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Passos ganhou as eleições e fez um governo.
Só não é governo porque existe uma maioria da Assembleia, não prevista antes das eleições, que resolveu escolher outro governo.
Mesmo assim, há uma quantidade astronómica de pessoas a querer convencer-me de que Passos planeou deixar para o governo seguinte uma série de problemas que ele próprio iria ser obrigado a resolver ganhando as eleições.
O mais estranho é que muitas dessas mesmas pessoas, que agora o acusam de ter escondido os problemas da CGD, ali por 30 de Julho de 2015 e dias seguintes subscreviam o que dizia a oposição (e alguns idiotas úteis como Marcelo ou Marques Mendes) sobre o facto de Passos Coelho ter manifestado a sua preocupação com a CGD (bem antes das eleições).
"A oposição receia que Passos Coelho pretenda recuperar o seu “velho sonho” de privatizar o banco público. Tanto PS como BE “estranham” que o primeiro-ministro nunca tenha falado sobre a gestão da banca privada como, por exemplo, o BES."
"Os ex-líderes sociais-democratas e comentadores políticos Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes estranharam este fim de semana as palavras do chefe de Governo e sugeriram que substituísse a administração da CGD, pois tem poderes para isso, caso considere que há desempenho negativo por parte daqueles responsáveis."
""As palavras do primeiro-ministro só podem ser entendidas, para lá de antecipadas justificações quanto a incumprimentos de metas orçamentais, à luz de um objetivo há muito manifestado - o da privatização do banco público, caminho facilitado pela privatização da Caixa Seguros e Caixa Saúde, da responsabilidade de um Governo PS", afirmou, em conferência de imprensa na sede comunista, em Lisboa.
O membro da comissão política do comité central do PCP referia-se à manifestação pública de preocupação de Passos Coelho, na passada semana, pelo facto de aquela entidade bancária ainda não ter começado a devolver o empréstimo estatal de recapitalização de 900 milhões de euros (até 2017), ao contrário de outros bancos privados."
Que a imprensa alinhe na poderosa campanha para remover Passos Coelho já é mauzito, mas enfim, não se pode pedir à imprensa mais do que ela pode dar.
Agora que o faça recorrendo ao absurdo de pretender demonstrar a tese do actual Governo sobre os problemas escondidos pelo anterior Governo, quando está escarrapachado em todo o lado o seu repúdio pelas declarações do então Primeiro-Ministro exactamente explicitando as preocupações com a situação que agora dizem que escondeu, francamente, é fazer dos leitores idiotas chapados.
"Não gosto de ser tomado por parvo, é uma coisa que me chateia" diria eu, parafraseando o Pinheiro de Azevedo.
Não. Assim como se limitaram a citar, não o transcrevendo, o relatório do Tribunal de Contas, do período 2013-2015, onde se fala precisamente em falta de controlo da tutela da CGD, que pode consultar aqui: http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_audit
E o que conclui daí? Que se mantém válida a sua informação de que a oposição conhecia os problemas da CGD e que nos está agora a tomar por parvos? Mas não é esse, afinal, o próprio título do seu post? Onde viu a oposição discutir no plenário da AR os relatórios, revelando conhecê-los? Eu não sei quem é que está a tomar quem por parvos.
Passos ganhou as eleições e fez um governo.
Só não é governo porque existe uma maioria da Assembleia, não prevista antes das eleições, que resolveu escolher outro governo.
Balha-me a Santa!
As maiorias só se realizam depois das eleições ou à boa maneira da "outra senhora" já está tudo feito para a ANP?
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