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Nada é mais impopular do que despedimentos. Não devia ser assim: os despedimentos são um imperativo do bem social.
Hoje, na rádio observador, lá fui agredido por um jornalista, que lembrou a perversidade dos multimilionários das novas tecnologias de informação (Musk, Zuckerberg e Bezzos ) que, confrontados com a queda de resultados, desataram a despedir dezenas de milhar de trabalhadores, com a agravante que ao mesmo tempo, um deles prometeu doar uma quantidade milionária da sua fortuna a instituições de benemerência e culturais.
Não se pode negar que para o despedido, a situação é no mínimo desagradável, podendo atingir o dramático: não há nada pior do que o desemprego. Mas um trabalhador que deixou de contribuir positivamente para a sua empresa, já está, no mínimo, em subemprego, no máximo passou a ser um desempregado que continua a receber o seu salário, mas não contribui na plenitude das suas capacidades para a criação de riqueza da sociedade.
A solução preconizada pelo comentador, a manutenção do posto de trabalho à espera de melhores anos, em termos sociais representa um enorme desperdício, pelo menos em economias livres, como nos EUA.
Dos milhares de trabalhadores despedidos nos episódios descritos, dentro de pouco tempo, a grande maioria estará a fazer outra coisa, acrescentando valor real àsociedade, contribuindo para a sua prosperidade, ao invés de receber um subsidio de emprego da sua empresa, contribuindo pouco ou nada para a criação de riqueza de todos. Não despedir, não é só receber um subsidio de desemprego por parte das empresas (um erro) em vez de receber um subsidio por parte do Estado: é manter, até melhores dias, o estatuto dos redundantes enquanto contribuinte não efectivos para o bem comum, uma condenação ao desemprego perene, mascarado pela ilusão de uma contribuição que não existe ou é muito menos real do que colectivamente assumida.
Despedir, é pois, um ato de racionalidade que protege os interesses legítimos da empresa, dos seus accionistas mas também um incentivo à prosperidade geral de uma sociedade, que permita mitigar o sofrimento dos excluídos de forma generosa. Despedir pode ser um enorme inconveniente para os visados, mas é um bem social de inegável valor.
Porque somos quase todos empregados por conta de outrem, é natural que a realidade não pareça aceitável, porque poderemos ser nós a ficar redundantes. É uma opção mas, enquanto assim for, enquanto quisermos emprego e não trabalho, não poderemos ser um país rico, em que muitos estejam muito bem e os mais desfavorecidos possam estar menos mal.
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