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O chamado Acordo Ortográfico é uma discussão de anos a que jamais liguei. Por indolência e por respeito à nossa Língua. Percebi vagamente que se preparavam para eliminar uma série de letras em determinadas sílabas, e acentos e hífenes, tudo em nome de um facilitismo a tentar disfarçar imensa possidoneira. Até porque dá bastante jeito distinguir entre um António e um Antônio (com circunflexo), que a gente vê logo quem o chama ou de onde vem ele.
E se é para abrasileirar ou africanizar a coisa, troquemos também os "vv" pelos "bb", os "ãos" pelos "ons". Minhotemo-la, quero eu dizer.
De modo que fiquei por completo à margem dessa conversa. Um acordo pressupõe uma convergência de vontades e a minha diverge. De resto, diverge sempre que, como escreveu Sardinha, a lei passa a determinar a sociedade, em vez de unicamente a exprimir.
Uns tantos, muitos até, faziam (ou fazem) questão de assinalar, no fim das suas crónicas, redigirem em conformidade com o "português antigo". Ou algo parecido. Continuei a achar, era dar importância demasiada à vizinhança do Estado, atitude que não fica bem à Nação. Até que, enfim, li hoje, já não sei onde, o AO está em vésperas de se tornar obrigatório, significando isso, quem não escrever segundo os seus ditames incorre em erro.
Um ilustre professor de Direito veio já a terreiro dizer que a situação legitima a "desobediência civil". Sim, se reconhecermos algum poder ao Estado. Sim, se em Portugal se soubesse generalizadamente escrever. Como tal não acontece, nem os estudantes, nem nós outros corremos perigo algum. Tenciono, pois, continuar a dar erros até ao fim dos meus dias. E a fazer-me entender também.
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