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Tenho Alojamento Local, mas não vou ser eu que vou resolver o problema de habitação desta cidade. No dia em que a Câmara Municipal de Lisboa decida, eu deixo de ter. Mas não é cada um que, individualmente, tem de resolver um problema colectivo”. Esta declaração não é de Ricardo Robles, é de um ex-assessor do BE e de José Sá Fernandes na CML, detentor de duas unidades de Alojamento Local e proprietário de uma livraria onde promoveu “recolha de assinaturas” para o defunto referendo com vista à proibição do Alojamento Local “em todos os apartamentos privados destinados à habitação na cidade de Lisboa”.

Pois eu acho que o caminho para a resolução de problemas colectivos deveria começar sempre através do exemplo e mudança de atitude e coerência de cada indivíduo, principalmente quando assume posições publicas sobre o assunto. Vejamos: se defendermos publicamente que o automóvel é um nefasto causador de poluição, teremos de esperar sentados ao volante nos engarrafamentos da cidade por uma lei que nos proíba a circulação? Se tivermos uma posição pública contra as touradas, fará sentido comercializarmos touros para a faena? Ou ainda, se formos activistas de esquerda pelos direitos das mulheres faz sentido fazer uso das leis capitalistas para despedir duas trabalhadoras, mães recentes em período de amamentação?

Este é mais um caso exemplar da tão propalada ética republicana. Do excesso de confiança na lei e na mudança dos comportamentos pela via ortopédica. Ou uma profunda desconfiança pelo livre-arbítrio e liberdade individual. Uma velha e conhecida tentação dos progressistas com clara genealogia tirânica.


7 comentários

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De Anonimo a 31.01.2025 às 17:39

Quem parte e reparte...
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De César a 31.01.2025 às 17:59

Esquerda e extrema esquerda: a moralidade aplica-se ...aos outros. Ou, dito de outra forma, sempre muito progressistas na voz e nos dedos, mas invariavelmente capitalistas nos bolsos.
Na "ética republicana" a igualdade perante a lei não se configura condizente com o comportamento dos intervenientes. Não olham a meios para atingir os fins, desde que não sejam percebidos ou demasiado evidentes. Mas enchem a boca a criticar monarquias, vivendo eles....em palácios e querendo as mesmíssimas mordomias que apontam inquisidoramente aos outros.
A ruina moral da sociedade, este Bloco de Estru...perdão, Esquerda.
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De Figueiredo a 31.01.2025 às 19:16


As declarações do dr. Bernardino Aranda são ridículas.


Imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, é proibido por Lei.


Os assuntos de Lisboa só dizem respeito aos Lisboetas (naturais da Cidade de Lisboa e com raiz familiar na mesma: Pais, Avós, Bisavós), mas não faz sentido convocar um referendo sobre esta matéria, os imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, é proibido por Lei, e a actividade profissional do Alojamento Local (AL) está devidamente regulamentada em Portugal.


O que é preciso fazer é acabar com esquema ilegal e criminoso conhecido como "alojamento local", isso compete aos Executivos que Governam as Câmaras Municipais que são obrigados a efectuar as respectivas fiscalizações e mandar cumprir a Lei.


Recolher assinaturas e convocar um referendo sobre esta matéria é tudo teatro, uma fraude para desviar atenções, manter tudo na mesma, e continuar com o esquema criminoso.
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De Anónimo a 01.02.2025 às 00:18

Esterco em forma de "gente"...
Todos eles.
Juromenha
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De M.Sousa a 01.02.2025 às 12:58


Mas existe algum socialista que seja contra o capital no seu bolso?? Só nos bolsos dos outros!...

Esta é a verdadeira ética republicana...
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De cela.e.sela a 01.02.2025 às 15:03

a eterna luta dos contribuintes vs burocracia estatal
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De balio a 02.02.2025 às 15:18


O ex-assessor do BE é capaz de ter razão.
Podemos imaginar que a quantidade total de Alojamento Local (AL) depende basicamente da procura desse tipo de alojamento. Se assim fôr, então a quantidade total de AL existente em Portugal não dependerá de haver muitos ou poucos proprietários de casas com vontade de instalar AL, mas sim de haver muitos ou poucos turistas à procura de AL.
Se assim fôr, então o facto de o proprietário X decidir não instalar AL na sua casa é irrelevante: o proprietário Y fá-lo-á em vez dele. Ou então o proprietário Z, ou o W. A quantidade total de AL será determinada somente pela procura, não pelas decisões de proprietários individuais.
Numa tal situação, a única forma de impedir a proliferação de AL é, de facto, o Governo proibir.

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