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Passos Coelho fez um discurso de campanha num comício, um bom discurso, no qual disse várias coisas, entre elas, o mesmo que Mariana Mortágua tinha dito no debate com Ventura: nem uma imigração sem regras, nem oposição à imigração.
A forma como o disse foi diferente, mas o essencial do que disse sobre imigração é isto: precisamos de olhar para a política de imigração antes que arranjemos um problema mais sério.
Porque falou em insegurança no mesmo passo que falou em imigração, caiu o Carmo e a Trindade, na bolha mediática (o resto do mundo continuou tranquilamente a fazer a sua vida).
Para mim, e estou convencido de que será o mesmo para quase toda a gente, está simplesmente a referir-se a um problema mais que conhecido: quando os imigrantes não se integram (por responsabilidade sua ou de quem os recebe, é irrelevante para o diagnóstico, não sendo irrelevante para as medidas a adoptar), o risco de guetização é grande e o risco de conflitualidade entre diferentes grupos sociais é potenciado.
Parece que para a bolha mediática e os partidos situacionistas (no sentido em que são avessos a qualquer mudança do que existe, não são contra a mudança em si, são contra a mudança em mim, como se costuma dizer) desataram aos gritos, chamando nomes a Passos Coelho (coisa a que com certeza está habituado) e logo os comentadores vieram falar do fantasma de Passos Coelho ser um grande problema para a campanha da AD (Passos Coelho ganhou as eleições contra António Costa em 2015, mas isso não impede uma quantidade de gente enorme de achar que é um activo eleitoral tóxico).
O mais interessante é que, fora dessa pequena bolha, provavelmente toda a gente percebeu perfeitamente o discurso, toda a gente achou normal, uns concordando, outros discordando, e só essa pequena bolha mediática é que acha que a resposta política eficaz ao discurso consiste em agitar o fantasma do Chega e da extrema-direita, convencidos que estão de que alguém está convencido de que Chega tem umas SA (como os mais novos já nem devem saber, SA era as milícias para militares do partido Nazi) escondidas em algum lado.
Veremos no dia 10 (como vimos em 2015) se essa bolha mediática que está convencida de que Passos Coelho é uma activo eleitoral tóxico tem razão ou não, a mim, a sensação que me deu é que se perguntarem à esmagadora maioria das pessoas o que é que eles disseram, a resposta será a clássica: "nada, só falaram".
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