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Do bramanismo na política portuguesa

por João-Afonso Machado, em 24.07.23

Os meses correm e a CPI à TAP foi apenas um episódio a passos largos para o esquecimento. A Esquerda é uma casta - superior - e o mais vem por aí a baixo. Retomamos a verdade no último "estado da Nação", aliás um falácia que, traduzida para a boa verdade, se chama o "estado da República"

E nunca a República se viu em tão bom estado. Os brâmanes socialistas ditam ordens, nós os párias obedecemos. As castas intermédias, em português corrente - os deputados - fazem perguntas, insistem nas perguntas, o grande marajá sorri de ironia e não responde. Diz o que lhe vem à cabeça - mormente, os párias não se devem queixar, tudo corre bem. Não vale mais a pena.

O brâmane falou, a a sua acólita Sra. Mendes sorri para as câmaras (as televisivas e a das castas intermédias) e os grandes escândalos passam sobre o epíteto de «casos e casinhos»; ou debaixo do chavão «à política o que é da política, à justiça o que é da justiça».

Entretanto, a Procuradoria da República, sempre subserviente, pratica os maiores atropelos à Justiça. Averiguações? - nada. Cumpram-se as ordens do brâmane-mor.

Pela primeira vez na História da III República uma maioria eleitoral transformou-se efectivamente numa maioria ditatorial.

Grassa a corrupção. São uma vez mais os escolhidos pelo brâmane-mor. Os párias sobrevivem no dia-a-dia, mas ele proclama que a nossa macroeconomia vai de vento em popa. Já não disfarça e surge cheio de troça em túnica branca com a fralda de fora. Recomenda aos jornalistas o céu azul desse dia.

A República foi sempre um regime agitado e povoado de querelas. Agora é menos - tornou-se um sistema de castas onde as inferiores em tudo se vergam à bochecha opulenta do marajá que nos governa.

(Um tal Marcelo, subserviente, dá-se a desmaios entre o moscatel e o hidromel, sob o pretexto do calor. Ghandi não faria mais, é certo, mas a contra-revolução está na ordem do dia - o povo contra este ancestral sistema de castas.)

Só nada percebemos da célebre entrevista do marajá à Visão. Bem vistas as coisas ela era por demais explícita.


21 comentários

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De Anonimo a 24.07.2023 às 14:57

A CPI foi mais um de muitos. A ferrovia (diz que as obras inauguradas nem sequer arrancaram), a falta de casas, a pobreza energética das casas que sobram, o ucraniano do SEF (maldito governo facho que deixa assim um imigra morrer a seu cuidado), a seca, os fogos, a sra da TAP, os carros da TAP, a operação Marquês,  a operação tutti frutti, as estufas, o SeF extinto, as JMJ,  Pedrogão queimado, Pedrogão não reconstruído, Pedrogão plantado...
Venha nós o reino do Sisto.
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De Anónimo a 26.07.2023 às 07:13

Fora outras coisas que nos desgraçam e "ainda" não se sabem! Mas calma....aos poucos lá se vão descobrindo:

https://paginaum.pt/2023/07/24/dona-da-revista-visao-com-divida-astronomica-ao-estado-e-governo-esconde/


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De Anónimo a 26.07.2023 às 08:33

«Os custos da corrupção em Portugal equivalem à soma da despesa prevista para a Saúde, Ciência, Tecnologia, Ensino Superior, Justiça e Agricultura. São 18,2 mil milhões de euros perdidos para a corrupção, cerca de 9% do PIB.»



São custos altamente lesivos para o país, pois deixam de ser investidos nos serviços públicos já tão depauperados. A somar-se a certos perdões fiscais... é só fazer as contas.
O país é como uma casa onde as torneiras fecham mal e pingam constantemente. Há perdas sucessivas de água, num desperdício permanente, sem que ninguém se preocupe em detectar as avarias e fazer reparações. Portugal é uma casa em estado de desmazelo e desleixo absoluto. Ninguém cuida nem quer saber.
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De Zé raiano a 24.07.2023 às 15:41

o dono do país dá-se ao luxo de abandonar um conselho de estado ... 'a que isto chegou' 
muda as caras, mas não a política 
sócrates 2ª parte com apoio do PR e obediência da elegante barbie da pgr
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De nada está escrito a 24.07.2023 às 16:06

O Governo é António Costa e António Costa é o Governo. Por isso não importa que saiam ministros e secretários de estado mensalmente. Porque o Governo é António Costa e António Costa é o Governo. Por isso o Conselho de Estado terminou mais cedo porque António Costa teve que ir ver, novamente, futebol. Desta feita para a Nova Zelândia para assistir à estreia da Selecção Nacional feminina de futebol ...
Mas, não haveria um ministro </a>reputado e respeitável para fazer de António Costa nesse jogo e não comprometer o normal decorrer do Conselho de Estado?! Haja respeito por todos quantos estavam naquela reunião como pelo "estado da Nação"!
Cumprimentos
Lúcia Borges

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De João-Afonso Machado a 24.07.2023 às 16:12

Não há ninguém. 
Até Marcelo nada consegue.
Costa vai descendo nos índices de popularidade, mas continua cheio de si.
E nós as eleições?...
Cumprimentos
J. A. Machado
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De O apartidário a 24.07.2023 às 16:19

Tudo isto (e o mais que estará para vir) é Karma,e  do "valente". A culpa é do Vasco Da Gama.
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De João-Afonso Machado a 24.07.2023 às 16:26

EhEh, também acho que sim.
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De Ricardo a 24.07.2023 às 18:05

Do Vasco Da Gama e do Passos Coelho. 
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De João-Afonso Machado a 24.07.2023 às 18:13

Olhe que o Coelho é de Massamá. Por isso não há de ser bramane... digo eu.
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De O apartidário a 25.07.2023 às 18:05

Penso que o comentador Ricardo estava a ser irónico.
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De anónimo a 24.07.2023 às 17:35


Em tese o actual PM não é um líder, um re-criador da Nação. É um herdeiro de uma entidade falida, dependente. Não é um PM de nenhum País independente, pelo que se pode comportar a seu gosto. Demasiado leviano para PM, diga-se. Mas pode.

Tal como Guterres e Sócrates todos os PMs pós Cavaco beneficiaram de um eleitorado já viciado em subsídios, um eleitoral que a UE criou, com as "ajudas". Ajudas que são um verdadeiro presente envenenado que destrói uma cultura de trabalho e gera dependentes atentos venerandos. Numa palavra, socialistas.

Sim, com o prestimoso auxílio das leis eleitorais vigentes, as elites socialistas e respectiva madrassa, criaram uma curiosa cultura de poder em família "a família socialista". AR e governo, assim como os pontenciais candidatos, tudo em família. Como nas Monarquias a qualidade ressente-se.  Na AR manda uma família. As outras, por lá, não morrem à fome, diga-se.

Dependências várias, por cá, gerão as consequêntes vitórias eleitorais. No fundo A. Costa é a fruta da época desta UE.
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De Ricardo a 24.07.2023 às 18:03

Muito bem apanhado. 
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De Anonimo a 24.07.2023 às 19:08

Portugal é pobre, tem muitos pobres, e tem um modelo assistencialista.
Não ê preciso fazer muitas contas.
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De Anónimo a 26.07.2023 às 07:28

Os socialistas preparam-se para implementar uma lei que controla a informação, ou seja, a comunicação social. Chamemos aos bois pelos nomes, porque isto é o regresso da censura !!!


https://paginaum.pt/2023/07/19/o-regresso-da-censura-jornais-digitais-sob-risco-de-ter-conteudos-suspensos-por-decisao-administrativa-e-politica/
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De O apartidário a 26.07.2023 às 21:25

Era só o que faltava. 
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De vasco Silveira a 24.07.2023 às 18:16

Caro Senhor


Somos por vezes levados a desanimar, a não ver perspectivas animadoras para o futuro, a não acreditar no pulso gordo que empunha as rédeas do poder, na voz alvar que supõe comandar, no comum do ordinário.
Mas temos quase mil anos de história - já vimos muito ordinário, incompetente e malandro, e por cá orgulhosamente ( envergonhadamente por vezes - agora) vamos estando. Uma das maiores vitórias da vida das civilizações e culturas é a sua capacidade de sobrevive aos contratempos: passemos palavra, ensinemos os mais novos, aproveitemos as (poucas) oportunidades que surjam para mostrar o desacordo, a insatisfação. Os tempos podem mudar: nem sempre, mas podem.
E sim, gosto de ver cheiros de império , seja no Martim Moniz, Belém, ou noutro lado qualquer: fazem parte da nossa história.


Viva Portugal. Estamos mal: Mas ESTAMOS!


Cumprimentos


Vasco Silveira
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De João-Afonso Machado a 24.07.2023 às 18:21

Ilustríssimo e Caro Vasco,
à minha maneira, justamente o que faço é lutar contra a opressão que se abate sobre nós e os bocados que restam da nossa Nação.
Não vale muito a pena falar do passado. Estamos no presente e é preciso desmascarar esta malta que nos tolhe o futuro.
Um abraço
João Afonso.
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De vasco Silveira a 25.07.2023 às 20:22

Caro João


Aguardo então oportunidade para falarmos do passado (nós, por exemplo) quando ( espero que brevemente) nos encontrarmos.
Um abraço João


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