensuais na imprensa?


27 comentários

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De Renato a 19.01.2017 às 20:20

A sua dúvida existencial, Henrique, explica-se com o facto de não ler jornais nem ver televisão , ou de só dar atenção a comentadores de esquerda, o que é curioso. Daí que ache que é consensual na imprensa o apoio ao atual governo. Posso fornecer uma lista longa de comentadores de jornais e televisão, apoiantes do anterior governo, se precisar, incluindo os que a toda a hora invocam agora o diabo e têm visões do inferno para o dia seguinte, sempre para o dia seguinte, do tipo das seitas milenares.
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De henrique pereira dos santos a 19.01.2017 às 22:11

Posso sugerir que comente só o que está escrito e não o que lhe der na telha, sem qualquer relação com o post?
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De Renato a 20.01.2017 às 07:17

Estava a falar do que para si seria consensual na imprensa, sobre o Costa e o Passos. 
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De henrique pereira dos santos a 21.01.2017 às 08:13

exactamente, o post não é sobre isso
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De Renato a 21.01.2017 às 08:49

"Haverá uma alma caridosa que seja capaz de me explicar que critério de avaliação é usado para se chegar a estas conclusões, aparentemente consensuais na imprensa?"



Talvez entenda o que escreveu se eu o transcrever. Respondi a isto. 
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De Fernando S a 20.01.2017 às 10:04

Claro que nos jornais e nas TVs também há jornalistas, opinionistas e comentadores que apoiaram o anterior governo ou que, pelo menos, não o atacaram sectáriamente.
Mas há muitos mais, incluindo alguns que estiveram ou estão ligados (ou se reclamam) dos partidos e da área da dita "direita", que no passado recente se destacaram por criticarem sistemáticamente o governo anterior e a politica de austeridade e que hoje, quando não o apoiam claramente, passam um verdadeiro "cheque em branco" ao governo actual. 
Um exemplo evidente é o modo como tantos "médias" tratam os problemas do dia a dia que normalmente afectam muitas pessoas (o desemprego, a miséria, o mau alojamento, as bichas e os mortos nos hospitais, as escolas sem professores e sem condições, etc, etc) : no tempo do governo anterior enchiam as primeiras paginas e abriam noticiários com este tipo de noticias e responsabilizavam o governo e a sua politica austeritária por todas as dificuldades e todos os dramas humanos ; actualmente, desde que o governo mudou, falam muito menos nestes problemas e quando o fazem desdramatizam e não os relacionam directamente com a acção do governo. E, no entanto, todos sabemos que o estado das coisas não mudou nem melhorou tanto como isso, se é que mudou alguma coisa e quando mudou até foi muitas vezes mais para pior do que para melhor (por exemplo, no SNS).
E, no entanto, até teria sido fácil responsabilizar o governo actual, com ou sem razão, tendo em conta que este até nem acabou verdadeiramente com a austeridade e, antes pelo contrário, tirando algumas devoluções de rendimentos a certas categorias de cidadãos, até aumentou impostos pagos pelas classes populares e médias e até reduziu drásticamente investimentos públicos e cortou significativamente despesas de funcionamento dos serviços públicos. 
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De Anónimo a 20.01.2017 às 13:52

Publique lá essa "longa lista".
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De Renato a 21.01.2017 às 09:23

Vocelência manda:
José Manuel Fernandes, José Gomes Ferreira, Helena Matos, João Miguel Tavares, Maria João Marques, Alexandre Homem Cristo, João Carlos Espada, João Pereira Coutinho, Vasco Pulido Valente, Armando Esteves Pereira, João Marques de Almeida, Paulo Tunhas, João Cesar das Neves, Miguel Angel Belloso, Vitor Bento,Rui Ramos, André Azevedo Alves, Luciano Amaral, Eduardo Dâmaso, Henrique Monteiro, Henrique Raposo.... etc. Vocelência dá-me licença que faça uma pausa? Só coloquei alguns que não me parecem ver o Costa, a Catarina ou o Jerónimo como heróis e que prevêem muitas desgraças para o país e a civilização em geral com a geringonça. 
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De Fernando S a 21.01.2017 às 11:40

Uma lista de umas 2 dezenas de opinionistas (podia ser efectivamente ainda mais longa ... mas, atenção, nem todos foram ou são apoiantes convictos ou incondicionais do governo anterior ou da actual oposição dos partidos à direita, PSD e CDS) não anula o facto objectivo de uma larga maioria dos jornalistas nas televisões, nas radios e nos jornais, e não apenas os comentadores e colonistas (uma lista seria interminável !...), ter uma orientação ideológica e politica que é mais para a esquerda, ter sido no passado muito critica e hostil ao governo anterior e ver hoje a experiência da "geringonça" com simpatia ou, pelo menos, com uma manifesta condescendência (o que, é verdade, para os mais politizados à esquerda e para os mais "anestesiados" ao centro, não significa necessáriamente um apoio incondicional, total e indefinido ao governo socialista minoritário de António Costa).
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De Renato a 21.01.2017 às 12:52

Fernando, a minha lista, se assim se pode chamar, foi a pedido de um anónimo muito espantado que pudesse haver comentadores de direita na tv e jornais e também uma resposta ao "consensuais" do Henrique. Como também admite, a lista poderia ser mais longa, mas nem estou para isso. Listas "intermináveis" não há; ou se quiser, a minha seria tão interminável como a sua. Isto para lhe dizer que o controlo da esquerda nos media é um mito bem urdido. E como é que chegou à conclusão de que os jornalistas não comentadores são de esquerda? Ainda no outro dia ouvi um jornalista da TSF insistir com uma representante de uma agência de rating para que lhe dissesse que os juros da divida portuguesa seriam uma catástrofe, para ouvir dela, uma e outra vez, que não era tão grave como se pensava em Portugal, chegando mesmo a representante a dizer que era "um não assunto".
Quanto a serem ou não apoiantes incondicionais, uns quantos são, ou não, mas mesmo nestes nota-se bem o tom de desprezo pelo actual governo. Ou seja, nenhum, repito nenhum, vê o Costa como herói. 
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De Fernando S a 22.01.2017 às 11:38

Renato,

Como é que se vê que uma larga maioria dos jornalistas não comentadores são de esquerda ? Basta comparar o modo alarmista e indignado como descreviam a realidade do pais durante o mandato do governo anterior, num momento dificil  que por sinal nem sequer era da sua responsabilidade directa, com o modo despreocupado e complacente como se referem à situação actual e à acção do governo actual !!

Não tenho presente a entrevista que refere, de um jornalista da TSF a uma representante de uma agência de rating, suponho que a DBRS, a única que ainda mantém a nota de Portugal acima do "lixo" e o qualifica para o programa de apoio monetário do BCE.
O que sei é que o nosso pais está hoje a contrair empréstimos para "rolar" e aumentar a sua divida publica pagando o dobro do já pagava antes da mudança de governo há pouco mais de 1 ano e que a situação pode vir a piorar num futuro relativamente próximo se a nossa taxa de juro continuar a subir e a DBRS se vir finalmente forçada a baixar a nossa nota para o nivel de "lixo" (não esquecer que foi também um representante desta agência que há tempos afirmou que se a nossa taxa de juro a 10 anos ultrapassasse a barreira dos 4% a situação poderia ser preocupante e o risco de uma baixa de cotação ainda maior).
Se isto é "um não assunto" então há qualquer coisa de estranho no reino da Dinamarca !!... 
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De Renato a 22.01.2017 às 12:14

Não entendi nada. Existem de facto comentadores que não gostavam do anterior e apoiam o atual governo. Como passa da verificação da sua existência,  para a conclusão de que são a larga maioria, é que não entendi. 
Foi de facto a DBRS. A sua perplexidade, foi a mesma do jornalista, um dos que você acha que são de esquerda. O resto, pergunte à DBRS, cujos responsáveis, tenho pena, me parecem menos apocalípticos do que muita gente gostaria.


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De Fernando S a 22.01.2017 às 14:44

Eu não faço aqui nenhuma tentativa de demonstração .... (embora até existam inquéritos e sondagens muito esclarecedores sobre esta matéria)
Apenas lembro o que é uma evidência objectiva : a maioria dos jornalistas é mais de esquerda do que de direita e não é por isso de estranhar que, num registo muito pouco profissional, tenha procurado denegrir o governo anterior e seja hoje complacente para com o governo actual !

Quanto à TSF, eu disse que não conheço a tal entrevista e, até por isso, não sei nem podia dizer ou achar que o tal jornalista era um dos que são de esquerda (ou um dos que são de direita)  ...
O que posso acrescentar é que considero que o que se deve esperar de um jornalista competente, independentemente de quais possam ser as suas eventuais inclinações ou simpatias politicas, é precisamente que faça perguntas pertinentes a quem é suposto poder responder, mesmo que estas possam ser incómodas para quem tem de responder e mesmo que as respostas possam ser desfavoráveis para uns ou para outros.
Espero bem que tenha sido o caso nessa tal entrevista de um jornalista da TSF a um representante da única agência de rating que ainda mantém a notação da divida pública portuguesa acima do "lixo" e que deixou no ar a ideia de que uma taxa de juro acima dos 4% seria um factor de preocupação adicional (estando nós agora precisamente em cima deste nivel num processo de aumento que dura e que nada indica que possa ser próximamente invertido, antes pelo contrario).  
Já agora, não se trata de ser "apocaliptico" mas tão só de não ser inconsciente e irresponsável !!
De resto, espero bem que, apesar de todos os sinais negativos, existam sempre razões que a DBRS considere suficientes para não baixar a nota de Portugal para o nivel de "lixo", que, não nos esqueçamos, é aquele em que, infelizmente, as 3 principais agências de rating classificam a divida portuguesa.
Porque, se porventura tal vier a acontecer, estaremos então e muito provávelmente em péssimos lençois !!...
Em 2015, tendo em conta a evolução positiva da economia e das finanças portuguesas, a expectativa era então a de que as principais agências de rating continuassem a melhorar a nota portuguesa e a tirassem finalmente do "lixo".
Hoje em dia, tendo em conta a degradação da nossa divida publica nos mercados, limitamo-nos a rezar para que o débil fio que ainda nos liga e permite beneficiar do programa de compras do BCE não se quebre.
Compreende-se (ou talvez não !!...) que alguns, por esta ou por aquela razão, prefiram que não se fale muito no "assunto" e fujam dele como "o rabo da seringa" !!   
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De Renato a 23.01.2017 às 07:34

Diz que não faz tentativas de demontração, mas fala num inquérito que demonstra que a maioria dos jornalistas é de esquerda. Qual inquérito? Está a brincar comigo? Se ouviu ou não a entrevista é problema seu. O jornalista perguntou e a entrevistada disse o que disse. E o que disse, contraria o que muitos aqui dizem. É simples. Se não concorda com ela, se acha que a situação é mais grave do que ela diz, só tem de protestar junto dela ou da agência. 
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De Fernando S a 23.01.2017 às 23:17

Não fiz efectivamente nenhuma tentativa de demonstração (de que a maioria dos jornalistas é de esquerda) para o Renato vir depois dizer que não "entendeu" como chego a esta conclusão ... Não entendeu porque não havia nada para entender !... É uma evidência empirica que, por sinal, como acrescentei no comentário seguinte, até é confirmada por estudos e inquéritos feitos há alguns anos. Não dei nem dou aqui referencias e detalhes sobre esses inquéritos porque não os tenho à mão e porque tenho mais que fazer. Mas mesmo que os tivesse à mão não teria forçosamente de os dar porque, tendo sido o Renato o primeiro a contestar os factos avançados pelo autor do post, também não apresentou nenhuma demonstração do contrario (uma lista de 20 nomes de comentadores "de direita" que apoiaram o governo anterior e criticam o actual não demonstra coisa nenhuma para além do facto de .... existirem comentadores "de direita" que apoiaram o governo anterior e criticam o actual !...). Porque é que eu é que teria de demonstrar o contrario daquilo que o Renato não demonstrou ao contrariar inicialmente o que disse o autor do post ??!!....   

Se não ouvi a entrevista o problema é mesmo SEU porque você é que se referiu a ela e ninguém é suposto ouvir e conhecer todas as entrevistas que aparecem e que você ouve ...
Eu limitei-me a comentar o que o Renato disse admitindo honestamente que não conhecia a entrevista e referindo-me antes ao assunto em questão que, esse sim, eu conheço o suficiente para poder concluir que o Renato diz uma data de disparates !...
O meu unico problema e erro foi ter querido responder e discutir sériamente e educadamente o assunto consigo  porque lhe dei azo a que viesse para aqui com um tom arrogante e desagradável obrigando-me a responder-lhe no mesmo tom, algo que detesto e que procuro sempre evitar, nem sempre conseguindo, como é agora o caso !

De resto, mesmo não conhecendo a entrevista em questão, duvido muito que o entrevistado diga exactamente algo que contrarie completamente o que muitos dizem, isto é, que a divida publica portuguesa é demasiado elevada e continua a crescer pelo que, tendo em conta um contexto externo imprevisivel e uma natural evolução da politica monetária do BCE, se o pais continuar com um crescimento economico fraco e se o governo não fizer o necessário para corrigir esta situação, as taxa de juro continuarão a subir e poderão ultrapassar um nivel para além do qual a situação financeira do pais se tornará de novo critica.
Mas se porventura o tal entrevistado disse mesmo o contrario então terei de concluir que teria dito algo de muito diferente do que tem sido dito por outros representantes das diferentes agências de rating, incluindo a DBRS (recordo mais uma vez que foi um deles que disse que os 4% eram um nivel perigoso !...), e por muitos outros analistas e observadores, nomeadamente da UE, e que portanto, teria dito um disparate equivalente aos disparates que têm sido ditos pelos membros e apoiantes do governo actual.
Seja como for, independentemente daquilo que tenha dito, não tenho nada que protestar, porque não serviria de nada e, sobretudo, porque, como já disse num comentário anterior, até torço para que, aconteça o que acontecer, a DBRS não venha um dia a alinhar-se pelas outras agências e a pôr igualmente Portugal no "lixo". 
Infelizmente, ainda há quem não perceba que, em última instância, as agências de rating não se determinam em função de reclamações e protestos dos cotados mas sim em função da apreciação objectiva que fazem do que consideram ser o real nivel de risco para os seus clientes, os investidores.  
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De Renato a 24.01.2017 às 09:19

Não tem os inquéritos à mão e tem mais que fazer? LOL lindo!  Sobre as agências, eu sou mais curtinho: espere pela avaliação. Depois falamos.
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De Fernando S a 24.01.2017 às 11:11

"Lindo" seria voce começar por tentar "demonstrar" aqui que os jornalistas não são maioritáriamente de esquerda !...
Mas, claro que não vai acontecer, porque já se percebeu que aquilo que voce exige aos outros isenta-se a si próprio !...

Quanto às agências, eu fico é à espera de ver quando é que todas elas, sobretudo as 3 maiores, voltam a anunciar perspectivas positivas que levem ao aumento da nota portuguesa, como já estava a acontecer com o governo anterior !...
Mas, infelizmente, com a politica do governo actual, é muito pouco provável que tal possa vir a acontecer algum dia !
Na falta de melhor, rezemos então para que a DBRS não venha também ela a por Portugal no "lixo" na próxima avaliação !! 
De resto, se porventura esta agência não degradar a nota de Portugal na próxima avaliação, o que não é de excluir, aposto em como o governo e os seus apoiantes, no estilo de alegre inconsciência a que nos vêm habituando, vão considerar isto como um enorme sucesso !... Quem não tem cão caça com gato !!  
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De Renato a 24.01.2017 às 12:55

Não se enerve, homem. Você é que disse que sabia de sondagens a inquéritos sobre esse assunto e eu fiquei curioso, porque não os conhecia. Não quer dar, não dá, pronto, se calhar são confidenciais. Quanto ao resto, também não se descabele tanto. Os juros e o resto da geringonçada não vão fazer descer os rankings? É só esperar, a gente depois vê isso. 
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De Fernando S a 25.01.2017 às 12:31

Voce continua a ser malcriado e a deturpar o que eu digo ...
Voce é que veio para aqui dizer que não era verdade que, como sugeria o autor do post, a maioria dos jornalistas fosse mais critica do governo anterior do que do actual e que era antes o contrário.
Voce não fez nenhuma "demonstração" desta conclusão. Uma simples lista de 21 comentadores "de direita" que teriam apoiado o governo de Passos Coelho (de resto, a maior parte, senão todos, de orientação mais liberal, nunca deram sequer um apoio sem reservas ou incondicional ... mas não é o que agora interessa) não é "demonstração" nenhuma.
D qualquer modo, eu nem sequer lhe pedi para o fazer. Um espaço de comentários como este permite a expressão e a troca de pontos de vista mas dificilmente se coaduna com "demonstrações" desenvolvidas e fundamentadas.  
Pois bem, mesmo assim, mesmo sem ter voce mesmo feito uma qualquer "demonstração", não teve pejo nenhum em vir dizer que eu não "demonstrava" o meu ponto de vista, o de que  a maioria dos jornalistas é mais de esquerda do que de direita.
É preciso muita desfaçatez e até má fé.
Eu reafirmei varias vezes que nunca pretendi aqui tentar "demonstrar" o que quer que fosse. Apenas sugeri, numa simples nota entre parenteses, que, se fosse o caso, tratar-se-ia então de recorrer a sondagens e inquéritos sobre o assunto que sei existirem. Valeria para mim como para si ou qualquer outra pessoa fosse qual fosse a sua opinião. 
Pois bem, mesmo depois de eu ter reafirmado isto, mesmo sendo certo que voce pelo seu lado também não "demonstra" coisa nenhuma (nem eu esperei ou lhe pedi para fazer), você continuou a insistir para que eu fizesse aquilo que .... voce não faz !!...    
Eu não disse que "não queria dar" as referencias das tais sondagens e inquéritos.
Eu disse simplesmente que não os tenho á mão e que não tenho agora tempo para andar a pesquizar algo que me passou pelos olhos no passado mas não me lembro onde.
E não o vou fazer apenas porque voce, em vez de procurar responder aos meus argumentos, continua teimosamente e com manifesta má fé a insistir nisso.
Claro que, se voce quizer, nada o impede de, pelo seu lado, fazer a sua "demonstração", isto é, avançar com elementos objectivos que fundamentem o seu ponto de vista.
Não acredito que o consiga fazer, não apenas porque, como disse, este não é um espaço que se preste, mas também porque considero que o seu ponto de vista está errado e não é por isso "demonstrável".   
Dito isto, a não ser que voce coloque aqui algo de novo e relevante sobre este assunto que me pareça justificar um comentário adicional, eu não tenciono escrever nem mais uma palavra sobre este aspecto.  
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De Renato a 25.01.2017 às 16:58

ui, mas que malcriado que eu sou... não sabe onde colocou o tal "inquérito"? Mas que coisa chata. Talvez na gaveta das meias, no congelador, sei lá, é procurar. 
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De Fernando S a 22.01.2017 às 15:55

Renato,
Já agora, para acrescentar à sua lista de comentadores "de direita", mais alguns nomes de personalidades ligadas ao PSD ou CDS e conhecidas por serem incondicionais defensoras do governo Passos Coelho e criticos implacáveis do governo de António Costa ... Marcelo Rebelo de Sousa, José Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, António Capucho, Adriano Moreira, Bagão Félix, Marques Mendes, Morais Sarmento,...   ;)
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De Renato a 23.01.2017 às 07:25

Que tem essa lista a ver com a que eu coloquei acima?
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De Fernando S a 23.01.2017 às 23:24

Tem a vêr porque acrescenta à sua lista comentadores televisivos muito conhecidos e que são catalogados como sendo "de direita", para fazerem o contra-ponto aos muitos comentadores "de esquerda", mas que na realidade se distinguiram no passado por serem "fogo amigo" contra o governo anterior e se mostram hoje muito "compreensivos" para com o governo actual !
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De Renato a 24.01.2017 às 09:12

Continuo sem entender. Porque é que quer acrescentar esses à minha lista?  A minha lista é de comentadores que atacam o Costa e que acham a geringonça uma completa desgraça que nos vai levar à catástrofe, José Manuel Fernandes, etc, etc. Esse que ai colocou não fazem parte dessa lista. 
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De Fernando S a 24.01.2017 às 11:34

Pois não ... Eu estava a tentar brincar consigo mas vejo que não percebeu !...
Eu sei que não lhe convém acrescentar à sua lista de comentadores "de direita" muitos daqueles comentadores que, embora sejam contados como sendo "de direita" para fazerem supostamente o contra-ponto a comentadores classificados "de esquerda", se distinguiram e se distinguém precisamente por atacarem o anterior governo "de direita" e por serem complacentes para com o actual governo " de esquerda" !...
É por isso que vimos e vemos muitas vezes nas televisões "debates" entre dois comentadores que, escolhidos por serem supostamente de campos adversos, um "de direita" e outro "de esquerda", se mostram largamente de acordo nos ataques ao governo de Passos Coelho, por um lado, e nos elogios ao governo actual, pelo outro lado !...
Nada disto acontece por acaso !
"Com amigos destes quem precisa de inimigos !!...."   
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De Renato a 25.01.2017 às 09:29

Não me convém? Vou repetir: "A minha lista é de comentadores que atacam o Costa e que acham a geringonça uma completa desgraça que nos vai levar à catástrofe, José Manuel Fernandes, etc, etc. Esse que ai colocou não fazem parte dessa lista". Vou dizer de outra maneira: Esses de que falou não têm a mesma opinião dos outros; não falam deste e do anterior governo da mesma maneira. Mas não é isso mesmo, precisamente, que você diz?! Olhe, melhor do que isto, só com um desenho. 
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De Fernando S a 25.01.2017 às 12:45

Não lhe convém precisamente porque são comentadores considerados " de direita" que se distinguem por atacar o governo anterior e Passos Coelho e por serem complacentes para o governo actual e António Costa.
Ou seja, a parcialidade de muitos orgãos de comunicação social, em particular as televisões, é tal que mesmo alguns dos principais comentadores escolhidos para representarem o ponto de vista da "direita" se distinguiram e se distinguém por terem sido e serem criticos .... do governo anterior e de Passos Coelho !....
Estou certo de que voce já tinha entendido bem o que eu quiz dizer e que está apenas a fazer de conta que não para desconversar !!...   

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