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Segundo a recente biografia de Saramago escrita por Joaquim Vieira, o nosso Nobel era um "machista" e terá tido, como diz a entrevista ao biógrafo no Público de hoje, os seus "avanços físicos não consentidos" sobre algumas mulheres, que compreensivelmente preferiram manter-se no anonimato. É mais um curto-circuito do politicamente correcto. Ainda me lembro do embaraço de um jornalista da RTP que, num directo em Estocolmo, quando a pátria inteira alçava o escritor ao panteão dos imortais, quis elogiar Pilar del Rio e soltou a banalidade "atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher." Saramago, com aquele seu jeito de estalinista ribatejano, trovejou de imediato: "Atrás? Atrás não, ao lado..." E o jornalista, corrigido diante de toda a turma pelo mestre-escola, desculpou-se com "a emoção do momento". Eu vi. Mas, de algum modo, a revelação não surpreende. Quem não respeita os inimigos, dificilmente respeitará as amigas. Se escavarem um bocadinho mais, ainda descobrem que o homem gostava de touradas. Aguardo agora, com raro optimismo antropológico, o devido comunicado das Capazes e outras amazonas.
(For the record: considero Saramago um bom romancista, mas sobrevalorizado. Gostei muito do Memorial do Convento, bocejei na História do Cerco de Lisboa. Da poesia não falo porque nunca li. E o Nobel, para o caso, é totalmente irrelevante. Quem diria que um escritor consagrado, ainda por cima de extrema-esquerda, andava por aí a assediar senhoras das suas relações como qualquer porco burguês?)
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