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Conheço uma mãe que dizia que o pior que lhe podia acontecer era ir comprar roupa com a filha adolescente porque o que a rapariga procurava, sistematicamente e com empenho, era roupa que fosse diferente, porém, igual.
Lembrei-me desta história a propósito da rusga do Martim Moniz e das declarações da esquerda Humanitária sobre o acesso ao Serviço Nacional de Saúde por parte de não residentes sem qualquer cobertura de seguros de saúde ou equivalente.
Estou de acordo com o João Távora, eu nem devia dizer nada sobre estas posições porque não deveria contribuir para interromper o erro estratosférico da esquerda nestas matérias.
Qualquer das duas situações têm muito que possa ser discutido, há muitas opções de política com zonas cinzentas e eu nem consigo ter opiniões completamente claras sobre qualquer dos dois assuntos porque não sei o suficiente de políticas de segurança nem de financiamento de sistemas de saúde para conseguir ver tudo o que está em causa, materializando a velha ideia de que quem não sabe é como quem não vê.
O que me parece claro é que o discurso de Miss Mundo da esquerda, andar a distribuir cravos a emigrantes (eu sei que há cravos todo o ano, mas de que sistemas de produção virão estes cravos em Dezembro?), fazer grandes proclamações de desobediência civil para tratar doentes sem a cobertura de qualquer sistema de saúde (dado que as situações urgentes e de perigo de vida são excepção à restrição, em que consiste uma desobediência civil que consiste em transferir custos de um utilizador para outra pessoa que não se pode defender?), está ao nível da exigência adolescente de comprar roupa diferente, porém, igual.
"Ninguém nega a necessidade de policiamento a começar pelos moradores. A questão principal desta acção foi meterem pessoas que andavam na sua vida normal tudo contra a parede de mãos no ar. Teatro puro com resultados ridículos. Aquele tipo de zona precisa de polícia de proximidade, mas isso é trabalho diário e em articulação com a Comunidade. Isto foi uma acção politica para papalvos aplaudirem. Não tem qq eficácia nem interesse: videovigilância, polícia de proximidade, controle nocturno de consumo de alcool, brigadas sociais especializadas em toxicodependência, isso são politicas com pés e cabeça. O resto, enfim.... O habitual. Circo", li eu da esquerda sensata e habitualmente ponderada, não daqueles ferozes defensores do Estado de Direito que, achando que a lei não está a ser cumprida, em vez de apresentarem queixa ou fazerem denúncias dentro do sistema judicial, preferem escrever cartas abertas nos jornais, tal é a confiança que têm no sistema de justiça para garantir a aplicação da lei.
A quantidade de especialistas em segurança que nunca repararam que ao pé da Mouraria há uma esquadra da polícia a menos de cem metros da rua do Benformoso, que evidentemente a zona é policiada frequentemente, que este tipo de operações não são em substituição do policiamento de proximidade, mas em seu reforço e, na pancada de dizer mal do abuso de revistas a pessoas que estão ali por acaso, acabam a propor videovigilância generalizada de ruas, é enternecedor, é mesmo um sinal de um país extraordinário com um especialista em segurança em cada esquina, razão pela qual o problema da criminalidade em zonas urbanas específicas está resolvido, ao contrário do que acontece em muitos outros países pouco evoluídos por esse mundo fora.
Por mim, a esquerda pode continuar a falar de amanhãs que cantam, a descrever cenários de contos de fadas, em que não há problemas difíceis, complexos, em que cada acção resulta numa reacção, desde que não tenha o poder na mão para fazer tudo diferente, porém, igual.
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