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Vamos lá ver se a gente se centra no essencial.
Há uma IPSS que desenvolve uma actividade importante e muito meritória, a Raríssimas. Como acontece com várias IPSS, das suas receitas constam dinheiros públicos, muitos, mecenato e a clássica generosidade dos portugueses. Ao que parece, e nenhum facto concreto foi negado pela principal visada (não confundir com a instituição), a sua dirigente (Paula Brito Costa) atribuía-se ordenados e regalias que se afiguram a todos enormemente exagerados para quem lidera este tipo de IPSS e fazia despesas que fariam corar Salomão. E meteu lá o filho (que curiosamente dá pelo nome de César mas parece não haver ramificações familiares açorianas), o marido (gestor de armazém?!?...) e até um amigo com quem viajava amiúde e que veio a ser Secretário de Estado do Governo Socialista de António Costa (aquele apoiado pelo BE e pelo PCP). Há quem possa querer ver nisto má língua mas as respectivas foram mostradas por ambos em fotografias brasileiras de que não sou responsável. Seja como for, a coisa tornou-se pública.
Perante este cenário, e todos sem negar as alegações, João Galamba acusou o Governo anterior; a arguta jornalista de investigação que não vê um palmo à frente do seu nariz (e não será por falta de espaço) quando as coisas são com ela e o namorado em Formentera apressou-se a acusar Maria Cavaco Silva por apoiar a IPSS; e o Ministro Vieira da Silva declarou-se de consciência tranquila.
Vamos lá ver. Esquecendo o Galamba e as suas imbecilidades habituais de empurrar tudo o que há de negativo nos dias de hoje para o Governo anterior, há que explicar a Câncio que Maria Cavaco Silva apoiar uma IPSS importante não quer dizer nada. O facto de a IPSS Raríssimas ser apoiada por Maria Cavaco Silva, Ramalho Eanes, a Rainha Letícia, Marcelo Rebelo de Sousa e muitas outras pessoas de boa fé não inocenta Paula Brito Costa de qualquer acto ilegal, se é que existe, nem transforma aqueles em cúmplices de qualquer atitude menos própria da dita senhora. O facto de diversas pessoas darem a cara ou emprestarem o seu nome por uma IPSS que parece (e será) meritória não se confunde com actuações menos próprias da pessoa que dirige a IPSS. E o que fica dito vale também para Vieira da Silva enquanto Vice-Presidente da mesa da assembleia geral da dita instituição: nessas funções, ele não tinha necessariamente de se aperceber de qualquer irregularidade ou excesso que porventura se tivesse verificado na actuação da dirigente da Raríssimas. Isto parece-me evidente.
Posto isto, temos que nos centrar no essencial e aí Vieira da Silva não escapa. Foram feitas várias denúncias a organismos e instituições e ao próprio Ministério tutelado por Vieira da Silva de factos graves que constituem sérias acusações sobre a actuação de Paula Brito Costa à frente daquela IPSS. Denúncias feitas desde Agosto de 2017 e cujo teor não deixa margem para dúvidas. O Ministro Vieira da Silva nunca foi claro nas declarações que proferiu mas ficámos a saber uma de duas coisas: ou os serviços que tutela foram incompetentes na posterior actuação de investigação que fizeram (isto é uma evidência) ou houve tentativa de nada fazerem e concluírem (esta é a única segunda hipótese). Em qualquer dos casos, o responsável é ele.
E em qualquer dos casos, atenta a ligação de Vieira da Silva e seus familiares à pessoa responsável pela Raríssimas, a suspeita é grave e o responsável último é ele. E está de consciência tranquila?!?
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