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Desembolada e à solta

por João-Afonso Machado, em 05.06.21

LEZIRIA.jpg

Na verdade, nem sou grande aficcionado. Uma touradazita por ano... e o serão televisivo. Mas há quem consiga trazer-me à pregação em prol da tauromaquia, tal a ditadura a que nos pretendem condicionar.

Tudo a propósito de um certo blog que não identifico por não querer oferecer-lhe publicidade gratuita. A sua dona, num misto de puritanismo americano e proletarismo maoísta, usualmente refere-se aos apreciadores da "festa brava" como - «trogloditas» e «mentecaptos». Isto quando não se excita e se sente rodeada de «boçais», «ignorantes», «primários», enfim, seres que se opõem ao seu projectado «mundo novo», por acaso também vegetariano.

É dotada de boa técnica. Se lá vou, educadamente, rebater os seus argumentos, estou a proporcionar-lhe um bom momento para aliviar o seu pesado saco de adjectivos (vd. supra).

Se replico, sublinhando a sua agressividade, a sua brejeirice de termos e a falta de respeito pela opinião dos outros, já não publica este comentário.

Ao invés (e estou a pensar numas infelicíssimas considerações que fez sobre a morte de um forcado e sobre o «atraso» da Terceira), se simplesmente essa rapaziada mais assanhada a insulta no blog, a freirinha publica tudo. Vitimiza-se. Prega-se numa cruz como Cristo padecente.

Analisei o blog. Verifiquei que os meus comentários foram depois eliminados. E, ultimamente, tem surgido misteriosos e anónimos apoiantes da sua causa, depois de lhe ter feito notar (em comentário não publicado...) que, a esse nível, havia ali um deserto enorme.

Em uma das suas tiradas, chegou a dizer-me (cito de memória) «o touro é um animal como eu, mas mais humano do que eu». Claro que não editou o que escrevi em resposta...

Pois direi aqui: faria muito bem à elevada carga de fanatismo e de arrogância desta militante a maior e mais humana cornada de um touro no seu corpo de virgem forçada.

E a conclusão final - de resto a única que importa - é só uma: caminhamos aceleradamente para a ditadura. Uma ditadura diferente, exercida sobre as mentes, incapacitante da vontade e das escolhas, impeditiva da liberdade de expressão, e orquestrada por gentinha assim.

 


26 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.06.2021 às 15:15

 "... é muito elucidativo o facto do PAN aceitar facilmente a detenção de animais domésticos cuja única função é satisfazer as necessidades dos seus donos, mesmo com limitação quase total daquilo que seria o caracter intrínseco de um ser vivo, impedindo a sua reprodução, a busca por alimentação, a socialização entre pares ou com inimigos externos, o mero usufruto da liberdade de movimentos durante longas horas do dia, etc., sem fazer qualquer proposta de restrição à detenção, quer por razões de respeito pela natureza intrínseca dos indivíduos, quer por razões de sustentabilidade, e pelo contrário, aponte todas as baterias a uma actividade, como a tourada, em que os animais gozam de uma quase liberdade durante anos, são criados em grandes espaços ao ar livre, com total respeito pela sua natureza intrínseca, produzindo bens difusos que nos interessam a todos, apenas porque numa tarde participam num espectáculo que levanta questões filosóficas sobre a violência (como se a natureza não fosse, ela mesma, violenta e cruel)". H. Pereira dos Santos.
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De João-Afonso Machado a 06.06.2021 às 18:25

Mas é isso mesmo.

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