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Da mesquinhice

por João Távora, em 18.02.22

sabado.jpg

 

A capa desta semana da revista Sábado chama-nos a atenção porque nos sugere um escândalo - se a Casa Real Portuguesa fosse rica (que não é) isso seria de citicar? Mas se formos ler o artigo no interior, constatamos que o conteúdo é quase inócuo, absolutamente desinteressante. São meia dúzia de páginas de pura bisbilhotice, em que não se encontra uma única “estória”, facto ou atitude dos Duques de Bragança digna de exploração jornalística (escândalo). Talvez a promoção gratuita do Nuno da Câmara Pereira que é um desqualificado, para certas pessoas consiga imprimir algum picante ao artigo.

Não, o problema da capa da revista Sábado não está num suposto jacobinismo do jornalista que entrevistou o Senhor Dom Duarte de Bragança ou da redacção da revista Sábado. O problema da concepção dessa capa está no potencial público que ela daquela forma insinuosa atrai e que em Portugal infelizmente tem algum peso: os ressentidos e os invejosos – é uma opção comercial, que diz tanto da revista quanto dos fregueses que pretende cativar.


5 comentários

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De Anónimo a 18.02.2022 às 18:04

em 2005 convivi em Roma cerca d 2h com os Duques.
 uma dedicatória num livro sobre a cidade onde  estudei. 
sou ANARCA  e Pedreiro-livre, mas mandei o GOL »as malvas quando se tornou secçáo do ps marxista
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De Anónimo a 20.02.2022 às 10:35

Sem dúvida. Essas curibecas secretas são um Centro de Operações onde se acoitam os mandantes (e comandantes) que tomaram conta cá do sítio, impondo leis e regras jacobinas aos que governam este país. Estamos entregues a títeres, fantoches e marionetes que obedecem e executam as ordens recebidas. E o povinho néscio, cego e contentinho com umas migalhas _que lhe dão com uma mão e lhas tiram com a outra _ nem sequer suspeita do que se passa às ocultas.
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De Maria Neves a 19.02.2022 às 15:27

Boa tarde!
Assim se vende!… 
Há de facto uma mentalidade invejosa e mesquinha encapotada, até eu já senti os seus efeitos na pele, infelizmente é assim.
Ainda tenho esperança, que um dia a defesa dos valores essenciais da vida o superem.
Feliz tarde
Bom fim-de-semana 
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De Anónimo a 20.02.2022 às 08:46

Tempo de jacobinos, João Távora! Estamos a viver "a hora do lobo", o tempo da perseguição e da caça, um tempo assustador e angustiante. 
Há dias, no programa "O último apaga a luz" da rtp3 , o Rodrigo Moita de Deus explicou bem como os media tratam hoje a informação, ou seja, ele desmontou a  táctica usada e julgo que ficou bem patente a falta de seriedade de uma certa comunicação social. O jornalismo actual está a ir longe de mais e a falta de rigor a tornar-se preocupante. Vale tudo para atingir um só objectivo: gerar o lucro. Fazem-se títulos sensacionalistas, muitas vezes desprovidos de verdade, com o intuito de captar a atenção, explorar a tendência para o voyeurismo e depois atrair mais visitas para... vender, vender, vender. É uma "caça" ao clickbait e uma "selva" amoral, sem regras, onde vale tudo (ou quase). Se percebermos este mecanismo, cada um de nós fica mais alerta e de sobreaviso para "filtrar" o que lhe é "vendido".


(A intervenção de R. Moita de Deus aos18min 32 segundos)
https://www.rtp.pt/play/p8291/o-ultimo-apaga-a-luz



Clickbait é uma tática usada para gerar vendas e tráfego online por meio conteúdos enganosos ou sensacionalistas. Também chamado de "caça-clique", esse termo refere-se também à quebra de expectativa por parte do usuário que foi "fisgado" por essa isca de cliques.


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De Anónimo a 20.02.2022 às 12:15

Quando temos um jornalismo que cede às regras de mercado e do lucro, são estes os títulos que vamos ler cada vez mais. Quem "obedece" à pressão do número de vendas, certamente não está preocupado com a verdade nem com a qualidade. Numa lógica de trabalhar para as audiências ou para o maior número de leitores, produz-se cada vez mais "lixo". 


 A comunicação social é hoje uma agência de manipulação e a principal responsável por deformar a sociedade e está a dar um contributo para formar uma geração acéfala, acrítica e ignorante. 


Tempos perigosos se avizinham, quando já há jornais que põe a possibilidade de remunerar os seus jornalistas de acordo como número de partilhas dos artigos que escrevem(!!!) É a total subversão da missão nobre do jornalismo.  

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